Bolsa segue em recuperação e fecha com ganho de 2,04%

Bolsa segue em recuperação e fecha com ganho de 2,04%

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa segue mostrando força nesse começo de agosto. Ontem índice subiu 2,04% marcando 105,892 no fechamento, com o fluxo estrangeiro voltando mais firme desde a metade de julho. A temporada de resultados positivos, os preços descontados e a expectativa de bons dividendos, voltaram a atrair investidores.  Ontem o giro financeiro foi de R$ 34,7 bilhões (R$ 26,2 bilhões à vista). As bolsas da Ásia tiveram um dia positivo com alta generalizada nos principais mercados e na Europa o movimento é de queda neste começo de sexta-feira. Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones e S&P500 encerraram a quinta-feira negativos, (0,26% e 0,06% respectivamente). O Nasdaq conseguiu ficar do lado positivo em 0,41%. O mercado hoje aguarda os dados do relatório mensal de empresas nos EUA (Payroll), um referencial para o Federal Reserve sobre os juros futuros. Na Alemanha sai a produção industrial de junho.  No Brasil, saem o IGP-DI de julho e os dados da Anfavea (produção de veículos). No mercado de commodities, alta nos preços do petróleo com os contratos para mostrando o barril do WTI (Nymex) para set/22 em US$ 88,79 (+ 0,28%) e o Brent (ICE) para out/22 em US$ 94,40 (+ 0,39%) às 6:01 hs.

Câmbio

O dólar recuou 1,29% no fechamento de ontem, cotado a R$ 5,2149, com valorização de 0,81% na semana.

Juros

O bom humor da bolsa ajudou para derrubar os juros futuros após a decisão do Copom, que leva o mercado a já fazer contas para a próxima reunião do Copom. Uma eventual melhora no cenário de inflação deve favorecer a bolsa. O contrato de DI para jan/23 passou de 13.796% para 13,745% e na ponta mais longa (jan/27) o recuo foi de 12,479% para 12,115%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Bradesco (BBDC4)

Bom 2T22 impactado por aumento do resultado operacional compensado parcialmente por aumento do custo do crédito

O Bradesco registrou no 2T22 um lucro líquido recorrente de R$ 7,0 bilhões (ROAE de 18,1%) com alta de 11,4% em relação aos R$ 6,3 bilhões do 2T21 (ROAE de 17,6%).

Nesta base de comparação, do lado positivo, o crescimento de 4,0% da margem financeira, com destaque para a margem com clientes (+25,8% em 12m e que compensou a forte redução da margem com o mercado), aliado ao desempenho das receitas de serviços (+6,7%) e do resultado de seguros (+135%). Ressalte-se que as despesas operacionais registraram alta de 4,9% em base anual e, portanto, abaixo da inflação no período.

Dentre os ofensores do resultado, além da margem com o mercado, o aumento do custo do crédito cuja PDD expandida cresceu 52,4% em 12 meses e o incremento da inadimplência (+90d) que subiu de 3,2% no 1T22 para 3,5% no 2T22.

As operações de crédito em base expandida cresceram 17,7% frente igual trimestre do ano anterior, com destaque para o crescimento de 19,6% das operações de pessoas físicas, em especial, cartão de crédito, crédito pessoal, financiamento imobiliário, capital de giro, CDC e crédito rural. O segmento de PJ registrou crescimento de 16,6%. Mesmo com o aumento de PDD a qualidade da carteira permanece em níveis rentáveis e com bom índice de cobertura (218% no 2T22 versus 235% no 1T22).

O crescimento abaixo da inflação das despesas operacionais aliado ao incremento das receitas resultou na leve melhora de 1,1pp do Índice de Eficiência Operacional (IEO), de 43,5% no 1T22 para 42,4% no 2T22.

Com base nos resultados do semestre o banco manteve o guidance para 2022.


Fleury (FLRY3)

Lucro líquido do 2T21 soma R$ 70,5% e acumula R$ 180,9 milhões no semestre

A companhia registrou um bom desempenho no 2T22 com crescimento de 19,3% na receita liquida somando R$ 1,11 bilhão. No acumulado do 1S22 a receita atingiu R$ 2,20 bilhões (+20,6% sobre o 1S21).

No 2T22, o EBITDA recorrente foi de R$ 298,0 milhões, aumento de 19,6% e no ano atingiu R$ 624,6 milhões (+16,8% sobre o 1S21).

O lucro líquido somou R$ 70,5 milhões (margem líquida de 6,3%), aumento de 7,6% e no ano o valor foi de R$ 180,9 milhões com redução de 1,7% em relação ao 1S21.

O principal destaque da Fleury no 2º trimestre foi o anúncio da aquisição do Grupo Pardini.  Em 30 de junho de 2022, a empresa anunciou a incorporação de ações do Instituto Hermes Pardini por Fleury, resultando na combinação de negócios entre o Grupo Fleury e o Grupo Pardini.

Ontem a ação FLRY3 encerrou cotada a R$ 16,54 com queda de 1,0% no ano.


Lojas Renner (LREN3)

Lucro líquido do 2T22 atinge R$ 360,4 milhões (+86,7% s; o 2T21) e acumula R$ 552,0 milhões no 1S22

A Lojas Renner registrou forte crescimento nas principais contas de resultado e no operacional.

No 2T22, crescimento de 45,6% na receita liquida somando R$ 3,62 bilhões e no 1S22 a receita atingiu R$ 6,24 bilhões (53,2%). O lucro bruto cresceu 50,0% no comparativo trimestral, somando R$ 2,20 bilhões e no semestre o aumento foi de 58,7% indo a R$ 3,80 bilhões.

