Bolsa cai 1,39% marcando a terceira baixa consecutiva

Bolsa cai 1,39% marcando a terceira baixa consecutiva

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa registou a terceira queda consecutiva, encerrando a quarta-feira aos 102.948 pontos, com desvalorização 1,39%, nível mais baixo em um ano. Aumenta a desconfiança do mercado em relação a alguma solução adequada para as contas do governo ainda neste ano, com a PEC dos Precatórios no centro das discussões. Vale lembrar que não está longe o recesso parlamentar. Enquanto isso, as projeções para a economia vão sendo revisadas para pior, pelo mercado. O giro financeiro de ontem somou R$ 48,9 bilhões (R$ 26,4 bilhões à vista). Hoje a agenda econômica traz, do lado doméstico, o IPC Fipe semanal com alta de 0,98%, abaixo das expectativas de 1,03% (média Bloomberg) e a 2ª prévia do IGP-M de novembro. A agenda completa com poucos dados do exterior, sem relevância e com discursos de presidentes dos Feds regionais nos EUA.  As commodities seguem pressionadas com o petróleo recuando novamente e o minério de ferro sofrendo os efeitos do mercado chinês. Na Ásia, seguem as preocupações com a inflação e crédito, problemas que derrubaram as bolsas da região no último fechamento. As grandes economias avaliam utilizar suas reservas de petróleo para forçar uma redução nos preços de petróleo, enquanto a expectativa de aumento de produção pelo lado da Opep não acontece. As bolsas internacionais mostraram queda no fechamento da Ásia, seguem com movimento nisto na Europa, nesta manhã e os futuros de Nova York sinalizam alta moderada.

Câmbio

A moeda americana encerrou ontem novamente em alta, passando de R$ 5,4976 para R$ 5,5241 (+0,48%), com mais incertezas do lado dos investidores em relação a uma transição sem percalços para o ano que vem.

Juros

Os juros futuros seguiram o mau humor do mercado em geral e engataram alta novamente. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 marcou taxa de 12,02%, enquanto para jan/27 a taxa passou de 11,763% para 11,90%, no fechamento.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

JBS S.A. (JBSS3)

Aquisição do controle da BioTech Foods e entrada no mercado de proteína cultivada

A JBS através de sua controlada JBS Global Luxembourg S.à r.l. celebrou um acordo para aquisição do controle da sociedade espanhola BioTech Foods, S.L. Os investimentos somam US$ 100 milhões e incluem a aquisição da Bio Tech Foods por US$ 41 milhões, a construção de fábrica na Europa e a construção de Centro de Pesquisa & Desenvolvimento no Brasil.

A BioTech Foods é uma das líderes no desenvolvimento de biotecnologia para a produção de proteína cultivada, que consiste na produção de alimentos a partir de células animais. Fundada em 2017, opera uma planta-piloto na cidade espanhola de San Sebastián e tem a expectativa de alcançar a produção comercial em meados de 2024, através de diversos alimentos preparados, como hambúrgueres, embutidos, almôndegas, entre outros.

Pelos termos da operação, a JBS se tornará a acionista majoritária da BioTech Foods e marca o ingresso da companhia no mercado de proteína cultivada. A consumação desta transação está sujeita à confirmação da autoridade de investimento estrangeiro na Espanha, dentre outras condições usuais.

Com o investimento no Centro de Pesquisa em Proteína Cultivada no Brasil, previsto para ser inaugurado em 2022, a JBS pretende desenvolver novas técnicas que acelerem os ganhos de escala e reduzam os custos de produção da proteína cultivada, antecipando sua comercialização no mercado.


Bradesco (BBDC4)

Linha de crédito pré-aprovado de R$ 75 bilhões para PME

Segundo noticiado na mídia o Bradesco anunciou uma linha de crédito pré-aprovado de R$ 75 bilhões para o segmento de pequenas e médias empresas (PME) destinado a atender a demanda do segmento no fim do ano, com taxas a partir de 0,90% ao mês.

Conforme destacado nos resultados do 3T21 a carteira de crédito do segmento de Micro, Pequenas e Médias Empresas somou R$ 161,4 bilhões, com crescimento de 9,1% no trimestre e +27,8% em 12 meses. A carteira de crédito expandida do Bradesco cresceu 16,4% em 12 meses e 6,5% no trimestre somando R$ 773,3 bilhões.

A inadimplência medida pelos créditos em atraso acima de 90 dias permaneceu nos menores patamares da série, mesmo com o forte crescimento das operações de crédito, refletindo as ações do banco na gestão de risco. No segmento de micro, pequenas e médias empresas a inadimplência ao final de setembro/21 era de 2,7% levemente acima de 2,6% em junho/21.


Ser Educacional (SEER3)

Aprovação de dividendos de R$ 15,9 milhões (R$ 0,123/ação)

O Grupo Ser Educacional aprovou a distribuição de dividendos intermediários no valor de R$ 15,893 milhões, correspondentes a R$ 0,123 por ação e equivalentes a 30% do lucro líquido apurado no balanço patrimonial de 30 de junho de 2021.

Data base: 23/11/2021 com as ações ficando “ex-direito” no dia seguinte.

O pagamento ocorrerá no dia 10 de dezembro.

Ontem a ação SEER3 encerrou cotada a R$ 10,45 com queda de 23,1% no ano.


Unipar Carbocloro (UNIP6)

Investimento de R$ 100 milhões para ampliação da unidade de Santo André (SP)

O montante será usado por sua controlada indireta Unipar Indupa na planta de São André (SP) para construção de um forno de ácido clorídrico com capacidade de 91 mil toneladas ao ano e início estimado de operação para o segundo semestre de 2023. O projeto prevê ainda a ampliação da produção de cloro em 29 mil toneladas ao ano e de soda cáustica em 32 mil toneladas ao ano na unidade.

Desta forma, o Grupo Unipar aumentará sua capacidade instalada de produção, no Brasil, para 545 mil toneladas de cloro, 615 mil toneladas de soda cáustica e 755 mil toneladas de ácido clorídrico. Segundo a companhia, a expansão da produção está em linha com a estratégia da Companhia de fortalecimento da sua posição no mercado de cloro, soda cáustica e produtos químicos derivados.

Ontem a ação UNIP6 encerrou cotada a R$ 91,88 acumulando alta de 94,2% neste ano.


Hypera (HYPE3)

Venda de portfólio de produtos farmacêuticos para a Eurofarma

Em fato relevante divulgado ontem, a Hypera comunicou aos seus acionistas e ao mercado em geral que celebrou um Quota Purchase Agreement com a Eurofarma Laboratórios S.A. para a venda do portfólio de produtos farmacêuticos isentos de prescrição e de prescrição na Colômbia e México pelo valor total de US$ 51,6 milhões.

Os Ativos fizeram parte da negociação recente entre a Companhia e a Sanofi e a conclusão da Operação está sujeita a certas condições precedentes, incluindo o fechamento entre a Companhia e a Sanofi da operação divulgada no Fato Relevante datado de 13 de julho de 2021, e a aprovação da Operação pelas autoridades antitruste competentes.

Ontem a ação HYPE3 encerrou cotada a R$ 28,76 com queda de 13,7% no ano.


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