Ibovespa sobe 0,41% na sexta-feira, mas encerra a semana com perda de 1,32% aos 121,2 pontos

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa encerrou a sexta-feira com alta de 0,41% aos 121.194 pontos e giro financeiro de R$ 35,2 bilhões (R$ 28,2 bilhões à vista), mas na semana a variação ficou negativa em 1,32%. Com tantas incertezas e sem uma sinalização de melhora no quadro geral no curto prazo, os investidores aumentam a cautela e nem mesmo os resultados corporativos têm segurado os papéis.  Enquanto isso, as bolsas internacionais seguem marcando altas seguidas. Na Europa o índice marcou a 10ª alta consecutiva e nos EUA os mercados seguem firmes, amenizando a ameaça da variante delta e focando na retomada da economia.  A semana abre com poucos indicadores, com destaque apenas para o IPC-S da FGV e a balança comercial semanal, além do Boletim Focus com as projeções de mercado, nesta manhã. No entanto, a semana reserva dados importantes a partir de amanhã com o PIB da Europa no 2T amanhã, Na quarta teremos o vencimento de opções sobre o Ibovespa e na sexta-feira o vencimento de opções sobre ações, podendo gerar volatilidade neste mercado que anda nervoso. A safra de resultados do 2T21 se encerra nesta semana, o que também poderá reduzir o apetite de investidores. As bolsas internacionais abrem a semana com queda generalizada e na Ásia fechamento foi também negativo, mesmo sinal apresentado pelos futuros de Nova York.

Câmbio

O dólar encerrou a sexta-feira cotado a R$ 5,2486 com recuo de 0,09% ante R$ 5,2532 na quinta-feira. Na semana a moeda americana marcou alta de 0,30%.

Juros

Os juros futuros seguem refletindo a piora no cenário doméstico, que soma, o avanço da inflação e a ausência de medidas para mudar este quadro no curto prazo, uma vez que o embate político vem ocupando o tempo que deveria ser destinado à economia. Na sexta-feira a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 fechou em 6,625%, de 6,595% na quinta-feira e o DI para jan/27 avançou a 9,82%, de 9,633%, caminhando para os dois dígitos, patamar já observado na taxa para 2028.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Vivara (VIVA3)

Lucro líquido de R$ 3,9 milhões no 1T21

A Vivara apresentou ótimos resultados com expansão de receita líquida de 5,6%, na comparação dos períodos. O menor nível de dedução deveu-se, ao maior volume de internalização da produção na fábrica de Manaus no 1T21, comparado ao 1T20, bem como, pela menor alíquota de ICMS da produção de relógios, pelo aumento do benefício fiscal do período. A margem bruta do trimestre atingiu 65,5%.

A retração de -1.0 p.p. em relação ao 1T20 deveu-se, principalmente, ao aumento no nível de perdas de estoque, entre outras razões, pelo: (i) maior volume de produtos para derretimento, referente às campanhas de Semana Ouro que aconteceram com maior frequência no ano passado e trouxe um acúmulo de purificação de produtos para o 1T21; e (ii) maior volume de perda de Life, como efeito pontual dos ajustes de qualidade da fabricação internalizada no último ano.

A companhia registrou R$ 10,5 milhões de EBITDA Ajustado, com margem de 4,8% e um lucro líquido de R$ 3,9 milhões no 1T21, em razão do desempenho operacional do período, que foi materialmente impactados pelo fechamento das operações ao longo do trimestre.

A VIVA3 fechou cotada a R$ 29,86 com alta de 1,5% em 2021.


Cosan S.A. (CSAN3)

Lucro líquido ajustado de R$ 750 milhões no 2T21

A Cosan S.A. registrou no 2T21 um lucro líquido de R$ 942 milhões, que se compara ao lucro líquido de R$ 828 milhões do 1T21, impactado positivamente pelo resultado operacional que refletiu o bom desempenho de todos os negócios do grupo, em função da retomada da demanda dos setores em que a companhia atua, aliado ao melhor cenário para as commodities. Em base ajustada o lucro líquido somou R$ 750 milhões (-1,9% vs 1T21).
Permanecemos com uma visão construtiva, baseado no seu consistente desempenho, uma adequada estrutura de capital e de sinergia dos negócios, que deve resultar no aumento da eficiência da empresa. Ao preço de R$ 23,59/ação, correspondente a um valor de mercado de R$ 44,2 bilhões, a ação CSAN3 registra alta de 26,1% este ano. Temos recomendação de COMPRA e Preço Justo de R$ 30,00/ação qua aponta para um potencial de alta de 27,2%.

