MERCADO
Bolsa
O Ibovespa passou parte do dia sem definição de rumo, mas com o andar da agenda do dia, o mercado caminhou para fechar o dia com alta de 0,63% aos 107.431 pontos. O giro financeiro foi de R$ 78,1 bilhões (R$ 26,0 bilhões no mercado à vista). A agenda econômica de hoje se concentra em indicadores da Europa: balança comercial de outubro, custos de mão de obra, taxa de refinanciamento e o PMI projetado para dezembro. No Brasil, sai a inflação medida pelo IPC-S e o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central. Nos EUA, saem dados de seguros desemprego e da construção civil. As commodities acompanharam o ânimo das bolsas em mostram alta firme nas cotações do petróleo e do minério de ferro nesta quinta-feira. O Brent marca US$ 74,6 por barril e o WTI negocia acima de US$ 71 o barril. As bolsas europeias e os futuros de Nova York mostram alta generalizada após a reunião do Fomc ontem nos Estados Unidos, com a leitura do mercado de que o endurecimento da política do Fed, ajudará combater a inflação elevada sem prejudicar o crescimento econômico. Na Ásia as bolsas também tiveram desempenho positivo no fechamento. Ontem, o Federal Reserve decidiu que que dobrará o ritmo em que reduz as compras de títulos para US$ 30 bilhões por mês e projeta aumentos de três quartos de ponto na taxa de juros em 2022, outro três em 2023 e mais dois em 2024. O presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou ontem que a inflação é agora o inimigo nº 1 para manter a expansão econômica dos EUA no caminho certo e retorno do mercado de trabalho para algo que se aproxima dos níveis pré-pandêmicos.
Câmbio
O dólar vem se sustentando numa faixa alta de preço, acima de R$ 5,67 pelo terceiro dia consecutivo. Ontem no fechamento a moeda marcou R$ 5,6852 contra R$ 5,6897 com pequeno recuo de 0,07%.
Juros
Ontem, os juros futuros permaneceram em compasso de espera dos acontecimentos no exterior e fecharam cm as taxas perto da estabilidade. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 fechou a 11,55% (de 11,479% no dia anterior e para jan/27 passou de 10,361% para 10,39%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Camil Alimentos S.A. (CAML3)
Investimento estratégico na Café Bom Dia e Agro Coffee
A Camil Alimentos celebrou nesta quarta-feira (15/12) Contrato de Investimentos e Outras Avenças com a Café Bom Dia Ltda. e Agro Coffee Comércio Importação e Exportação Ltda. que prevê o ingresso da Camil como nova acionista controladora e o aumento do capital social destas duas Sociedades, após o cumprimento das condições precedentes previstas.
Como resultado, a Camil alcançará a participação de 97,71% do capital social da Café Bom Dia, mediante a integralização de R$ 62 milhões em aumento de capital dessa sociedade; e terá participação de 90,33% do capital social da Agro Coffee, mediante a integralização de R$ 1 milhão em aumento de capital dessa sociedade.
Adicionalmente, serão celebrados Acordos de Acionistas entre a Camil e os acionistas minoritários das Sociedades.
A Café Bom Dia atua no segmento de café desde 1895 e detém hoje as marcas Bom Dia e Sul de Minas. O ativo conta com uma planta industrial em Varginha (MG), que será utilizada para operacionalizar a atuação da Camil na categoria de café com suas outras marcas, União e Seleto.
Já a Agro Coffee é uma companhia que atua com o comércio, importação e exportação de café.
Banco PAN (BPAN4)
Distribuição de R$ 0,2166/ação em JCP. Ex em 22/12
O Banco PAN aprovou a distribuição de R$ 261 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP), correspondentes a R$ 0,2166 por ação.
Serão consideradas as posições de ações em 21.12.21 com os papéis sendo negociados na condição “ex-juros” em 22 de dezembro de 2021.
