Semana abre pesada para as bolsas e Ibovespa perde 2,73%

Semana abre pesada para as bolsas e Ibovespa perde 2,73%

MERCADO


Bolsa

A semana começou pesada para as bolsas mundiais com queda generalizada nos principais mercados e o Ibovespa não ficou fora da avalanche, caindo 2,73% no fechamento (102.598 pontos), chagando a ceder mais de 3% durante o dia. O giro financeiro foi de R$ 31,7 bilhões (R$ 25,3 bilhões à vista). As bolsas globais mostram aversão ao risco diante da somatória de problemas que segue impactando as grandes economias, com atenção principalmente ao momento sensível da economia americana, com a inflação em nível surpreendente e com a proximidade da decisão para os juros do país, que sozinha não resolve os problemas atuais da conjuntura dos EUA. As bolsas de NY tiveram mais um dia de queda acentuada (Dow Jones: -279%, S&P 500: -3,88% e Nasdaq: – 4,68%), reflexo de um cenário global bastante carregado de incertezas e sem uma expectativa de recuperação firme no curtíssimo prazo.  Na Europa, as bolsas operam em queda moderada, mas seguem negativas e na Ásia a Nikkei fechou em baixa. A agenda econômica de hoje traz dados de abril (IBGE), volume de serviços em abril, em dia de agenda fraca, com destaque apenas para o evento Fórum Brasil de Investimentos com a presença do presidente Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes.  No exterior, os principais dados são: divulgação do CPI de maio e o índice de expectativas econômicas para junho, na Alemanha. Na França, a OCDE divulgou o PIB do G20 para o 1º trimestre cm alta de 0,7% sobre o 4T21. No 4T21 a alta foi de 1,3% sobre o 3T21. Nos EUA, sai o índice de preços ao produtor em maio e na China a produção industrial e vendas no varejo em maio. Ainda nos EIA, acontece a primeira reunião do Federal Reserve para avaliação da taxa de juros.  No mercado de commodities, o petróleo WTI (Nymex) opera a US$ 121,53 o barril com alta de 0,60% e o Brent (ICE) a US$ 122,90 (0,63%). O minério de ferro encerrou o dia com queda de 0,83% cotado a US$ 140,34 a tonelada.

Câmbio

O mau humor que contaminou a nossa bolsa deu fôlego ao dólar que voltou a superar o nível de R$ 5 o que não acontecia a algumas semanas. Ontem a moeda fechou em R$ 5,1168 com alta de 2,60%.

Juros

Em dia de mercado estressado, os juros tiveram alta forte com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 saltando 13,375% para 13,545% e no prazo mais longo (jan/27) a taxa passou de 12,49%) para 12,74%. Nos EUA, os juros dos Treasuries também dispararam, reflexo da inflação mais alta no país e expectativa para os juros na reunião do Fomc amanhã.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Jalles Machado S.A. (JALL3)

Lucro líquido de R$ 388 milhões no ano safra 2021/22 (+128%)

A Jalles Machado registrou um lucro líquido de R$ 113 milhões no 4T22 do ano safra 2021/2022, com alta de 59% na comparação anual. O EBITDA ajustado somou R$ 273 milhões, crescimento de 21% ante igual trimestre do ano anterior.

A receita líquida cresceu 18% entre os trimestres somando R$ 376 milhões. O resultado financeiro registrou forte melhora contribuindo para a formação do lucro líquido.

Tomando por base a safra 2021/22 os destaques financeiros foram: Receita Líquida de R$ 1,45 bilhão (+34%); EBITDA ajustado de R$ 1,1 bilhão (+55%) e lucro líquido de R$ 388 milhões (+128%). Em base caixa o lucro líquido cresceu 96% para R$ 413 milhões.

Ao final de março de 2022 a companhia possuía um caixa de R$ 1,3 bilhões e uma dívida líquida de R$ 147 milhões, equivalente a 0,1x o EBITDA ajustado.

Projeções operacionais e de investimentos para a Safra 2022/23. A expectativa da companhia é moer entre 5.200 e 5.350 mil/t nesta próxima safra 22/23 e que se compara a 5.357,4 mil/t na safra 2021/22. A produtividade esperada será de 90 a 93 t/ha (ante 93,4 t/ha na safra anterior). O ATR médio produzido deve melhorar, de 138 Kg/t para o intervalo entre 143 e 145 Kg/t.

A produção deverá ser mais alcooleira com 42% a 45% de açúcar e de 58% a 55% de etanol. Os investimentos esperados são R$ 235 a 247 milhões para expansão IPO (1 mm toneladas); entre R$ 43 a 44 milhões para expansão IPO (ativo biológico); de R$ 124 a 130 milhões em melhorias operacionais e um capex recorrente entre R$ 238 a 251 milhões (renovação de plantio e manutenção de entressafra).


Petrobras (PETR4)

Protocolo de intenções na área de Gás Natural

A Petrobras e o Governo de Sergipe assinaram nesta segunda-feira (13/06) um protocolo de intenções para a identificação de oportunidades de negócios com o uso do gás natural considerando o desenvolvimento, pela companhia, de uma nova fronteira em Sergipe Águas Profundas.

O projeto de Sergipe Águas Profundas é uma nova fronteira de desenvolvimento de produção de petróleo e, principalmente, de gás.

Segundo o Plano Estratégico 2022-2026 da Petrobras, estão previstas duas plataformas para os campos de Sergipe Águas Profundas.

O projeto contempla a implantação de um novo sistema de escoamento de gás ligando as duas unidades de produção à costa sergipana, com capacidade de 18 milhões de m³ por dia.


Carrefour Brasil (CRFB3)

Aprovação de R$ 264 milhões em JCP (R$ 0,125/ação). Ex em 20/06 (segunda-feira)

O conselho de administração do Carrefour Brasil aprovou a distribuição de R$ 264 milhões em juros sobre capital próprio (JCP), relativos ao exercício de 2022.

  • O montante corresponde a R$ 0,12553215 por ação em circulação.
  • Será levada em consideração a base acionária de 17 de junho, sendo os papéis negociados “ex-JCP” a partir do dia 20.
  • O pagamento está previsto para dia 29/06.

Ontem a ação CRFB3 encerrou cotada a R$ 17,09 com alta de 12,2% no ano. No mês, a ação caiu 11,7%.  Com base nesta cotação, o retorno para os acionistas será de 0,73%.


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