Bolsa em alta com a decisão do Fed e redução das preocupações com a crise imobiliária chinesa

Bolsa em alta com a decisão do Fed e redução das preocupações com a crise imobiliária chinesa

MERCADO


Bolsa

A bolsa teve mais um dia de recuperação em meio à redução das preocupações com a crise da dívida da Evergrande e ao desfecho da reunião do Federal Reserve, com manutenção da taxa de juros americana, conforme esperado. Na B3, a forte recuperação do minério de ferro na China, colocou o segmento de mineração (Vale ON +3,55%) e siderurgia (Usiminas PNA +8,70%, Gerdau PN +5,84%) entre os destaques do dia. Ao final, o Ibovespa fechou com alta de 1,84%, aos 112.282 pontos e giro financeiro de R$ 36,2 bilhões. A elevação de 1,00% da Selic para 6,25% já estava precificada e o Copom sinalizou outra alta de mesma magnitude na próxima reunião, nos dia 26 e 27 de outubro. A agenda desta quinta-feira trouxe o IPC-S (22/set.) com inflação de 1,18% acima de 1,10% da leitura anterior. Nos EUA destaque para os Novos pedidos seguro-desemprego de setembro, o índice de gerentes de compras – o PMI Manufatura EUA Markit de setembro e o Índice antecedente de agosto. Commodities: A cotação do petróleo avançou ontem depois que os estoques da commodity dos EUA caíram para o menor nível desde outubro de 2018. Na mesma linha, a forte recuperação da cotação do minério de ferro na China refletiu na alta das ações do setor de mineração e siderurgia. Bolsas. As bolsas asiáticas fecharam, em sua maioria, em campo positivo nesta quinta-feira, com os investidores ainda monitorando a crise imobiliária na China. Bolsas europeias e futuros americanos em alta sinalizam a continuidade do movimento de recuperação, e que deve beneficiar a B3. Por aqui, investidores seguem monitorando a negociação da nova proposta para os precatórios, a tramitação da reforma do IR no Senado e a implantação do Auxílio Brasil.

Câmbio

O dólar à vista fechou em alta de 0,33% a R$ 5,2899, em linha com o fortalecimento global da moeda americana, após presidente do Fed, Jerome Powell, mencionar que o início da retirada dos estímulos monetários (“tapering”), pode ocorrer em novembro, ainda que de forma gradual.

Juros

Os juros futuros ontem reduziram a queda nos prazos médios e longos, repercutindo o movimento do câmbio e precificando a alta de 1,00% da Selic, confirmada pelo Copom. Ao final do pregão regular a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 era negociada a 7,13% de 7,127% no dia anterior. O DI para janeiro de 2023 caiu de 8,835% para 8,83%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Vale (VALE3)

Alteração no valor do dividendo

A empresa informou ontem durante o pregão, que o dividendo a ser pago no dia 30 de setembro foi elevado para R$ 8,197239442 por ação (anteriormente R$ 8,108316476 por ação).

·       Esta mudança foi ocasionada pela redução no número de ações em circulação, devido ao programa de recompra em curso;

·       O dividendo será pago na próxima quinta-feira, com base nas posições de ontem dos acionistas;

·       Considerando a cotação de VALE3 no fechamento do último pregão, este dividendo permitirá um retorno de 9,4%.


Ultrapar (UGPA3)

Mudanças na administração

A empresa informou após o pregão de ontem, que vai realizar grandes mudanças na administração da holding Ultrapar e da controlada Ipiranga.

·       Na Ultrapar, um atual conselheiro (Marcos Marinho Lutz) será o Diretor Presidente da holding entre janeiro de 2022 e abril de 2023, quando ele ocupará o cargo de presidente do Conselho de Administração;

·       Na Ipiranga, o presidente será substituído pelo atual Vice-Presidente Comercial (Leonardo Linden);

·       Vemos como positivas as mudanças na Ultrapar e Ipiranga, não por incapacidade dos substituídos, mas pela necessidade de alterações nos rumos das empresas, cujos desempenhos não eram mais crescentes.   Prova disso e a forte desvalorização que UGPA3 vem sofrendo, com queda de 14,5% nos últimos três anos, enquanto o Ibovespa teve uma valorização de 41,3%.


Copel (CPLE11)

Suplementação de R$ 85 milhões no Plano de Investimentos da Copel DIS

O Conselho de Administração da companhia aprovou ontem (22/09) uma suplementação orçamentária de R$ 85 milhões para o cumprimento do plano de investimentos da Copel Distribuição (Copel DIS), passando de R$ 1.217,6 milhões para R$ 1.302,6 milhões (um incremento de 7% nesta subsidiária).

Nesse contexto o Capex previsto para a Copel eleva-se de R$ 1.902,7 milhões para R$ 1.987,7 milhões (+4,5%) dos quais R$ 963,3 milhões já foram realizados no 1º semestre de 2021.

Uma decisão no curso normal dos negócios da companhia, num momento em que a Copel encontra-se capitalizada e com reduzida alavancagem financeira.


 Hypera S.A. (HYPE3)

Distribuição de JCP de R$ 0,30808/ação. Ex em 28/09

O Conselho de Administração da companhia aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) no montante bruto de R$ 194,8 milhões, equivalente a R$ 0,30808 por ação ordinária.

•            Será considerada a data base de 27 de setembro de 2021, sendo as ações negociadas “ex-juros sobre capital próprio” a partir de 28 de setembro de 2021.

•            O retorno líquido estimado é de 0,8%.

•            O pagamento será realizado até o final do exercício social de 2022, em data a ser oportunamente definida pela companhia.


Hapvida S.A. (HAPV3)

DJCP de R$ 0,011765/ação. Ex em 28/09

O conselho de administração aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) no montante bruto de R$ 45,7 milhões, correspondente a R$ 0,0117651047/ação.

•            A data base considerada será dia 27 de setembro de 2021.

•            As negociações de ações da companhia, a partir de 28 de setembro de 2021, inclusive, serão realizadas na condição “ex-JCP”.

•            O pagamento será realizado até o dia 22 de outubro de 2021. O retorno líquido estimado é de 0,1%.


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