O retorno líquido estimado é de 1,6%
JBS (JBSS3)
BNDES começa vender ações que possui na JBS
Notícias na mídia dão conta que o BNDES começa nesta quinta-feira (16/12) a vender sua participação de 24,5% no capital da JBS, equivalente a 581.661.101 ações.
Inicialmente serão colocadas 70 milhões de ações o que equivale a 12,03% de sua participação e a 2,95% do capital da JBS. Com base no fechamento de ontem (15/12) de R$ 38,19/ação o blocktrade alcança R$ 2,67 bilhões, equivalente a 9 dias de negociação na B3 (o que pode gerar alguma pressão nos papéis).
Tim (TIMS3)
Aprovação de JCP no montante de R$ 560 milhões (R$ 0,231/ação). Ações “ex” em 21/12
O conselho de administração da TIM aprovou a distribuição de Juros sobre capital próprio (JCP) no montante de R$ 560 milhões, correspondente ao valor bruto de R$ 0,231366129 por ação.
Data de corte: 20 de dezembro. Os papéis passam a ser negociados “ex-JCP” no dia 21 /12.
O pagamento está previsto para 25 de janeiro de 2022.
Ontem a ação TIMS3 encerrou cotada a R$ 13,11 com queda de 9,0% no ano. Com base nesta cotação, o provento representa um retorno de 1,75% para os acionistas.
Fleury (FLRY3)
Aprovação de pagamento de R$ 30 milhões em JCP (R$ 0,09/ação). Ações “ex” em 21/12
O conselho de administração do Fleury aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) de R$ R$ 30,046 milhões, o que representa um valor bruto por ação de R$ 0,09479301498.
Acionistas com direito até 20 de dezembro. As ações passarão a ser negociadas “ex-JCP” a partir de 21 de dezembro.
O pagamento ocorrerá em 30 de dezembro.
Ontem a ação FLRY3 encerrou cotada a R$ 19,22 com queda de 26,4% no ano.
Com base nesta cotação o retorno para os acionistas será de 0,49%.
B3 S.A. (B3SA3)
Auto de infração sobre o suposto ganho de capital quando da incorporação de ações da Cetip S.A.
A B3 recebeu nesta quarta-feira (15/12) auto de infração da Receita Federal do Brasil (“RFB”) no valor total de R$ 499,5 milhões incluindo multa e juros, exigindo o recolhimento do IRRF supostamente devido pela B3, na qualidade de responsável tributária, sobre o ganho de capital que teria sido apurado pelos acionistas estrangeiros da Cetip.
Esse ganho aconteceu em virtude do recebimento das ações da B3 em decorrência da incorporação de suas ações ocorrida em março de 2017 no âmbito da combinação de negócios com da Cetip com a BM&FBovespa (atual B3).
Em comunicado a B3 reiterou o seu entendimento, na linha da opinião de seus consultores tributários externos, de que inexiste ganho de capital tributável em operações de incorporação de ações e apresentará impugnação ao referido auto de infração dentro do prazo regulamentar.
Oi (OIBR3 e OIBR4)
Geração de caixa não sai do negativo e fecha outubro com baixa de R$ 136 milhões
No balancete da recuperação judicial a Oi voltou a registrar geração de caixa negativa (R$ 136 milhões)
Os recebimentos somaram R$ 2,20 bilhões ante R$ 2,51 bilhões em setembro, redução de R$ 302 milhões, sendo R$ 220 milhões a menos nos serviços de uso de rede e queda de R$ 98 na conta clientes.
Os pagamentos reduziram em R$ 273 milhões, passando de R$ 2,36 bilhões em setembro para R$ 2,09 bilhões em outubro, com destaque para R$ 192 milhões com fornecedores de materiais e serviços, tributos (R$ 26 milhões) e pessoal (R$ 37 milhões).
As ações OIBR3 e OIBR4 fecharam ontem cotadas, respectivamente, a R$ 0,84 (-61,8% no ano) e R$ 1,36 (-51,8% no ano).
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