MERCADO
Bolsa
Em semana toda negativa, o Ibovespa pesou novamente na sexta-feira, com queda de 1,51%, aos 105.4813 pontos, acumulando baixa de 5,06% na semana. O giro financeiro foi de R$ 30,7 bilhões (R$ 25,8 bilhões à vista). O dia foi também negativo para as bolsas internacionais com os mercados de Nova York refletindo o dado de inflação de maio pior que o esperado, aumentando a percepção de maior aperto nos juros americanos na reunião do Federal Reserve na quarta-feira. Do nosso lado, tem a reunião do Copom (também para decisão sobre a taxa Selic além de outras preocupações com a cenário político que ganhando mais peso a partir da virada do semestre. Na Ásia, as bolsas fecharam com forte queda com investidores cautelosos ante a perspectiva de aperto monetário mais agressivo do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que se reúne nesta semana, O índice Nikkei fechou em baixa de 3,01% e o Hang Seng marcou (-3,39%). Na Europa, o movimento é de queda generalizada neste começo de semana. A semana começa fraca de indicadores econômicos, com investidores focados nos eventos da quarta-feira. Lembrando que para nosso mercado a semana será encurtada pelo feriando de Corpus Christi na 5ª feira. No exterior, a semana terá indicadores importantes sendo divulgados como: PIB do 1T22 da OCDE (G20) e da Rússia, reunião ministerial de defesa da Otan, etc. As commodities também recuam, com o petróleo WTI (Nymex) a US$ 119,16 (-1,25%) o barril no contrato para julho e o Brent (ICE) a US$ 120,67 (-1,10%) para agosto. O minério de ferro também fechou a semana em queda, após seguidas altas no começo do mês.
Câmbio
A moeda americana teve dia de alta (+1,63%) fechando cotada a R$ 4,9869 com o pessimismo ganhando força diante do cenário global preocupante.
Juros
Os juros futuros encerraram a sexta-feira em queda, aguardando a decisão da reunião do Copom na quarta-feira, com consenso em relação ao novo ajuste na taxa Selic. (0,5 p.p), indo para 13,25% ao ano. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 fechou em 13,37%, de 13,385% na quinta-feira e para jan?27 a taxa cedeu de 12,49% para 12,47%. Nos EUA, os juros dos Treasuries de curto prazo (T-note de 2 anos) dispararam, batendo 3,056% na máxima do dia, no maior nível desde dezembro de 2007.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Eneva (ENEV3)
Acordo para aquisição da Termofortaleza
A Eneva celebrou no dia 09 de junho de 2022, Contrato de Compra e Venda para aquisição de 100% das ações emitidas pela CGTF – Central Geradora Termelétrica Fortaleza S.A. (Termofortaleza) de propriedade da Enel Brasil S.A.
A Termofortaleza tem como principal ativo operacional a UTE Fortaleza, uma usina termelétrica a gás, implantada a partir do Programa Prioritário de Termoeletricidade (PPT) do governo federal, com capacidade instalada de 327 MW, localizada no município de Caucaia, Estado do Ceará.
A Usina tem contrato de comercialização de energia com a distribuidora Companhia Energética do Ceará S.A., celebrado em 31 de agosto de 2001 e com vigência até 2023.
Em 2021, a Termofortaleza registrou Receita Operacional Líquida de R$ 1,7 bilhão e EBITDA de R$ 580 milhões. No âmbito da Operação, a Eneva considera um enterprise value de R$ 431,6 milhões (data base: mar/22) com correção pelo CDI e pagamentos contingentes à recontratação futura da planta, que podem alcançar até R$ 97 milhões.
A operação foi aprovada pelo Conselho de Administração da Eneva não constituindo investimento relevante.
M. Dias Branco S.A. (MDIA3)
Parceria com a Omega Geração
A M Dias celebrou nesta sexta-feira (10/06), contrato com a Omega Geração S.A. para a formação de uma parceria societária para a geração de energia por três parques eólicos controlados pela Omega para o consumo pela companhia em suas próprias unidades produtivas.
O complexo eólico objeto da parceria está localizado na cidade de Paulino Neves, no Estado do Maranhão, com capacidade eólica instalada de 97,2 MW, dos quais 18 MW médios serão comercializados junto à companhia sob o regime de autoprodução por equiparação.
O fechamento da parceria depende da aprovação do CADE, bem como da verificação de outras condições usuais para esse tipo de operação.
Esta parceria está alinhada com a estratégia da M Dias de diversificação de sua matriz de energia a partir de fontes renováveis e aumento da competitividade através dos benefícios relacionados a autoprodução de energia por equiparação.
Carrefour Brasil (CRFB3)
Investimento de R$ 2,1 bilhões na conversão de 124 lojas BIG
No dia 07 deste mês a companhia divulgou fato relevante comunicando a conclusão da aquisição do Grupo BIG Brasil quando foi assinado um novo acordo de acionistas da Companhia e definida a nova estrutura de governança e composição do conselho de Administração a ser submetida à Assembleia Geral Extraordinária da Companhia.
Na operação o Carrefour Brasil adquiriu ações de emissão do Grupo BIG representativas de 70% do seu capital social. As ações remanescentes de emissão do Grupo BIG foram incorporadas pela Companhia, com a emissão, em favor dos acionistas do Grupo BIG, de 116.822.430 novas ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal de emissão da Companhia, de modo que a Companhia passou a deter a totalidade das ações de emissão do Grupo BIG.
Em continuidade a este processo, o Carrefour comunicou que vai investir R$ 2,1 bilhões na conversão de 124 lojas de um total de 374 unidades do Grupo Big como parte da integração entre as duas empresas. O trabalho tem conclusão prevista para o final de 2023.
Dos R$ 2,1 bilhões previstos com as conversões, R$ 1,9 bilhão virá de investimentos (capex) e R$ 200 milhões em despesas operacionais (opex).
Com a aquisição do BIG, o Grupo Carrefour Brasil se consolida como líder do setor, com mai do dobro do market share do segundo colocado e com uma cobertura abrangente em todas as regiões brasileiras, fazendo parte do grupo das 10 maiores empresas do Brasil.
Na sexta-feira a ação CRFB3 encerrou cotada a R$ 17,83 com alta de 17,0% no ano.
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