Investidores optam por cautela antes do feriado e bolsa cede 0,56%

Investidores optam por cautela antes do feriado e bolsa cede 0,56%

MERCADO


Bolsa

As bolsas de NY fecharam a segunda-feira em baixa em dia de liquidez reduzida pelo feriado de Columbus Day. Dados econômicos recentes, mais fracos nos EUA, pressão de preços tanto no exterior quanto no Brasil e outros problemas recorrentes, acabaram pesando sobre as bolsas. O Ibovespa, que vinha de uma alta forte na sexta-feira, devolveu parte da recuperação fechando com queda de 0,56% aos 112.180 pontos. O giro financeiro total somou R$ 29,0 bilhões, (R$ 24,8 bilhões à vista).  A agenda econômica desta quarta-feira vem carregada de indicadores com destaque para os dados divulgados na China, com a balança comercial de setembro mostrando forte alta, bem acima das expectativas de mercado e dos dados anteriores, com expansão das exportações. Na Europa, saiu a produção industrial de agosto, cm queda de 1,6% no comparativo M/M, mas com alta no acumulado de 12 meses. Nos EUA, sai a ata da última reunião de Federal Reserve e a inflação de setembro. O petróleo fechou a segunda-feira em alta no mercado futuro, com sinais de demanda alta pela recuperação da economia global. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI com entrega prevista para novembro avançou 1,47% (+US$ 1,17), a US$ 80,52, enquanto o do Brent para dezembro subiu 1,53% (+US$ 1,26) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 83,65. Já nesta quarta-feira, os preços mostram recuo, seguidos pela cotação do minério de ferro, que vem de forte recuperação recentemente. As bolsas internacionais mostram movimento misto nesta manhã e os futuros de NY sinalizam alta para os mercados.

Câmbio

Mesmo com baixo volume de negócios em razão do feriado nacional, ontem, e do Columbus Day na segunda-feira, nos Estados Unidos, o dólar subiu de R$ 5,5086 na sexta-feira para R$ 5,5385, com alta de 0,54%.

Juros

Os juros tiveram dia de alta na segunda-feira com expectativas pessimistas em relação ao cenário doméstico de inflação e das contas do governo. A taxa do DI para jan/23 passou de 9,02% para 9,05% e a do DI jan 27, foi de 9,99% para 10,07%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

XP Inc. (Nasdaq: XP)

Prévia Operacional do 3T21

A companhia anunciou dia 11 de outubro de 2021, sua prévia operacional para o 3T21, com destaque para R$ 47 bilhões de captação líquida ajustada, R$ 8,6 bilhões de carteira de crédito e R$ 3,3 bilhões em TPV de cartão de crédito. A XP vai reportar seus resultados financeiros do 3T21 no dia 3 de novembro de 2021, após fechamento de mercado.

Destaques

Carteira de crédito. Atingiu R$ 8,6 bilhões em 30 de setembro de 2021, um aumento de 122% desde o início do ano. O duration da carteira é de 3,3 anos, com 0,0% de inadimplência superior a 90 dias. Lembrando que a carteira “não inclui créditos Intercompany ou relacionados à operação de Cartões de Crédito”.

Volume Transacionado de Cartões de Crédito alcançou R$ 3,3 bilhões de TPV (Total Purchased Value), de cartões de crédito no trimestre, um crescimento de 55% comparado ao 2T21. A companhia destaca que “mesmo estando em um estágio inicial das atividades relacionadas ao Banco XP, crédito colateralizado e cartão de crédito, os dados indicam um alto potencial de cross sell dentro da plataforma, cuja meta é aumentar o engajamento dentro da atual base de clientes, oferecendo uma experiência completa e integrada, e assim melhorando o relacionamento de longo prazo com os clientes”.

O total de Ativos Sob Custódia (Assets Under Custody, AUC) foi de R$ 789 bilhões em 30 de setembro de 2021, 40% de crescimento na comparação ano contra ano e -3% na comparação com o trimestre anterior. O crescimento na comparação ano contra ano reflete uma captação líquida de R$ 219 bilhões e uma valorização de mercado de apenas R$ 7 bilhões, fortemente impactados por uma desvalorização do mercado no 3T21.

