Ibovespa sobe 1,11% descolado das bolsas internacionais

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MERCADO


Bolsa

No segundo dia útil de agosto, a bolsa voltou a subir, descolando dos mercados lá de fora. No fechamento o Ibovespa marcou alta de 1,11% indo a 103.362 pontos. O giro financeiro melhorou indo a R$ 25,4 bilhões (R$ 18,0 bilhões à vista), mas ainda modesto.  No ano a queda está em 1,39%. Ontem as bolsas de Nova York fecharam em queda com o Dow Jones perdendo 1,28%, o S&P500 recuando 0,67% e o Nasdaq com menos 0,16%. Pesou ontem o aumento da tensão entre China e Estados Unidos, com a decisão da visita da presidente da Câmara dos Representantes americana, Nancy Pelosi, a Taiwan, gerando reação do lado da China.  Outro ponto de atenção é o sentimento de representantes do Federal Reserve que a inflação ainda vai pesar mais até o final do ano e que o ajuste de setembro na reunião do Fomc, pode ser novamente de 0,75 p.p., quando grandes bancos já apostavam em 0,50 p.p. A quarta-feira mostra fechamento positivo nas principais bolsas da Ásia e alta também no andamento na Europa.  Na agenda doméstica destaque apenas para a decisão do Copom no final do dia para a taxa Selic. Nos EUA, saem indicadores de preços (PMI) de julho e estoque de petróleo na semana anterior, mas sem peso para os mercados. O que vem gerando rumores é mesmo a visita de Nancy Pelosi a Taiwan, com a China enxergando como provocação militar. Já não basta a guerra da Ucrânia. No mercado de commodities, o petróleo opera com pequena queda no WTI (Nymex) a US$ 93,65 (-0,82%) e o Brent a US$ 99,66 (-0,88%).

Câmbio

A moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 5,2797 com alta de 1,81%, acumulando 2,06% na semana.

Juros

Na véspera da decisão para juros no Brasil, com a expectativa de elevação da taxa Selic em 0,50 p.p de 3,25% para 13,75%, as taxas futuras de juros para jan/23 recuaram de 13,821% para 13,785% e para jan/27 passaram de 2,479% para 12,635%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Cielo (CIEL3)

Lucro Líquido de R$ 635 milhões no 2T22 (+252%)

A Cielo registrou um lucro líquido consolidado de R$ 653,3 milhões no 2T22, crescimento de 252,2% quando comparado ao resultado do 2T21 (R$ 180,4 milhões).

Este forte resultado é explicado pela expansão em todas as unidades da companhia e consequente melhora do resultado operacional (com crescimento das receitas e gastos sob controle) aliado ao impacto positivo da venda da subsidiária MerchantE. Em base recorrente o lucro no 2T22 foi de R$ 383,4 milhões (+112,5% em 12 meses).

O EBITDA consolidado somou R$ 1,18 bilhão no 2T22 (+103,7%), impulsionado pelo desempenho operacional de Cielo e Cateno e os impactos relacionados à venda da MerchantE.

Em base recorrente o EBITDA consolidado registrou alta 57,5% sobre o 2T21 para R$ 914,7 milhões, reflexo do crescimento na Cielo Brasil e na Cateno. A margem EBITDA cresceu de 20m7% no 2T21 para 36,0% no 2T22.

Os resultados trimestrais permanecem em recuperação refletindo as melhorias no resultado operacional (por crescimento dos volumes capturados e disciplina dos gastos) e a expansão dos negócios.


ENGIE Brasil Energia (EGIE3)

Lucro Líquido de R$ 395 milhões no 2T22 (+24%) acumulando R$ 1,04 bilhão no 1S22 (+23%)

A ENGIE Brasil Energia registrou no 2T22 um lucro líquido de R$ 395 milhões, 23,8% superior ao lucro de igual trimestre do ano anterior, impactado pelo incremento de energia vendida (+7,9%) e alta de 6,9% no preço médio de venda.

