MERCADO
Bolsa
O aumento da tensão no Leste Europeu durante a sexta-feira, diante da crescente ameaça de invasão da Ucrânia pela Rússia, colocou os principais mercados mundiais em alerta, com as bolsas pesando o que pode desencadear uma crise longa, imprevisível e sem precedentes. Contudo, ainda há espaço para uma solução diplomática. As bolsas de Nova York fecharam com queda: Dow Jones: -0,68%, S&P: -0,72% e baixa também no Nasdaq: -1,29%. O Ibovespa caiu 0,57% aos 112.889 pontos, com giro financeiro de R$ 48,7 bilhões (R$ 21,3 bilhões à vista), em dia de vencimento de opções sobre ações que girou R$ 17,3 bilhões. A queda do Ibovespa aconteceu após 5 semanas positivas. Nesta segunda-feira, as bolsas internacionais mostram queda na Europa e pequena alta no Reino Unido. A Ásia, o fechamento foi negativo nos principais mercados. Nos Estados Unidos, hoje é feriado do Dia do Presidente e os mercados locais estarão fechados. O petróleo teve uma semana de volatilidade, mas sustentou o viés de alta que tem como principal referência no momento a crise política no exterior. O WTI para abril subiu 0,19% a US$ 90,21, enquanto o Brent para o mesmo mês avançou 0,61% a US$ 93,54. Nesta manhã, o movimento é novamente de alta no mercado futuro de petróleo. O minério de ferro fechou cotado a US$ 141,11 a tonelada, estável em relação ao fechamento da sexta-feira. A agenda econômica desta segunda-feira traz do lado doméstico o Boletim Focus e no exterior saiu a prévia do índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, com alta de 52,3 em janeiro para 55,8 em fevereiro, atingindo o maior nível em cinco meses, indicando ritmo mais forte da atividade, em fevereiro. Na tentativa de uma solução para a crise no Leste Europeu, o presidente da França Emanuel Macron, articula uma reunião de cúpula, envolvendo Biden e Putin e outros líderes para buscar uma saída diplomática para o problema.
Câmbio
Na sexta-feira o dólar cedeu 0,61% fechando em R$ 5,1382 com queda de 3,22% no mês e 7,76% no acumulado do ano. A maior parte desta queda no ano reflete o fluxo de estrangeiros na bolsa.
Juros
Os juros futuros tiveram dia de queda, mesmo rumo do dólar, em dia de agenda fraca. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 encerrou em 12,38%, de 12,413% na quinta-feira. O DI para jan/27 passou de 11,30% para 11,31%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Cosan S.A. (CSAN3)
Lucro líquido de R$ 1,3 bilhão no 4T21
A Cosan registrou no 4T21 um lucro líquido de R$ 1,3 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 112 milhões de igual trimestre do ano anterior, refletindo o bom resultado da Compass e os efeitos pontuais na holding. Nesta base de comparação o EBITDA proforma ajustado alcançou R$ 2,8 bilhões, com queda de 6%, impactado pelos efeitos da quebra da safra do milho na Rumo e o aumento das despesas financeiras, parcialmente compensados por melhores resultados nos demais negócios da companhia.
Temos uma visão construtiva, baseado no seu consistente desempenho, adequada estrutura de capital e sinergia dos negócios, que deve resultar no aumento da sua eficiência. A companhia vem realizando investimentos importantes, com vista o fortalecimento nos segmentos de atuação e diversificação de portfólio.
Seguimos com recomendação de COMPRA para CSAN3 e Preço Justo de R$ 30,00/ação, que traz um potencial de alta de 37,9% em relação à cotação de R$ 21,76/ação.
Destaques
A receita líquida no 4T21 cresceu 52% em base de 12 meses para R$ 34,3 bilhões com um lucro bruto de R$ 3,5 bilhões (+31% versus o 4T20) e um lucro líquido ajustado de R$ 411 milhões (+58% em 12 meses) por melhor resultado da Compass.
A geração de caixa líquido para acionistas (FCFE) alcançou R$ 694 milhões no 4T21 – devido principalmente por maior geração de caixa operacional da Raízen. Nesse contexto a companhia manteve a alavancagem de 2,1x em base trimestral (abaixo de 3,2x no 4T21), com uma dívida líquida de R$ 31,2 bilhões ao final de dez/21.
Em 2021 o EBITDA da Cosan alcançou R$ 11,9 bilhões (+18% vs 2020) e um lucro líquido ajustado de R$ 2,7 bilhões (+92%) e R$ 6,1 bilhões (+15%) de FCFE, parcialmente compensado pelo resultado da Rumo.
EDP – Energias do Brasil S.A. (ENBR3)
Entrada em operação comercial da EDP Aliança SC
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) autorizou nesta sexta-feira (18/02) a operação comercial das instalações do trecho final da EDP Transmissão Aliança SC (“EDP Aliança SC”) com 06 meses de antecipação frente ao cronograma da Aneel.
Com a conclusão da entrada em operação, a companhia passa a receber a Receita Anual Permitida de R$ 208 milhões (RAP atualizada por inflação na data de reajuste Junho/2021 (Ciclo 2021/2022) – resultando em receita antecipada total de R$ 143,1 milhões.
A EDP Aliança, uma parceria entre a EDP e a Celesc Geração S.A. (“Celesc”) na proporção de 90% EDP e 10% Celesc, foi constituída após a 1ª Etapa do Leilão nº 05/2016 (24.04.2017).
Mais uma notícia positiva que demonstra capacidade na entrega antecipada dos seus projetos no segmento de transmissão, um dos principais focos estratégicos da companhia.
Taesa (TAEE11)
Dividendo de R$ 2,3231/Unit. Ex em 10/05
O Conselho de Administração da Taesa aprovou a distribuição de R$ 800,3 milhões (R$ 2,3231/Unit), na forma de dividendos, sendo R$ 147,0 milhões a título de dividendos mínimos obrigatórios remanescentes e R$ 653,3 milhões a título de dividendos adicionais.
Os dividendos serão pagos aos acionistas até 31 de dezembro de 2022, com base na posição acionária do dia 09 de maio de 2022. As Units da companhia serão negociadas “ex-dividendos” a partir de 10 de maio de 2022, inclusive. A proposta ainda será submetida à deliberação da assembleia de acionistas. O retorno estimado é de 6,2%.
O payout de 2021 foi de 80,9%. Estimamos para 2022 um dividendo de R$ 3,40/Unit equivalente a 85% do lucro líquido ajustado, com retorno de 9,0%.
Braskem (BRKM5)
Conversão de 21.440 ações PNB em 10.720 ações PNA
A Braskem informou que, a pedido de acionista detentor de ações preferenciais Classe B, foram convertidas de forma voluntária 21.440 ações dessa classe em 10.720 ações preferenciais Classe A.
Desta forma, o capital social da companhia passou a ser dividido em 797.207.834 ações, sendo 451.668.652 ações ordinárias, 345.060.392 ações preferenciais classe A e 478.790 ações classe B.
Na próxima sexta-feira (25/02), em assembleia geral, os acionistas detentores de ações PNB irão votar a conversão da totalidade das ações PNB em PNA, na razão de 2 para 1 como parte da preparação para potencial migração da companhia para o segmento do Novo Mercado da B3.
As Ações Preferenciais Classe “B” se originam de subscrições com recursos de incentivos fiscais, nos termos da legislação tributária, como previsto no Estatuto Social da companhia, e representam atualmente 0,06% do capital social.
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