Bolsa sofre pressão, mas recupera no final com alta de 0,09%

Bolsa sofre pressão, mas recupera no final com alta de 0,09%

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa passou a maior parte do dia pressionado pela tensão gerada pelo mercado externo, mais especificamente nos Estados Unidos que após um dia tenso nas bolsas, provocado pelo impasse sobre o teto da dívida americana que permeou as últimas semanas. Finalmente o Senado americano chegou a um acordo de curto prazo para que numa votação sem rivalidades possa se aprovar a extensão do limite da dívida até dezembro. A notícia teve reação imediata de Wall Street, com as bolsas de Nova York virando para o positivo após operarem no vermelho ao longo do dia.  No fechamento, o Dow Jones avançou 0,30%, o S&P 500 teve alta de 0,41% e o Nasdaq subiu 0,47%.  Do lado doméstico, as mesmas preocupações corriqueiras, com mais peso do componente “risco fiscal” já antecipando dificuldades para o ano que vem. No fechamento o Ibovespa marcou alta de 0,09%, um alívio em relação ao comportamento intraday, fechando em 110.560 pontos, com giro financeiro de R$ 35,9 bilhões (R$ 30,3 bilhões à vista). Destaque positivo para os grandes bancos (Itaú, Bradesco, Santander) e mais ainda para a Vale com alta de 2,82% no dia. A agenda econômica desta quinta-feira não traz dados relevantes para os mercados, apenas o número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA na semana (até 02/10) e o saldo de crédito ao consumidor em agosto. Além disso, apenas algumas reuniões políticas na Europa, o que pode aliviar amenizar o ambiente pesado dos últimos dias. Bolsas internacionais – Durante a quarta-feira, nem mesmo o dado positivo do mercado de trabalho, com geração de 568 mil empregos (acima da expectativa de 425 mil havia empolgado os mercados). Somente no final da tarde as bolsas reagiram com a repercussão do acordo político firmado em Nova York a respeito do teto de gastos, saindo do negativo para o positivo no final da sessão. Hoje as bolsas internacionais seguem em recuperação com alta firme na Europa e nos futuros de NY, repercutindo o acordo firmado pelo Senado americano. Os juros dos Treasuries oscilaram e chegaram ao fim da tarde sem direção única. As principais commodities (petróleo e minério de ferro) também operam em alta nesta quinta-feira, melhorando ainda mais o ambiente para as bolsas.

Câmbio

O dólar engatou a terceira alta consecutiva, passando de R$ 5,4757 para R$ 5,4934 (+0,32%), reflexo da volatilidade e pressão nos mercados de renda variável no dia, com o alívio vindo somente no final da tarde.  Os investidores domésticos acompanham com cautela a pauta de reformas em andamento em Brasília, geando mais pressão sobre o câmbio no curto prazo.

Juros

Os juros futuros tiveram um dia de queda com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/23 vindo de 9,26% para 9,065% enquanto na ponta mais longa, para jan/27 a taxa foi de 10,653% para 10,50%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Raízen S.A. (RAIZ4)

Joint Venture (JV) com o Grupo Gera

A Raízen S.A. em conjunto com sua controlada Raízen Energia S.A., celebrou em 06 de outubro, Contrato de Aquisição de Ações e Outras Avenças, para formação de uma joint venture (JV) com o Grupo Gera. A Raízen Energia investirá R$ 212 milhões por participações em empresas do Grupo Gera e fará um aporte primário de R$ 106 milhões para desenvolvimento de novos negócios.

·        O Grupo Gera atua no setor de energia no Brasil e está presente em 14 estados gerenciando mais de 15.000 unidades consumidoras de energia, investindo em projetos de geração distribuída para grandes empresas e gerindo energia e utilidades de grandes consumidores nacionais.

·        Com a conclusão desta operação a Raízen passará a deter o controle dos segmentos de Geração de Energia e Desenvolvimento e a Gera manterá o controle de Soluções.

·        O Contrato com o Grupo Gera envolve: (i) Geração de Energia atualmente com 15 plantas em 4 estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Pernambuco) e capacidade instalada para geração de 23 MW (127.000 MWh/ano; (ii) Desenvolvimento de novos projetos de geração distribuída de energia renovável; (iii) Soluções de tecnologia relacionados a contratação, gestão e consumo de energia elétrica e eficiência energética com foco no desenvolvimento e inovação para os consumidores de energia.

Notícia positiva uma vez que este investimento complementa a plataforma de produtos e serviços Renováveis da Raízen. A JV utiliza fontes renováveis como solar, hidro e biogás de resíduos sólidos urbanos e após a conclusão da parceria, a Raízen terá um aumento da sua capacidade de geração de energia para um total de 350MW, com possibilidade de expansão no curto prazo, além de ampliar sua atuação direta para 19 estados, servidos por 26 concessionárias.


Minerva S.A. (BEEF3)

VDQ Holdings exercerá a totalidade dos seus bônus de subscrição

A Minerva recebeu ontem (06/10), correspondência do seu acionista controlador VDQ Holdings S.A. (“VDQ”) informando que pretende exercer até 14 de outubro de 2021, por um valor total de R$ 251.835.671,01, a totalidade dos seus 46.722.759 bônus de subscrição que foram emitidos como vantagem adicional do aumento de capital da companhia em 15 de outubro de 2018.

Uma vez confirmado o exercício, a VDQ passará a deter um total de 141.554.787 ações ordinárias de emissão da companhia, representando aproximadamente 23,7% do capital social.

O exercício já estava previsto dado as condições amplamente vantajosas vis a vis o preço atual da ações da companhia. Atualmente a VDQ possui 17,3% do capital total da Minerva.


Vale (VALE3)

Superior Tribunal de Justiça (STJ) determina que a Vale devolva os recursos recebidos por usina parada desde 2015

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a Vale terá que devolver os valores recebidos desde 2015 por uma hidrelétrica de sua propriedade “ Risoleta Neves, na região de Mariana (MG)”.

A usina foi envolvida na tragédia da Samarco, e não produziu energia desde então. Contudo a Vale recebia recursos conforme regulação do setor. Após longo processo a Vale perdeu e deverá pagar os R$ 500 milhões recebidos, corrigidos (estimados em R$ 781 milhões).  Ontem a ação da Vale (VALE3) encerrou cotada a R$ 77,06 com alta de 2,8% no dia, neste caso, puxada pela arrancada dos preços do minério de ferro no mercado internacional.


Setor automotivo

Escassez de peças derruba a produção de veículos em 21,3% em setembro

Os dados do setor automotivo divulgados ontem pela Anfavea, mostram queda de 21,3% na produção de veículos em setembro em relação a setembro de 2020.

Produção total em set/21 – 173,3 mil unidades foram montadas, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Aumento de 5,6% sobre agosto.

No acumulado do ano – Crescimento de 24% em relação aos 9M20. De janeiro a setembro, a indústria automotiva produziu 1,649 milhão de veículos.  Vale lembrar que a base de comparação é fraca, em razão da pandemia no ano passado. Agora, as fábricas de automóveis param porque estão sem peças, principalmente componentes eletrônicos.

Empresas relacionadas ao setor podem sofrer impacto neste segundo semestre.


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