A empresa conseguiu um bom controle das despesas operacionais e melhorou o resultado financeiro líquido, o que impulsionou o resultado final.

A empresa encerrou junho com caixa líquido de R$ 1,28 bilhão principalmente em razão da emissão de 102 milhões de novas ações, realizada no 2T21. A oferta de ações foi liquidada no dia 4 de maio de 2021 e os recursos estão sendo utilizados no desenvolvimento do ecossistema de moda e lifestyle, na aceleração da transformação digital, bem como na construção do novo CD Omni e na expansão de lojas físicas.

Ontem a ação LREN3 encerrou cotada a R$ 28,25 com alta de 17,1% no ano.


Sanepar (SAPR11)

Lucro Líquido de R$ 234 milhões (-29% s/2T21) com destaque para a redução do resultado operacional

A Sanepar registrou no 2T22 um lucro líquido de R$ 233,8 milhões, com queda de 29,5% em relação ao lucro de R$ 331,8 milhões do 2T21, explicado pelo ambiente de negócios, com destaque para o resultado operacional (-23,9% no EBITDA). Os custos ainda pressionam as margens e a inadimplência também.

As ligações de água cresceram 2,1% entre os trimestres, sendo de +2,7% nas ligações de esgoto. Nesta base de comparação, entre o 2T22 e o 2T21, o volume de água faturado se manteve estável, com o volume faturado de esgoto com alta de 1,9%.

A receita líquida cresceu 6,7% no 2T22 para R$ 1,36 bilhão, reflexo do reajuste tarifário de 4,96% a partir de 17.05.2022; da revisão tarifária de 5,77% a partir de 17.05.2021; do aumento do número de ligações e da elevação dos volumes faturados de água e esgoto.

Os custos e despesas operacionais cresceram 29,6% entre os trimestres comparáveis para R$ 1,02 bilhão, com destaque para a alta de 15,4% das despesas de pessoal; do aumento de 25,7% dos custos com energia elétrica; alta de 37,5% dos materiais; o expressivo incremento das provisões para contingências; alta de 126,7% da inadimplência e de 284,8% do Fundo municipal.

O EBITDA no 2T22 somou R$ 442,9 milhões (margem de 32,6%), 23,9% abaixo do EBITDA de R$ 581,9 milhões do 2T21 (margem de 45,7%), desempenho explicado principalmente pelo crescimento dos custos e despesas operacionais. A geração de caixa operacional no 2T22 foi de R$ 425,2 milhões, com redução de 4,1% em relação ao 2T21.

Ao final de junho de 2022 a dívida líquida era de R$ 3,6 bilhões (1,6x o EBITDA) e se compara a R$ 3,1 bilhões em junho de 2021 (1,5x o EBITDA).


Porto Seguro (PSSA3)

Lucro líquido recorrente de R$ 89 milhões no 2T22 (-76% s/2T21)

A Porto registrou no 2T22 um lucro líquido recorrente de R$ 89,4 milhões (ROAE de 3,8%), com queda de 76,4% em relação a igual trimestre do ano anterior (R$ 379,4 milhões e ROAE de 17,1%), explicado pela redução de 90,8% do resultado operacional e de 48,9% do resultado financeiro. O índice de sinistralidade e o índice combinado cresceram, assim como as despesas com inadimplência.

A receita total somou R$ 6,77 bilhões no 2T22 (+36,7% versus o 2T21) com destaque para o crescimento na linha de seguros, negócios financeiros, saúde e serviços e a expansão na base de clientes.

As despesas administrativas foram de R$ 939,0 milhões no 2T22 com alta de 5,7% em relação ao 2T21 (R$ 888,4 milhões em base recorrente),

O resultado financeiro alcançou R$ 89,0 milhões no 2T22, com queda de 48,9% em relação aos R$ 174,1 milhões do 2T21, impactado principalmente pelo desempenho das alocações em renda variável.

O índice combinado consolidado atingiu 98,9% no 2T22 (+12,6pp), reflexo principalmente pelo incremento de sinistralidade no segmento Auto.


AES Brasil (AESB3)

Resultado operacional pressionado por maiores custos de operação

A companhia reportou um lucro líquido de R$ 9,3 milhões no 2T22, com queda de 65% em relação ao lucro de R$ 26,6 milhões de igual trimestre do ano anterior.

Destaque para os gastos com compra de energia que cresceram 28% em 12 meses e maiores custos de operação e despesas operacionais, com incremento de 17,5% no trimestre frente o 2T21.

O EBITDA somou R$ 239,4 milhões, recuo de 6,3% em relação ao mesmo trimestre de 2021 (R$ 255,6 milhões). A margem EBITDA caiu de 45,5% no 2T21 para 38,6% no 2T22.

Ao final de junho de 2022 a dívida líquida companhia era de R$ 4,6 bilhões em linha com o endividamento do 2T21. As disponibilidades somavam R$ 3,4 bilhões.

No acumulado do 1S22 o lucro líquido alcançou R$ 80,2 milhões (-16,3%).

Com base no resultado do semestre, o Conselho da AES Brasil aprovou a distribuição de dividendos intermediários no valor de R$ 52,8 milhões, equivalente a R$ 0,1074/ação, com pagamento em 30/09. As ações serão negociadas ex dividendos em 10/08 e o retorno é de 1,0%.


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