Ibovespa cede 0,17% com o peso da crise na Petrobras. Hoje as bolsas pesam na Europa com o petróleo em baixa e riscos da inflação

Ibovespa cede 0,17% com o peso da crise na Petrobras. Hoje as bolsas pesam na Europa com o petróleo em baixa e riscos da inflação

MERCADO


Bolsa

Ontem o Ibovespa operou descolado das bolsas internacionais, sob a pressão em cima da Petrobras, com a crise nos combustíveis e seus desdobramentos. No fechamento, o mercado perdeu 0,17% fechando em 99.685 pontos, com giro financeiro de R$ 23,0 bilhões (R$ 20,0 bilhões à vista). No mês, a queda é de 10,48%.  Os números da economia global também não ajudam e diante da instabilidade presente, os investidores tentam se defender com movimentos alternativos. Na volta do feriado nos EUA, as bolsas de NY registraram alta superior a 2% nos três índices, com o Dow Jones em alta de 2,15%, o S&P 500 (+2,45%) e o Nasdaq com ganho de 2,51%. A terça-feira começa com as bolsas em queda na Europa e no fechamento da Ásia, o que pode contaminar os demais mercados. A agenda desta quarta-feira terá vários eventos regionais com representantes do Federal Reserve com destaque para a presença de Jerome Powell no Comitê Bancário do Senado. Temos poucos indicadores para hoje, com destaque para o índice de confiança do consumidor (preliminar) de junho, na zona do euro e estoques de petróleo nos EUA na semana anterior (17/06). Sem dados importantes do lado doméstico, o foco permanece na crise da Petrobras, que segue derrubando os papeis da companhia e influenciando o mercado. O dia é de queda forte nos preços do petróleo no mercado internacional com o barril do tipo WTI (Nymex) cotado a US$ 103,94 (-5,09%) e o Brent (ICE) a US$ 109,43 (-4,55%), ambos nos contratos para agosto/22.

Câmbio

A moeda americana encerrou ontem com queda de 1,22% a R$ 5,1274 ante R$ 5,1906 no dia anterior.

Juros

O dia foi de pequena oscilação nas taxas de juros futuros com o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 fechando em 13,565%, de 13,583% no dia anterior e para jan/27 a taxa passou de 12,379% para 12,395%. O mercado acompanhou a divulgação da ata do Copom e a percepção e de mais pressão da Selic à frente.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

ENGIE Brasil Energia (EGIE3)

Fechamento da operação de compra do Projeto Serra do Assuruá

A ENGIE Brasil Energias Complementares Participações Ltda., controlada da ENGIE, concluiu nesta terça-feira (21/06), a aquisição dos direitos de desenvolvimento do Projeto Serra do Assuruá (Projeto) junto à PEC Energia S.A. (PEC).

A aquisição inclui a totalidade das ações de emissão da Maracanã Geração de Energia e Participações S.A., subsidiária da PEC, e dos ativos relacionados ao Projeto detidos por ambas as companhias.

O Projeto tem capacidade instalada total já outorgada de 882 MW, sendo composto por 24 parques eólicos e localizado no município de Gentio do Ouro, estado da Bahia.

O preço máximo da aquisição é de aproximadamente R$ 265 milhões, cujos pagamentos serão realizados conforme o cumprimento de marcos relacionados ao cronograma de desenvolvimento do Projeto.

A aquisição está alinhada à diversificação do seu parque gerador através de fontes alternativas e limpas. Cotada a R$ 41,74/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 34,1 bilhões, a ação EGIE3 registra alta de 12,6% este ano. Seguimos com recomendação de COMPRA e Preço Justo de R$ 50,00/ação que traz um potencial de alta de 19,8%.


Copel (CPLE6)

Reajuste Tarifário médio de 4,90% na Copel Distribuição

A companhia informou que a Aneel autorizou nesta terça-feira (21/06) o reajuste médio de 4,90% para os consumidores atendidos pela Copel Distribuição.

Para os clientes residenciais, o reajuste será de 1,58%. No comércio e serviços atendidos em baixa tensão o reajuste é de 2,68% e para a iluminação pública de 1,95%. Os clientes atendidos em alta tensão terão variação média da tarifa de 9,32%.

O reajuste será aplicado integralmente às tarifas da Copel Distribuição a partir de 24 de junho de 2022.

Ao preço de R$ 6,88/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 18,8 bilhões, a ação CPLE6 registra alta de 16,8% este ano. Temos recomendação de COMPRA e Preço Justo de R$ 7,50/ação (potencial de alta de 9,0%).


