MERCADO
Bolsa
O Ibovespa fechou a sexta-feira com alta de 0,55%, aos 106.472 e giro financeiro de R$ 26,3 bilhões (R$ 22,9 bilhões à vista), um volume ainda modesto, mas indicando melhora no apetite dos investidores. Na semana, a bolsa subiu 3,21%, sustentando a curva de alta do final de julho. As bolsas mundiais seguem atentas aos principais indicadores econômicos que podem influenciar decisões à frente. Na sexta-feira, foi a vez do relatório de emprego (payroll) dos EUA em julho com criação de 528 mil vagas, e com a taxa de desemprego caindo de 3,6% em junho para 3,5%. Na sexta-feira as bolsas de Nova York tiveram desempenho modesto: Dow Jones (+0,23%) S&P500 (-0,16%) e Nasdaq (+0,50%), ainda avaliando os dados de emprego nos EUA e o que pode vir pela frente nos dados econômicos. Hoje a agenda traz o Relatório Focus, o IPC-S e a balança comercial semanal. No exterior, destaque positivo para a balança comercial da China em julho com superavit de US$ 101.26 bilhões. A segunda-feira vem fraca de indicadores na Europa e Estados Unidos. Hoje, antes da abertura sai o resultado do Banco Pan e da BB Seguridade. As bolsas asiáticas mostram alta firme no fechamento, após os dados da economia chinesa. No mercado de petróleo, as cotações nesta manhã (5:52 hs) mostravam o WTI (Nymex) com baixa de 0,73% (US$ 83,36 por barril) e o Brent (ICE) com queda também de 0,73% a US$ 94,23 por barril.
Câmbio
O dólar encerrou a semana cotado a R$ 5,1650 com queda de 0,96% na sexta-feira e baixa de 0,15% na semana. Sem surpresas na semana e com investidores voltando às compras na bolsa, a moeda americana perdeu força.
Juros
O mercado de juros teve comportamento distinto na sexta-feira com as taxas mais curtas subindo e recuo na ponta mais longa. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 subiu de 13,746% para 13,765% e a do DI jan/27 recuou de 12,11% para 12,00%. Amanhã sai a ata do Copom da reunião da semana passada, que pode sinalizar o rumo da Selic na reunião futura.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
BB Seguridade (BBSE3)
Bom resultado operacional e financeiro sustenta crescimento do lucro no 2T22
A BB Seguridade registrou um lucro líquido de R$ 1,4 bilhão no 2T22, com crescimento de 86,6% em relação ao 2T21 refletindo a melhora dos negócios no segmento de risco/acumulação (Previdência, Seguros e Capitalização) aliado ao bom resultado no segmento de distribuição através da BB Corretora.
Destaque para o forte incremento de vendas, a redução da sinistralidade e crescimento do resultado financeiro (+17% em 12 meses), em função da elevação dos juros e da expansão do saldo médio de ativos, contribuindo positivamente para o crescimento do lucro líquido.
No 1º semestre de 2022 o lucro líquido alcançou R$ 2,6 bilhões com alta de 49,2% em relação a igual período do ano anterior (R$ 1,7 bilhão), tendo como destaque o resultado da Brasilseg, com evolução do resultado financeiro e melhora da sinistralidade.
Guidance
No 1S22 o resultado operacional não decorrente de juros (ex-holding) cresceu 25,1%, acima do intervalo esperado entre 12% e 17%, explicado principalmente pelos prêmios emitidos acima do esperado e pela sinistralidade da Brasilseg abaixo da projetada, uma vez que o impacto da variante Ômicron foi bem menor do que o estimado inicialmente. Esta estimativa foi revisada para cima, no intervalo entre 15% e 20%.
Os prêmios emitidos da Brasilseg subiram 21,2% acima do intervalo esperado, entre 10% e 15%, reflexo do crescimento de prêmios dos seguros rurais, a recuperação das vendas no seguro prestamista, e a expansão do seguro residencial. Esta estimativa foi revisada para cima, no intervalo entre 20% e 25%.
Para as Reservas de previdência PGBL e VGBL da Brasilprev o crescimento foi de 7,5% (em base anualizada), sendo esperado alta entre 9% e 13% para 2022. O intervalo do guidance para reservas foi mantido.
