Ao adquirir uma ação ou a cota de um fundo imobiliário, o investidor torna-se um dos donos da companhia e tem preferência na compra de novas emissões, caso elas aconteçam. Em outras palavras, ele recebe o famoso direito de subscrição.
As ações subscritas são disponibilizadas a um preço preestabelecido e possibilitam que o acionista ou cotista proteja seu nível de participação na empresa, caso ela decida captar novos recursos. Vale destacar que o direito é proporcional à quantidade de papéis que o investidor possui.
Portanto, se você investe no mercado acionário, continue a leitura deste guia financeiro para entender o passo a passo da subscrição de ações e como ela pode contribuir com sua carteira de investimentos. Boa leitura!
O que veremos neste material:
Como funciona a subscrição de ações?
O que você precisa saber sobre subscrição de ações e dividendos?
Como saber se tenho direito de subscrição?
Quais são as vantagens de participar da subscrição de ações?
E quando não vale a pena exercer o direito de subscrição?
Como funciona a subscrição de ações?
Toda empresa de capital aberto negociada na bolsa de valores pode emitir novas ações para captar recursos e aumentar o seu capital social.
Quando isso acontece, ela deve conceder aos seus acionistas atuais a preferência na compra desses papéis, ou seja, o direito de subscrição das ações, que pode ser exercido ou não.
O investidor que não deseja subscrever tem a opção de negociar seus papéis no home broker. Já os interessados em exercer seus direitos, precisam respeitar o prazo estabelecido, que segundo a Lei das S.A, deve ser de no mínimo 30 (trinta) dias. Do contrário, o direito “caducará”.
As ações que não forem subscritas retornam ao mercado como sobras de subscrição e podem representar uma boa oportunidade de investimento, inclusive para aqueles que já exerceram o seu direito e ainda querem aumentar a sua posição.
Esses ativos com direito de preferência aparecem na conta do investidor com as seguintes especificações:
- Ações Ordinárias ou ON (que terminam com 3): código de negociação acrescido do número 1;
- Ações Preferenciais ou PN (que terminam com 4): código de negociação acrescido do número 2;
- Fundos Imobiliários ou FIIs (que terminam com 11): código de negociação acrescido, normalmente, do número 12.
Vale destacar que a subscrição também pode ser concedida como debêntures e/ou bônus de subscrição.
O que é bônus de subscrição?
Diferente do que muitos imaginam, bônus e direito de subscrição não representam a mesma coisa.
O bônus de subscrição refere-se aos títulos disponibilizados pelas empresas de capital aberto aos seus acionistas para que eles tenham preferência na compra dos papéis, no caso de novas emissões.
Diferente do direito de subscrição, o bônus não é obrigatório, mas sim um diferencial que a companhia pode oferecer aos seus atuais acionistas.
Mas atenção: com o bônus, ou seja, o título na mão, há garantia do direito de subscrição.
O que você precisa saber sobre subscrição de ações e dividendos?
A distribuição de dividendos para as ações subscritas é definida pela empresa. Isso significa que nem todas as ações ou cotas de fundos imobiliários oriundas de subscrição pagarão dividendos.
Por este motivo, é importante que o investidor analise com cuidado e tenha atenção à oferta antes de exercer seu direito de compra.
Como saber se tenho direito de subscrição?
As empresas interessadas em emitir novas ações devem informar todos os acionistas sobre o evento com antecedência. Em geral, essa comunicação é feita por e-mail, no qual são explicados detalhes sobre a transação, como:
- data da emissão das novas ações;
- data limite para exercer o direito de subscrição;
- quanto poderá subscrever;
- valor da ação para compra;
- Entre outras informações necessárias.
Quais são as vantagens de participar da subscrição de ações?
O processo de subscrição permite que o acionista mantenha seu percentual de participação na empresa, mesmo com a entrada de novos acionistas. O que significa que ele também pode preservar o recebimento de dividendos.
Outra vantagem está no preço dos papéis, que geralmente são mais baixos que os negociados no mercado e possibilitam maior ganho de capital. Além disso, na subscrição não há cobrança de taxa de corretagem, logo, menos custos.
Ainda assim, é importante que o investidor, antes de tomar qualquer decisão, revise sua estratégia e, baseado em sua análise, decida se realmente faz sentido exercer o direito de subscrição.
E quando não vale a pena exercer o direito de subscrição?
Se a empresa está em uma fase ruim ou se os indicadores econômicos não são bons, talvez adquirir os novos papéis ofertados não seja interessante.
Entender o motivo pelo qual a empresa está emitindo novas ações é fundamental para a tomada de decisão.
Portanto, avaliar caso a caso é a melhor alternativa para saber se vale a pena ou não usar o direito de subscrição para aumentar a participação acionária..
Considerações
O direito de subscrição é uma boa oportunidade para aumentar a quantidade de ações ou ativos de um fundo imobiliário que você sonha em se tornar sócio.
Assim como os juros sobre capital próprios e dividendos, a subscrição de ações é um benefício, mas que neste caso exige a coparticipação dos investidores na hora de usufruir ou não do direito de preferência concedido.
Quer começar a investir no mercado financeiro? Então revise seu perfil de investidor e conheça nossas carteiras de ações. Com a Planner, você tem acesso a uma corretora completa, com ampla oferta de produtos e serviços de investimento.
As informações aqui disponibilizadas possuem caráter genérico e não constituem aconselhamento ou recomendação de investimentos, solicitação de compra ou venda de valores mobiliários, produtos ou quaisquer ativos financeiros. As Informações não se destinam e não foram objeto de avaliação sobre sua adequação ao perfil de investidores individuais ou grupo de investidores específicos. A incorporação das Informações a eventual decisão de investimento deverá ser efetuada após a análise independente pelo investidor, com base em todas as informações relevantes publicamente disponíveis. As Informações foram obtidas de fontes publicamente disponíveis e não foram objeto de investigação, pela Planner, sobre sua veracidade, consistência, completude, suficiência ou atualidade. A Planner não poderá ser responsabilizada por quaisquer perdas e danos ou lucros cessantes porventura resultantes de sua utilização.