No 2T22, a ENGIE Brasil Energia registrou receita operacional líquida de R$ 3,0 bilhões, (-4,4% s/ 2T21), refletindo a redução do ritmo da implantação dos sistemas de transmissão e a queda do volume de operações de trading.

Os custos operacionais registraram queda de 24% notadamente no segmento de transmissão e no trading. Nesse contexto a geração de caixa medida pelo EBITDA cresceu 25% em base de 12 meses, com incremento de 13,6pp na margem.  

Em base ajustada o lucro líquido somou R$ 514 milhões no trimestre (+20%) e R$ 1,15 bilhão no semestre (20%). O ajuste veio em função do impairment de R$ 180 milhões, em decorrência dos avanços no processo de venda da UTE Pampa Sul.

Com base no resultado do 1S22 o Conselho aprovou a distribuição de R$ 578 milhões na forma de dividendos intercalares (R$ 0,7082542240/ação), equivalente a 55% do lucro líquido distribuível.

As ações ficarão ex-dividendos a partir de 17 de agosto de 2022, sendo pagos em data a ser definida posteriormente. O retorno é de 1,6%.


Copasa (CSMG3)

Queda de 24% no lucro líquido do 2T22 para R$ 180,4 milhões

A companhia registrou no 2T22 um lucro líquido de R$ 180,4 milhões com queda de 24% em relação a igual trimestre do ano anterior explicado pela piora do resultado financeiro, sensibilizado por aumento dos juros e variação cambial no trimestre. O resultado operacional apresentou estabilidade entre os trimestres comparáveis.

No 2T22 o volume medido de água foi 1,1% maior que no 2T21. Já o volume medido de esgoto registrou alta de 2,6% na mesma base de comparação.

A receita líquida de água e esgoto somou R$ 1,34 bilhão no 2T22 (+2,6% s/ 2T21) e refletiu o maior volume de água e de esgoto e a redução de 1,52% nas tarifas a partir de agosto de 2021.

O total de custos e despesas do 2T22 foram de R$ 826,6 milhões, 5,0% superior ao 2T21 (R$ 786,9 milhões).

O EBITDA do 2T22 alcançou R$ 492,2 milhões, em linha com o 2T21, com margem de 35,6% e que se compara a margem de 36,7% no 2T21.

O resultado financeiro líquido passou de receita de R$ 3,1 milhões no 2T21 para despesa de R$ 80,0 milhões no 2T22, refletindo o crescimento dos juros e maiores variações monetárias e cambiais.

Ao final de junho de 2022 a dívida líquida da companhia era de R$ 3,0 bilhões (2,0x o EBITDA) e se compara a 1,3x em jun/21.


JSL (JSLG3)

Queda de 23,8% no lucro líquido ajustado do 2T2s, ficando em R$ 34,2 milhões

Destaques do 2T22/2T21:

A receita liquida do 2T22 somou R$ 1,44 bilhão (+56,0%)

O EBIT cresceu 124% de R$ 82,2 milhões para R$ 184,9 milhões e o EBITDA foi de R$ 123,8 milhões para R$ 250,7 milhões (102,5%).

O lucro líquido ajustado caiu de R$ 44,8 milhões para R$ 34,2 milhões (-23,8%), a margem liquida reduzindo de 4,9% para 2,4%. Sem os ajustes a queda foi de 68% de R$ 93,1 milhões para R$ 29,8 milhões.

Os investimentos somaram R$ 220,8 milhões (+135,4%) sobre os R$ 93,8 milhões do 2T21.

Acumulado do 1S22/1S21:

No 1S22 a receita liquida cresceu 52,7% para R$ 2,73 bilhões.

O EBIT atingiu R$ 347,5 milhões (+98,3%) e o EBITDA passou de R$ 252,1 milhões para R$ 470,2 milhões (+86,5%).

O investimento total foi de R$ 484,9 milhões (+203,8%).


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