Piora no cenário global volta a derrubar bolsas globais e petróleo nesta segunda-feira

Piora no cenário global volta a derrubar bolsas globais e petróleo nesta segunda-feira

MERCADO


Bolsa

A sexta-feira foi pesada para a bolsa doméstica após o feriado de Tiradentes. Com nosso mercado fechado, as bolsas internacionais seguiram penalizadas pelas muitas incertezas no cenário global e o ajuste veio forte no Ibovespa. Destaque para os efeitos de uma guerra ainda mais sangrenta, inflação, juros e, do lado doméstico, além destes problemas, o cenário político só vem piorando. O índice caiu 2,86% a 111.078 pontos, marcando a 5ª queda consecutiva e terceira semana no vermelho. Os investidores estrangeiros mantêm cautela em relação à nossa bolsa, com fluxo negativo de R$ 0,6 bilhão em abril, vindo de três meses compras com fluxo expressivo. O giro financeiro foi de R$ 34,1 bilhões (R$ 24,9 bilhões à vista). As perdas foram fortes em ações de peso no índice como: Vale, Petrobras, CSN. Banco do Brasil e Itaú. A reeleição de Macron na França deixa a região do euro mais confortável. As bolsas internacionais fecharam com queda expressiva em Nova York (DJ:  -2,82%, S&P 500: -2,77% e o Nasdaq: – 2.55%. Na Europa e na Ásia não foi diferente e os índices pesaram e nesta segunda-feira, o movimento de baixa se repete, com os mercados lá de fora, mostrando queda na zona do euro e no fechamento da Ásia. Os futuros de NY também sinalizam mais um dia negativo. No mercado de commodities, o dia não foi diferente das bolsas. As cotações do petróleo caíram com o WTI a US$ 102,07 (-1.66%) e o Brent a US$ 106,65 (-1.55%). A baixa das cotações de petróleo se repete nesta segunda-feira, com o WTI           cotado a US$ 97,09 (- 4,88%) e o Brent a US$ 101,39 (-4,93%). A agenda econômica desta segunda-feira traz em destaque apenas o índice de atividade de março nos EUA, o índice de sentimento das empresas na Alemanha e o PIB do 1T22 na Coreia do Sul. Durante a semana (sexta-feira) sai o PIB do 1T22 na Espanha, França. Itália, Alemanha, e nos EUA. No Brasil, além do Boletim Focus, teremos a inflação medida pelo IPC-S e a balança comercial semanal.

Câmbio

A aversão ao risco nos principais mercados (bolsas e commodities) puxou o dólar e os juros para cima. A moeda americana subiu 3,77% cotada a R$ 4,7961 no final do dia, ficando positiva em 1,16% no mês e com queda de 13,92% no ano.

Juros

Os juros futuros não tiveram a mesma pressão observada nos outros ativos e o DI para jan/23 passou de 13,068% na quarta-feira para 13,04%. O DI jan/27, encerrou o dia a 11,98% (máxima), ante 11,795% no ajuste anterior. Nos EUA, os juros dos Treasuries ficaram mistos.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Equatorial Energia S.A. (EQTL3)

Alta de 3,5% na venda de energia elétrica no 1T22 para 8.632 GWh

A Equatorial reportou nesta sexta-feira (22/04) as informações operacionais prévias e não auditadas do segmento de distribuição referentes ao 1T22. De forma consolidada, a Equatorial apresentou um aumento na energia injetada de 2,0%, um aumento na energia distribuída de 3,5% que levou a uma redução no nível de perdas em 3,0%.

Destaques

A venda de energia elétrica no primeiro trimestre de 2022 cresceu 3,5% ante o 1T21 atingindo 8.632 gigawatts-hora (GWh). Entre os consumidores cativos, o crescimento foi de 2,0% no comparativo anual, alcançando 7.196 GWh. Entre os consumidores livres, o avanço, nesta base de comparação, foi de 12,2% para 1.375 GWh.

No comparativo entre as classes de consumo, destaque para o segmento Comercial (+6,7%) explicado pela retomada do setor entre os trimestres comparáveis, seguido por Outros (+4,8%), refletindo principalmente a recuperação do consumo do setor público. O segmento Industrial cresceu 2,6% e o residencial, 1,7%.

Entre as distribuidoras, os destaques do trimestre foram os aumentos dos volumes da Equatorial Pará (+6,5%) e do Rio Grande do Sul (CEEE-D), com um crescimento de 5,9%.


Eletrobras (ELET3)

AGO aprova distribuição de dividendos com as ações “ex” a partir de hoje, 25/04

A Eletrobras aprovou na AGO realizada na sexta-feira (22/04) a proposta de pagamento de Dividendos no valor total de R$ 1,34 bilhão, representando R$ 1,991536 por ação PNA, R$ 1,493652 por ação PNB e R$ 0,715782 por ação ON.