A captação líquida total foi de R$ 37 bilhões no 3T21 comparada a R$75 bilhões no 2T21. A captação líquida ajustada por transferências de custódias concentradas foi de R$ 47 bilhões, ou R$ 16 bilhões por mês, acima dos R$ 45 bilhões do trimestre anterior, refletindo o forte desempenho tanto da rede de Agentes Autônomos quanto dos canais diretos.

A base de clientes ativos do 3T21 cresceu 25% em 12 meses e 5% em relação ao 2T21, sendo que a média mensal de adições de clientes se manteve relativamente estável em 52.000 no 3T21, versus 49.000 no 2T21. De acordo com a administração “apesar do cenário mais desafiador, com taxas de juros subindo no Brasil, esperamos continuar vendo um crescimento saudável em nossos principais KPIs, por conta do modelo de negócios diversificado e de uma indústria financeira ainda altamente concentrada no Brasil”.

Demais destaques no nosso Boletim.


Hapvida (HAPV3)

Fitch atribuiu rating “AAA” à 2ª emissão de debêntures no valor de R$ 2 bilhões

O conselho de administração da Hapvida aprovou em 07 de outubro a realização da 2.ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, no valor total de R$ 2,0 bilhões.

A Emissão de Debêntures será realizada em até 2 séries, no sistema de vasos comunicantes, sendo que o número de séries, a quantidade de Debêntures a serem emitidas em cada série e a taxa final de remuneração de cada série serão definidas conforme o procedimento de bookbuilding.

As Debêntures da primeira série farão jus a juros remuneratórios correspondentes a 100% do CDI acrescida de uma sobretaxa máxima de até 1,45% ao ano e terão vencimento em 2027.

As Debêntures da segunda série farão jus a juros remuneratórios correspondentes a 100% do CDI acrescida de uma sobretaxa máxima de até 1,65% ao ano e terão vencimento em 2029.

O valor nominal unitário das Debêntures será amortizado em 2 parcelas anuais e a Fitch atribuiu rating AAA à 2ª emissão de debêntures no valor de R$ 2 bilhões.

O preço de R$ 12,89/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 49,6 bilhões, a ação HAPV3 registra queda de 15,2% este ano. O Preço Justo de mercado de R$ 19,00/ação traz um potencial de alta de 47,4%.


Embraer (EMBR3)

Assinatura de novo acordo com a Netlets para a venda de 100 jatos Phenom 300E no valor de US$ 1,2 bilhão

Depois de entregar com sucesso mais de 100 jatos executivos Phenom 300 – uma das aeronaves mais requisitadas pelos clientes da NetJets – a Embraer e a NetJets assinaram um acordo para até 100 aeronaves adicionais, totalizando mais de US$ 1,2 bilhão.  O acordo prevê que a NetJets começará a receber o modelo Phenom 300E da nova encomenda no segundo trimestre de 2023, para operação nos Estados Unidos e Europa.

O primeiro acordo de compra da NetJets, assinado em 2010, contemplou 50 pedidos firmes para os jatos executivos Phenom 300, mais opções de até 75 aeronaves adicionais.

Na segunda-feira a ação EMBR3 encerrou cotada a R$ 25,96 com alta de 193,3% no ano.


Setor automotivo

Queda nas vendas na China e nos EIUA

Setor automotivo na China – No terceiro trimestre, as vendas de automóveis mostraram queda na China na comparação anual. Foi a primeira queda nessa base de comparação em mais de um ano. O mercado vem refletindo a carência global de chips, que continua afetando o maior mercado automotivo do mundo.

As vendas de carros de passageiros caíram 17% em setembro, na comparação anual, a 1,58 milhão, informou nesta terça-feira a Associação de Carros de Passageiros da China. A queda é a maior desde março do ano passado. As vendas no terceiro trimestre tiveram queda de 13%, na comparação com igual intervalo de 2020.

O mercado automotivo pelo mundo enfrenta uma falta histórica de microchips, um alerta para as indústrias que demandam componentes eletrônicos. O problema afeta também a indústria automotiva dos Estados Unidos, que registraram queda de 25% em setembro nas vendas de automóveis em setembro.


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