Em dia de realização de lucros, Ibovespa fecha com queda de 1,18% a 111,9 mil pontos

Em dia de realização de lucros, Ibovespa fecha com queda de 1,18% a 111,9 mil pontos

MERCADO


Bolsa

A quarta-feira foi de realização de lucros na B3 após acumular uma alta consistente em janeiro e na abertura deste mês. O Ibovespa fechou em baixa de 1,18%, a 111.894 pontos, com giro financeiro de R$ 30,6 bilhões (R$ 22,1 bilhões à vista). Hoje, as bolsas internacionais mostram predomínio de baixa no fechamento na Ásia e na Europa. Os resultados corporativos divulgados nos Estados Unidos, tem gerado volatilidade nos índices, principalmente as empresas de tecnologia, que têm pesado sobre o Nasdaq. Isso, somado à expectativa em relação aos juros futuros do país, deve continuar influenciando os mercados. No Brasil, o fim do recesso parlamentar deve dividir o foco com os resultados das empresas.  Ontem à noite, o Banco Central confirmou mais uma alta de 1,5 ponto percentual levando a taxa Selic de 9,25% para 10,75%, o maior nível desde maio de 2017.  A indicação é que o ritmo de altas diminua na próxima reunião. Com isso, o mercado já deverá antecipar suas bases de juros para o ano.  A agenda econômica de hoje traz decisões de política monetária dos bancos centrais da Europeu (BCE) e da Inglaterra (BoE) e os índices de gerentes de compras (PMI) de dezembro, na Alemanha, zona do euro e Reino Unido. Na China, os mercados seguem fechados pelo feriado de Ano Novo Lunar.  No final do dia saem os balanços da Amazon e da Ford, nos EUA.  O petróleo opera em queda nesta quinta-feira, com o Brent cotado a US$ 88,62 o barril e o WTI a US$ 87,37.

Câmbio

Ontem o dólar teve um pequeno recuo de 0,05% encerrando o dia cotado a R$ 5,2659.

Juros

Em dia de divulgação da nova taxa Selic, o contrato de Depósito Interfinanceiro para jan/23 cedeu de 12,168% no ajuste de ontem a 12,13% e o jan/27 passou de 11,102% a 10,98%. O mercado não deverá passar por ajustes significativos, considerando que os indicadores macroeconômicos têm mostrado acomodação dentro da faixa de expectativa do mercado.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Cielo (CIEL3)

Lucro Líquido de R$ 337 milhões no 4T21 e R$ 970 milhões em 2021

A Cielo registrou um lucro líquido consolidado de R$ 336,9 milhões no 4T21, com crescimento de 13% em relação ao 4T20, explicado por melhor desempenho nas unidades de negócios da companhia (Cielo Brasil, Cateno e também nas Outras controladas). No trimestre aconteceram dois eventos não recorrentes (i) o closing da alienação da Multidisplay/M4U e (ii) os efeitos da descontinuação do app Cielo Pay, que impactaram positivamente o resultado do trimestre em R$ 36,7 milhões, montante já líquido de efeitos fiscais. Assim, em base recorrente, o lucro líquido do trimestre somou R$ 300,2 milhões.

Os resultados trimestrais permanecem em recuperação refletindo as melhorias no resultado operacional (por crescimento dos volumes capturados e disciplina dos gastos) e a expansão dos negócios de antecipação dos recebíveis.

A receita operacional líquida do 4T21 registrou crescimento de 3,9% sobre o 4T20 alcançando R$ 3,1 bilhões. O crescimento na Cateno (+19,7%) e na Cielo Brasil (+5,1%) foi parcialmente compensado pela queda de 11,6% na receita líquida de Outras controladas, que é explicada pela conclusão da alienação da Multidisplay/M4U em novembro de 2021.

Os gastos totais seguem controlados, apresentando crescimento inferior ao observado na receita líquida, registrando aumento de 2,9% frente ao 4T20. O EBITDA consolidado alcançou R$ 789,5 milhões no 4T21, reflexo da melhoria das operações em todas as linhas de negócios.


