Ibovespa mantém trajetória positiva com resultados corporativos do 2T22 e sobe 0,40%

Ibovespa mantém trajetória positiva com resultados corporativos do 2T22 e sobe 0,40%

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa encerrou ontem com alta de 0,40% aos 103.775 pontos, com giro financeiro de R$ 22,4 bilhões (R$ 19,8 bilhões). No final do dia, o Banco Central confirmou a expectativa de alta do mercado para a taxa Selic em 0,50 p.p elevando a taxa de 13,25% para 13,75%.  No exterior, destaque para a visita presidente da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan e as retaliações impostas a importações de uma lista de produtos de Taiwan, o que pode piorar a relação entre China e Taiwan. Nos EUA, as bolsas andaram bem. (Dow Jones: +1,29%, S&P 500 +1,56%, e o Nasdaq +2,59%. Os indicadores divulgados durante o dia, melhores que o esperado, ajudaram os mercados.  Hoje, as bolsas da Ásia (fechamento) e da Europa mostram predomínio de alta. A agenda de hoje vem fraca de indicadores, com destaque apenas para a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE) e a publicação da balança comercial dos Estados Unidos além de eventos e a fala da presidente do Federal Reserve (Fed) de Cleveland, Loretta Mester. Destaque para os resultados do 2T22: Embraer, Bradesco, Fleury, Lojas Renner, Alpargatas e AES Brasil. Nas commodities, alta de 0,89% na cotação do petróleo tipo WTI (Nymex) a US$ 91,41 o barril e o Brent a US$ 97,28 (+0,52%). Ontem o movimento foi de queda forte nas cotações com o WTI para setembro cedendo 3,98% a US$ 90,66, por barril. Enquanto o do Brent caiu 3,74% a US$ 96,78 por barril.

Câmbio

O dólar encerrou o dia com alta de 0,06% a R$ 5,2831 acumulando valorização de 2,13% no mês.

Juros

Os juros futuros encerraram o dia com a taxa para jan/23 estável em 13,79% e para jan/27 a taxa recuou de 12,635% para 12,48%. Nos EUA, as taxas de juros tiveram comportamento distinto, com o juro da T-note de 2 anos indo a 3,069%, o da T-note de 10 anos recuando para 2,713% e o do T-bond de 30 anos caindo a 2,942%. Conhecida a Selic, os mercados passam agora a aguardar novos dados da economia global e já apostando na próxima taxa de juros dos Estados Unidos que só acontecerá em setembro.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

PetroRio (PRIO3)

Resultado Operacional consistente no 2T22 com incremento de receita e melhora de margem

A companhia registrou no 2T22 um lucro líquido de US$ 139,9 milhões, 112% superior ao lucro de US$ 66,1 milhões do 2T21. Um resultado consistente realizado a partir do expressivo crescimento de 95% da Receita Total que alcançou US$ 377,3 milhões, reflexo do aumento das vendas e alta do Brent.

Nesta base de comparação o EBITDA cresceu 127% somando US$ 249,2 milhões, com a margem elevando-se de 57% no 2T21 para 66% no 2T22. Em base ajustada o EBITDA alcançou US$ 269,3 milhões com margem de 71%.

O resultado financeiro registrou forte piora passando de receita financeira líquida de US$ 19,0 milhões no 2T21 para despesa financeira de US$ 35,7 milhões, reduzindo parcialmente o resultado líquido do trimestre.

Destaque para uma redução de 22% do lifting cost para US$ 11,1/bbl – quando comparado com igual trimestre do ano anterior, em função da otimização de custos.

No acumulado do 1S22 o lucro líquido alcançou US$ 368,2 milhões (+526%) com EBITDA ajustado de US$ 598,1 milhões e margem de 72% (+8pp). A receita total cresceu 120% nesta base de comparação para US$ 687,0 milhões.

Ao preço de R$ 23,76 a ação PRIO3 registra alta de 14,9% este ano. Temos recomendação de COMPRA com Preço Justo de R$ 32,00/ação correspondente a um potencial de alta de 34,7%.


Totvs (TOTS3)

Crescimento de 64,2% no lucro líquido dom 2T22, somando R$ 129,1 milhões

A Totvs mostrou fortes resultados no 2T22 e no acumulado do 1º semestre. No 2T22, o resultado consolidado atingiu R$ 129,1 milhões (+64,2% s/ o 2T21). No acumulado de 6 meses o resultado foi de R$ 214,1 milhões com alta de 34,4%.

A receita líquida consolidada cresceu 29,5% ano a ano, atingindo R$ 966 milhões no 2T22, acumulando R$ 1,91 bilhão no 1S22, aumento de 31,9% sobre o 1S21O Ebitda ajustado do 2T22 atingiu R$ 229,4 milhões, aumento de 24,5% sobre o 2T21 com margem Ebitda ajustada 23,7%, inferior à margem de 24m7% no 2T21.

Posição de caixa – No final de junho a empresa registrou caixa líquido de R$ 815,3 milhões. A Dívida Bruta encerrou o trimestre em R$1,8 bilhão, caindo 2,5% em comparação ao 1T22.

Ontem a ação TOTS3 encerrou cotada a R$ 27,17 com queda de 5,1% no ano.


Ultrapar (UGPA3)

Melhor resultado operacional nos principais negócios do Grupo

A Ultrapar registrou um lucro líquido de R$ 460 milhões no 2T22, em linha com o resultado do trimestre anterior e revertendo o prejuízo líquido de R$ 18 milhões do 2T21. Um bom trimestre que refletiu o crescimento das receitas e melhor resultado operacional nos principais negócios do Grupo, e que no conjunto, compensaram a piora do resultado financeiro. Destaque ainda para o ganho de capital com a venda da Oxiteno registrado no 2T22 e do impairment da Extrafarma registrado no 2T21.O lucro líquido do 1S22 somou R$ 921 milhões acima dos R$ 119 milhões do 1S21.

A receita líquida foi de R$ 37,4 bilhões no 2T22 (+31% s/ 2T21) acumulando R$ 71,5 bilhões no 1S22 (+36%). Ressalte-se o aumento na receita líquida em todos os negócios, principalmente na Ipiranga, atenuado pelo fechamento da venda da Oxiteno e sua respectiva desconsolidação dos resultados no 2T22.

O EBITDA ajustado somou R$ 1,5 bilhão no 2T22 (+14% s/ 2T21) e de R$ 2,8 bilhões no 1S22 (+87% versus o 1S21).

O resultado financeiro foi negativo em R$ 510 milhões no 2T22 acima da despesa financeira líquida de R$ 50 milhões em igual trimestre do ano anterior. Esse resultado foi impactado (i) pela marcação dos hedges no montante de R$ 272 milhões no trimestre que se compara ao resultado positivo de R$ 65 milhões no 2T21; e (ii) pela elevação do CDI, apesar do menor saldo médio e custo da dívida líquida.


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