Fluxo estrangeiro ajuda a sustentar curva de alta da bolsa

Fluxo estrangeiro ajuda a sustentar curva de alta da bolsa

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa segue atraindo fluxo estrangeiro com saldo positivo de R$ 2,3 bilhões até o dia 05/08 e sustentando alta firme no mês, descolado dos mercados lá de fora. No fechamento o índice marcou alta de 0,23%, indo a 108.651 pontos. O giro financeiro foi de R$ 27,1 bilhões (R$ 23,3 bilhões à vista. A divulgação de um IPCA mais baixo, deflação de 0,68% em julho e sem a expectativa de pressão à frente, deu tranquilidade ao mercado, que avalia também a qualidade dos resultados das empresas no 2T22, com predomínio de dados crescentes. As bolsas de Nova York tiveram um dia ruim. Dow Jones: (-0,18%), S&P500 (-0,42%) e o Nasdaq (1,19%). Hoje os mercados mostram queda generalizada na Ásia e na Europa o movimento é misto. A agenda de hoje traz em destaque a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, nos Estados Unidos e no Brasil, os dados do setor de comércio e varejo em julho. Nas commodities, o petróleo começa o dia com o WTI em queda na Nymex (-1,03%) cotado a US$ 89,47 o barril.  Na ICE o Brent estava cotado a US$ 96,29 (-1,02%) o barril. 

Câmbio

O dólar teve um dia de pequena alta (+0,07%) cotado a R$ 5,1258 no final do dia e na semana o recuo é de 0,76%.

Juros

O mercado de juros futuros segue refletindo as expectativas para a inflação no curto prazo, com as taxas acomodadas nos últimos dias. Ontem a ata do Copom sinalizou que os reajustes da Selic podem ser interrompidos. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 fechou em 13,72%, de 13,746% na segunda-feira e para jan/27 a taxa passou de 11,658%. para 11,775%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

CCR (CCRO3)

Recuo de 1,5% no tráfego de veículos nas rodovias me julho/2022

No seu boletim mensal de julho, a CCR mostrou que nas rodovias, o tráfego total em recuou 1,5%, comparado a julho de 2021. Na comparação com o mesmo período de 2020, houve alta de 16,9%. Sem a ViaSul, ViaCosteira, RodoNorte, NovaDutra e RioSP, houve avanço de 7,5% em julho de 2022 sobre 2021 e de 19,5% na relação com 2020.

Nas concessões de mobilidade urbana, a CCR registrou aumento de 109,5% no movimento de julho de 2022 em relação ao mesmo mês de 2021, e um acréscimo de 205,3% sobre 2020.

Desconsiderando as linhas 8 e 9, que iniciaram a operação em janeiro, os avanços foram de 41,1% e 105,6%, respectivamente.

 Nos aeroportos, o movimento teve alta de 169,7% na comparação com julho de 2021 e de 1.429,6% em relação a igual mês de 2020. Sem os Blocos Sul e Central, o ganho foi de 46,2% e 729,3%, respectivamente.

Ontem a ação CCRO3 encerrou cotada a R$ 13,83 (+20,1%) no ano.


Alupar (ALUP11)

Lucro Líquido de R$ 180 milhões no 2T22 (IFRS)

A companhia registrou no 2T22 um lucro líquido (IFRS) de R$ 180 milhões, 46% abaixo dos R$ 332 milhões reportados no 2T21, explicado por redução de receita e do resultado operacional entre os trimestres. O lucro líquido em base regulatória caiu 37% em base de 12 meses totalizando R$ 50 milhões no 2T22.

Em base regulatória a receita cresceu 21% e o EBITDA (+24%). A despeito do resultado em IFRS, a companhia mantém suas principais características, a forte geração de caixa, a previsibilidade de receitas através de sua presença no segmento de transmissão de energia elétrica e boa rentabilidade.

Como estratégia, os novos investimentos em geração com foco em PCHs, parques eólicos e centrais fotovoltaicas; e as parcerias estratégicas, com vistas à maximização do retorno dos empreendimentos.

O EBITDA no 2T22 totalizou R$ 873 milhões (-23%) reflexo da redução de 13% da receita para R$ 1,2 bilhão. A margem EBITDA caiu de 84,5% para 74,7% entre os trimestres comparáveis.

Ao final de jun/22 a dívida líquida consolidada da Alupar era de R$ 8,3 bilhões (2,4x o EBITDA) e se compara a R$ 7,8 bilhões em mar/22, equivalente a 1,7x o EBITDA.


B3 S.A. (B3SA3)

Destaques operacionais de julho de 2022

A B3 publicou ontem (09/08) seus destaques operacionais de julho de 2022. No mercado de Ações, o Volume Financeiro Médio Diário alcançou R$ 22,4 bilhões, com queda de 22,8% frente julho de 2021 (R$ 29,0 bilhões) e redução de 19,4% em comparação aos R$ 27,8 bilhões de junho de 2022.