Multiplan (MULT3)

Aprovação de R$ 145 milhões em JCP (R$ 0,24/ação). “Ex”  em 27/06 e recompra de ações

O conselho de administração da Multiplan deliberou a distribuição de Juros sobre o Capital Próprio (JCP), no montante bruto de R$ 145 milhões, correspondente a R$ 0,24715441155 por ação. (R$ 0,21 valor líquido de imposto).

  • Data limite com direito:  24/06
  • Ações ex-JCP em 27/06
  • Data de pagamento: 30/06

Ontem a ação MULT3 encerrou cotada a R$ 22,58 com alta de 20,6% no ano. Com base nesta cotação, o retorno para os acionistas será de 0,93%.

A companhia aprovou também novo programa de recompra de ações, que poderá chegar até 14 milhões de ações. O prazo máximo para a negociação das operações autorizadas será de 12 meses, iniciando-se em 22 de junho de 2022 e encerrando-se em 22 de junho de 2023.


Bradesco S.A. (BBDC4)

Banco firmou acordo para receber clientes locais do private banking do BNP Paribas

O Bradesco firmou com o Banco BNP Paribas Brasil S.A. um acordo de esforços conjuntos para viabilizar a potencial transferência na prestação de serviços locais aos clientes de Private Bank do BNP Paribas.

A decisão será dos clientes do BNP Paribas que optarem por migrar para o Bradesco, dado que o BNP irá descontinuar seus serviços locais nesse segmento.

O presente acordo não prevê transferência de participação acionária entre o Bradesco e o BNP Paribas.

Temos recomendação de COMPRA para BBDC4 com Preço Justo de R$ 27,30/ação (potencial de alta de 46,5%).


Weg (WEGE3)

Aprovação de R$ 181 milhões em JCP (R$ 0,043/ação). “Ex” em 27/06

O conselho de administração da Weg aprovou a distribuição de R$ 181,661 milhões em juros sobre capital próprio (JCP). O montante corresponde a R$ 0,043294118 por ação.

Data base limite: 24 de junho.

As ações ficam “ex-JCP” em 27/06.

O pagamento está previsto para 17 de agosto no valor líquido de R$ 0,036800000 por ação.

Ontem a ação WEGE3 encerrou cotada a R$ 25,30 com queda de 25,7% no ano.

Com base nesta cotação o retorno para os acionistas será de 0,014%.


IRB Brasil RE (IRBR3)

Prejuízo de R$ 92,7 milhões em abr/22 por redução dos prêmios emitidos e incremento da sinistralidade

A companhia disponibilizou nesta terça-feira (21/06) o relatório periódico mensal de abril de 2022 enviado à Susep por meio do FIP – Formulário de Informações Periódicas. As informações apresentadas no FIP são com base no modelo Visão Negócio, não auditados e, portanto, sujeitos a mudanças.

No preço de R$ 2,83 a ação IRBR3 registra baixa de 29,6% este ano, após queda de 50,9% em 2021 e de 76,9% em 2020. Não antevemos nenhuma notícia de curto prazo que possa alterar de forma significativa o preço das ações da companhia.

O resultado líquido do mês de abril de 2022 foi negativo em R$ 92,7 milhões, e se compara ao prejuízo de R$ 48,9 milhões em abril de 2021. Nos primeiros quatro meses de 2022 o prejuízo líquido acumulado foi de R$ 12,2 milhões, ante um lucro líquido de R$ 1,9 milhão nos 4M21.

O prêmio emitido totalizou R$ 552,8 milhões em abril de 2022, com queda de 29,7% em 12 meses, explicado pela redução de 7,2% do prêmio no Brasil para R$ 338,5 milhões e pela queda de 49,1% do prêmio no exterior para R$ 214,4 milhões. No acumulado dos quatro primeiros meses de 2022, o prêmio emitido caiu 5,8% para R$ 2,56 bilhões, explicado pela redução de 25,1% dos prêmios no exterior, parcialmente compensado pelo crescimento de 12,0% no Brasil.

A despesa de sinistro em abril de 2022 foi de R$ 478,0 milhões, com índice de sinistralidade de 103,1%, principalmente impactada pelo segmento Agro; e se compara com R$ 479,0 milhões em abr/21 e sinistralidade de 84,3%. No primeiro quadrimestre de 2022, a despesa com sinistro totalizou R$ 1,41 bilhão, com queda de 7,7% e sinistralidade de 87,4% comparado a 75,6% nos 4M21.


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