Braskem (BRKM5)

Convocação de Assembleia Especial de Acionistas Preferenciais Classe “B”

O Conselho da Administração da Braskem aprovou nesta quarta-feira (02/02) a convocação de Assembleia Especial de Acionistas Preferenciais Classe “B”, a ser realizada em 25 de fevereiro de 2022, para deliberar sobre a conversão da totalidade das Ações Preferenciais Classe “B” de emissão da companhia em Ações Preferenciais Classe “A”.

A conversão proposta é na razão de 2 (duas) Ações Preferenciais Classe “B” para 1 (uma) Ação Preferencial Classe “A”, em linha com a proporção que consta no Estatuto Social da companhia para a conversão voluntária de tais ações. A proposta de conversão também contou com parecer favorável do Conselho Fiscal.

As Ações Preferenciais Classe “B” se originam de subscrições com recursos de incentivos fiscais, nos termos da legislação tributária, como previsto no Estatuto Social da companhia, e representam atualmente 0,06% do capital social. 

Esta proposta de conversão vem no contexto dos estudos e preparativos para a possível migração da companhia para o segmento de listagem do Novo Mercado da B3 e objetiva de simplificação da estrutura de capital e equalização dos direitos entre os acionistas preferencialistas.


BRF (BRFS3)

Revisão de rating pela S&P e início da negociação das ações da Oferta a partir de hoje

A agência de classificação de riscos S&P Global Ratings elevou a nota de crédito da BRF em escala corporativa global de “BB-” para “BB” e em escala nacional de “brAA+” para “brAAA”, ambas com perspectiva estável.

De acordo com a S&P a elevação dos ratings da companhia após a divulgação dos resultados da Oferta de Ações, deve-se principalmente à expectativa de continuidade da disciplina na gestão da política financeira, com a manutenção do controle da alavancagem financeira líquida, em linha com o fortalecimento da sua estrutura de capital.

Oferta de Ações. No âmbito da oferta pública de distribuição primária de ações ordinárias de emissão da companhia, foi fixado o preço de R$ 20,00 por Ação, assim como o aumento do capital social no valor de R$ 5,4 bilhões, mediante a emissão de 270.000.000 novas Ações. Após a Oferta, o capital social da companhia passou a ser de R$ 13,05 bilhões, dividido em 1.082.473.246 Ações.

As Ações da Oferta passarão a ser negociadas na B3 a partir de 3 de fevereiro de 2022, sendo que a liquidação física e financeira das Ações ocorrerá em 4 de fevereiro de 2022.

Ontem a ação BRFS3 fechou cotada a R$ 19,95/ação, abaixo do preço fixado na Oferta de R$ 20,00/ação. Este ano a ação registra queda de 11,4%.


Ambipar (AMBP3)

Aquisição de 100% do capital da canadense First Response

A Ambipar anunciou ontem aquisição de 100% da canadense First Response, especialista em atendimentos de emergências ambientais com foco em incêndio, treinamentos, simulados e terceirização de bombeiros e equipamentos de combate a incêndios. O valor da transação, feita por meio da Ambipar Holding Canadá, não foi divulgado.A First Response, que agora torna-se Ambipar Response, possui 8 bases operacionais no Canadá, nos estados de British Columbia e Alberta. Em 2021, faturou 10.2 milhões de dólares canadenses, com Ebitda de 2.1 milhões de dólares Canadenses.

A Ambipar abriu capital em 13 de julho de 2020, sendo a primeira empresa de gestão ambiental a entrar na B3. Na operação, foi captado R$ 1,1 bilhão para execução do plano de crescimento e expansão da Companhia.  Desde sua vinda para a bolsa, foram realizadas muitas aquisições que deverão incrementar os resultados da companhia nos próximos anos.

A ação AMBP3 entrou na nossa carteira mensal para fevereiro. Ontem a ação encerrou cotada a R$ 40,60 com queda de 3,7% neste ano.


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