O total de contas alcançou 5,28 milhões (+35,5% em 12 meses e +1,1% em base mensal) e o número de investidores (CPFs Individuais) ao final de julho de 2022 era de 4,46 milhões (+1,2% em base mensal e crescimento de 37,4% em relação a julho de 2021).

O volume médio diário de derivativos caiu 13,3% em base mensal e apresentou leve alta de 0,3% em 12 meses alcançando 3.873 mil ao final de julho de 2022.

O número de empresas listadas terminou julho/22 em 449 estável em ambas as bases de comparação.


Copel (CPLE6)

Prejuízo líquido de R$ 522 milhões no 2T22

A Copel registrou no 2T22 um prejuízo líquido de R$ 522,4 milhões refletindo os efeitos da Lei 14.385/2022 com a provisão para destinação de créditos de PIS e Cofins com efeito líquido de R$ 1,2 bilhão no resultado do trimestre (cujo efeito caixa não é imediato). Sem os efeitos desta provisão o lucro do 2T22 teria sido de R$ 667 milhões e de R$ 1,34 bilhão no 1S22.

O EBITDA ajustado no 2T22, excluídos os itens não recorrentes, foi de R$ 1,5 bilhão, 9,4% superior a R$ 1,4 bilhão registrado no 2T21, explicado pelo resultado dos ativos de geração e transmissão, parcialmente compensado pelo desempenho da UTE Araucária, que não registrou despacho no período.

A receita operacional líquida totalizou R$ 5,3 bilhões no 2T22, com redução de 3,1% em relação aos R$ 5,4 bilhões registrados no 2T21. No 2T22 versus o 2T21 o mercado fio da Copel Distribuição registrou um crescimento de 1,7% no consumo de energia elétrica (+3,8% no semestre). Já o total de energia vendida pela Copel no 2T22 registrou crescimento de 5,3% em base anual.

Ao final de junho a dívida total consolidada da Copel somava R$ 12,9 bilhões (+9,1% s/dez/21). A dívida líquida ajustada era de R$ 9,0 bilhões, com alavancagem de 1,3x o EBITDA (acima de 1,0x no trimestre anterior).

Atentar que a Aneel autorizou o reajuste médio de 4,90% para os consumidores atendidos pela Copel Distribuição, a partir de 24 de junho de 2022.

As RAPs dos ativos de transmissão em operação da Copel Geração e Transmissão S.A. (“Copel GeT”) e das SPE´s nas quais tem participação de 100% para o ciclo 2022/2023 passaram a ser de R$ 896,9 milhões, sendo de R$ 1,39 bilhão considerando o valor total consolidado, um aumento aproximado de 15% em relação ao ciclo anterior.


Etenit (ETER3)

Lucro líquido do 2T22 fica em R$ 40,3 milhões, redução de 32,4% em relação aos 2T21

Os números da Eternit ainda refletem o peso da desaceleração na construção civil e a pressão de custos que afetou praticamente toda a cadeia produtiva neste ano. O volume comercializado no segmento de fibrocimento da companhia foi afetado pela queda nas vendas de telhas, que acumula no ano uma retração de 18% frente ao 1S21 e pela alta nos custos das matérias primas (+33%). No 1S22 a queda no volume foi de 18%. O segmento de fibras também sofreu queda no 2T22 e no acumulado do ano. Bom desempenho mesmo somente no mineral crisotila.

Destaques do 2T22/2T21:

  • Receita líquida de R$ 292,1 milhões (+1,7%) com margem bruta de 37% ante 46% no 2T21.
  • EBITDA recorrente de R$ 58,4 milhões (- 35,9%)
  • Lucro líquido de R$ 40,3milhões (-32,4%) com redução na margem liquida de 21% para 14%.

Comparativo 1S22/1S21:

  • Receita líquida soma R$ 551,8 milhões (-1,0%)
  • EBITDA de R$ 106,9 milhões (-39,3%)
  • Lucro líquido de R$ 82,6 milhões (-30,0%)

Dividendos – A Companhia aprovou uma política de dividendos e JCP que estabelece declarações trimestrais com pagamentos semestrais. O Conselho de Administração da Eternit aprovou na RCA de 09/08/22 o pagamento de JCP relativo aos resultados do 1S22 no montante de cerca de R$ 18,4 milhões no valor líquido de R$ 0,25328 por ação a serem pagos no dia 20/09. Os papéis ficam “ex-JCP” no próximo dia 15/08.

Com base na cotação da ação ETER3 no fechamento de ontem (R$ 12,95) com queda de 38,8% no ano, o retorno do JCP será de 1,96%.


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