Proventos com base no resultado do semestre
Com base no resultado reportado no 1S22, adicionados aos dividendos prescritos do 2S18, o Conselho aprovou a distribuição de R$ 2,07 bilhões na forma de dividendos, equivalente a R$ 1,03604452820/ação. Os dividendos terão como base a data de 17,08.2022 sendo as ações negociada ex dividendos a partir de 18.08.2022. O pagamento será no dia 29 de agosto com retorno estimado de 3,6%.
Petrobras (PETR4)
Finalizada a venda de campos terrestres no Ceará e aditivo com a YPFB
A Petrobras finalizou na sexta-feira (05/08) a venda da totalidade de suas participações no Polo Fazenda Belém (nos campos terrestres de Fazenda Belém e Icapuí), localizados na Bacia Potiguar, no estado do Ceará para a 3R Fazenda Belém S.A.
A operação foi concluída com o pagamento à vista de US$ 4,6 milhões para a Petrobras, já com os ajustes previstos no contrato. Este valor se soma ao montante de US$ 8,8 milhões pagos na data da assinatura do contrato de compra e venda, em 2020. A companhia ainda receberá US$ 10 milhões, no prazo de um ano após o fechamento da operação, o qual será corrigido com base nas condições previstas no contrato de compra e venda.
Aditivo com a YPFB. A companhia celebrou novo aditivo ao contrato de compra de gás natural com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). O aditivo prevê a manutenção do volume contratado máximo de 20 milhões de m3/dia com flexibilização de entrega e recebimento de acordo com a sazonalidade e a disponibilidade da oferta, garantindo assim um fornecimento em equilíbrio contratual para as empresas.
Enauta (ENAT3)
Produção gradual do Campo de Atlanta será retomada em breve
A Enauta informou que a parada programada no Campo de Atlanta deve ser concluída nos próximos dias, com retorno gradual da produção em meados de agosto e previsão de normalização até setembro.
Localizado na Bacia de Santos, o Campo é operado pela Enauta Energia, subsidiária integral da companhia, que também detém 100% do ativo.
Com a retomada do campo, começará o comissionamento da nova unidade de tratamento de água e dos equipamentos que sofreram manutenção no período e serão executados serviços complementares no FPSO Petrojarl I.
Vemos a notícia como positiva e prepara o FPSO para a recertificação pela DNV (Det Norske Veritas) e a possível a extensão contratual e a operação contínua da produção até a entrada do Sistema Definitivo de Produção, previsto para meados de 2024.
Santander (Brasil) (SANB11)
Ex JCP de R$ 0,3886 por Unit líquidos, em 15/08
O Conselho de Administração do banco aprovou a distribuição de R$ 1,7 bilhão brutos (líquidos de R$ 1,445 bilhão) em Juros sobre o Capital Próprio (JCP), equivalente a R$ 0,38867910362 por Unit líquidos.
O pagamento será realizado em 06/09 com as ações sendo negociadas ex juros a partir de 15 de agosto de 2022.
Com base na cotação de R$ 29,23 por Unit o retorno líquido é de 1,3%.
PBG (Portobello) (PTBL3)
Distribuição de dividendos (R$ 0,162 por ação) e JCP líquido de R$ 0,124/ação. Ex-proventos em 19/08
A companhia aprovou o pagamento de dividendos antecipados, conforme aprovado na Reunião do Conselho de Administração da Companhia, realizada e, 05/08, correspondente a 50% do lucro líquido da Companhia no primeiro semestre de 2022, já deduzida a constituição de reserva legal,
Dividendos + JCP: R$ 0,30812818 por ação, sendo o valor bruto de R$ 0,16204928 por ação sob a forma de dividendos e o valor líquido de R$ 0,12416706 por ação na forma de juros sobre capital próprio.
Data base: 18 de agosto de 2022.
Data “ex-proventos: 19/08
Data para pagamento: 01/09
Na sexta-feira a ação PTBL3 encerrou cotada a R$ 8,65 com queda de 10,0% no ano. Os proventos representam um retorno de 3,56%.
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