O pagamento ocorrerá até 31 de dezembro de 2022 sendo as ações negociadas na condição “ex” dividendos a partir de hoje, 25 de abril de 2022.

Com base na cotação de R$ 40,11 para ELET3 o retorno é de 1,8%. Para a ação ELET6 o retorno é de 3,7% frente a cotação de R$ 40,59/ação.


BRMalls (BRML3)

Resgate antecipado de R$ 403,96 milhões de debêntures em circulação

A companhia comunicou aos seus debenturistas e ao mercado em geral o Resgate Antecipado Facultativo integral das debêntures em circulação da de 9ª Emissão Pública de Debêntures Perpétuas, Simples, Não Conversíveis em Ações, da Espécie com Garantia Flutuante, com Garantias Reais Adicionais prestadas por Terceiros, em Série Única.O valor total amortizado foi de R$ 403.956.968,80, sendo R$ 400.000.000,00 de amortização e R$ 3.956.968,80 de atualização monetária.

Adicionalmente, a Companhia pretende resgatar, até o final deste ano o saldo da 8ª Emissão Pública de Debêntures Perpétuas liquidando assim integralmente as Debêntures Perpétuas que havia contratado. Dessa forma, a estimativa é que a alavancagem (Dívida líquida/ EBITDA ajustado LTM*) da Companhia ao final do ano de 2022 seja entre 2,0x e 2,5x.

Na sexta-feira a ação BRML3 encerrou cotada a R$ 9,29 com alta de 11,8%. A melhora do desempenho da ação tem relação com fusão em andamento com Aliansce Sonae. A notícia de redução de dívida é muito positiva. Em 2021, a despesa financeira líquida da companhia foi de R$ 277 milhões e o lucro líquido ficou em R$ 187 milhões vindo de um prejuízo líquido de R$ 283,9 milhões em 2020.


IRB-Brasil RE (IRBR3)

Prejuízo de R$ 50,9 milhões em fevereiro de 2022

A companhia disponibilizou na sexta-feira (22/04) o relatório periódico mensal de fevereiro de 2022 enviado à Susep por meio do FIP – Formulário de Informações Periódicas. As informações apresentadas no FIP são com base no modelo Visão Negócio, não auditados e, portanto, sujeitos a mudanças.

No preço de R$ 2,91 (fechamento de 22/04) a ação IRBR3 registra baixa de 27,6% este ano, após forte queda de 50,9% em 2021 e de 76,9% em 2020. Não antevemos nenhum evento de curto prazo (em termos de resultado) que possa funcionar como um “gatilho” de recuperação do preço da ação.

Destaques

O resultado líquido do mês de fevereiro de 2022 alcançou um prejuízo de R$ 50,9 milhões, revertendo o lucro de R$ 20,8 milhões em fevereiro de 2021. No primeiro bimestre de 2022 o lucro líquido acumulado foi de R$ 63,2 milhões, ante um lucro líquido no mesmo período de 2021 de R$ 38,8 milhões.

O prêmio emitido totalizou R$ 478,5 milhões em fevereiro de 2022, com queda de 9,5% em relação a fevereiro de 2021, explicado principalmente pela redução de 47,0% do prêmio no exterior para R$ 144,4 milhões. Destaque para o crescimento do prêmio no Brasil de 30,6%, para R$ 334,1 milhões.

Já no bimestre, o prêmio emitido alcançou R$ 1,5 bilhão com crescimento de 11,9% em relação ao mesmo período de 2021, sendo de R$ 945,7 milhões no Brasil (+31,4%) e R$ 556,3 milhões no exterior (-10,6%) – reflexo da estratégia de foco no mercado doméstico.

A despesa de sinistro em fevereiro de 2022 foi de R$ 188,9 milhões, uma redução de 50,2% em relação a fevereiro de 2021. Nesta base de comparação o índice de sinistralidade em fev/22 foi de 81,0%, acima de 70,7% em fev/21.

A companhia destaca o efeito não-recorrente referente à operação de LPT (Loss Portfolio Transfer) que agravou a linha de prêmio retrocedido em R$ 218,8 milhões e reduziu a linha de Sinistro Retido em R$ 200,8 milhões, gerando um efeito negativo no resultado de subscrição da companhia de R$ 18,0 milhões.

No primeiro bimestre de 2022, a despesa com sinistro totalizou R$ 482,8 milhões, um decréscimo de 27,9% quando comparada com o mesmo período do ano anterior. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o índice de sinistralidade foi de 72,8%, comparado a 70,6% no primeiro bimestre de 2021.


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