Destaques

A Cosan S.A. registrou no 2T21 uma Receita Líquida de R$ 25,2 bilhões, 12,1% superior ao 1T21. Nesta base de comparação o lucro bruto cresceu 9,7% para R$ 3,0 bilhões. O EBITDA somou R$ 3,3 bilhões no 2T21 (+17,7% vs 1T21) e em base ajustada alcançou R$ 2,8 bilhões – com crescimento de 8,2% em relação ao 1T21, refletindo a continuidade da retomada de todos os segmentos de negócios da companhia.
Os investimentos no 2T21 somaram R$ 1,9 bilhão (-3,8% vs o 1T21) com uma geração de caixa de R$ 794 milhões. Ao final de junho de 2021 a dívida líquida era de R$ 28,0 bilhões (2,8x o EBITDA) e se compara a R$ 26,7 bilhões do 1T21 (3,1x o EBITDA).


Ultrapar (UGPA3)

Venda da Oxiteno por US$ 1,3 bilhão

Nesta manhã, a empresa informou que assinou o contrato de venda da Oxiteno para a Indorama Ventures PLC. O valor da transação é de US$ 1,3 bilhão, sendo US$ 1.150 milhões pagos no fechamento do negócio e US$ 150 milhões dois anos após a conclusão da negociação.

  • A Indorama é uma empresa tailandesa, grande produtora de resinas e fibras de polietileno tereftalato (PET). Em 2020, suas vendas atingiram cerca de US $ 10 bilhões;
  • Esta é a terceira venda de ativos realizada pela Ultrapar, sendo as duas primeiras a Extrafarma e a ConectCar. Os recursos servirão para reduzir a dívida da empresa e permitir a aquisição de uma refinaria da Petrobras, possivelmente a Alberto Pasqualini (Refap). A empresa vai realizar hoje (9 horas) uma teleconferência para dar mais detalhes desta venda.

CCR (CCRO3)

Pequena piora na operação

Divulgados na noite da última sexta-feira, os dados operacionais da empresa mostraram pequena deterioração em todos os segmentos de atuação na semana passada.

  • Entre 6 e 12 de agosto, o tráfego comparável da CCR (sem a ViaSul e ViaCosteira) ficou estável, comparado ao mesmo período de 2019. Na semana, a movimentação de veículos de passeio teve uma redução de 6,8%, mas com elevação de 5,7% nos comerciais. O tráfego na semana anterior havia crescido 0,4%;
  • Na CCR Mobilidade, o número de passageiros transportados de 6 a 12 de agosto caiu 41,9%, pouco pior que os -41,4% da semana anterior. Na CCR Aeroportos, a redução na movimentação no período diminuiu 38,6%, percentual menor que na semana anterior (-38,0%).

CVC Corp (CVCB3)

Prejuízo líquido de R$ 175,6 milhões no 2T21, mostra redução de 30,4% em relação à perda de R$ 252,1 milhões no 2T20.

Destaques do 2T21/2T20:

A CVC Corp registrou prejuízo líquido de R$ 175,57 milhões no 2T21, perda 30,4% menor que a registrada um ano antes, de R$ 252,1 milhões. A administração da companhia comentou que a perda foi uma consequência da pandemia, especialmente no Brasil. No acumulado do semestre, o prejuízo diminuiu de R$ 1,40 bilhão para R$ 257 milhões.

No 2T21, a receita líquida totalizou R$ 115,6 milhões ante R$ 3 milhões no mesmo período do ano anterior. No acumulado do semestre a receita liquida atingiu R$ 281,5 milhões, redução de 3,8% sobre os R$ 292,6 milhões do 1S20. As reservas totais da CVC Brasil no 2T21 recuaram 5,8% em comparação com o 1T21, totalizando R$ 1,18 bilhão.

As Despesas Operacionais Recorrentes totalizaram R$ 215,6 milhões no 2T21, 18,7% maior que o 1T21 e crescimento de 43,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior, impactadas principalmente por despesas decorrentes de pedidos de reembolsos.

O EBITDA ajustado do 2T21 somou R$ 130,8 milhões contra um saldo negativo de R$ 164,4 milhões no 2T20. No 1S12 o EBITDA ficou negativo em R$ 154,3 milhões (R$ 189,8 milhões no 1S20).

Os negócios da CVC ainda seguem na dependência das atividades. Já houve uma melhora, mas o cenário é ainda de dificuldades.

A ação CVCB3 encerrou a sexta-feira cotada a R$ 18,81 com queda de 4,9% no ano.


Rede D’Or São Luiz (RDOR3)

Oferta pública para aquisição de 100% da Alliar

Em fato relevante de 15/08 a Rede D’Or São Luiz informou que seu conselho de administração aprovou a realização de uma oferta pública de aquisição (OPA) que visa a aquisição de ações de emissão da Alliar – Centro de Imagem Diagnósticos.

Com a OPA, a Rede D’Or São Luiz pretende adquirir até a totalidade das 118.292.816 ações ordinárias da Alliar, a um preço por ação equivalente a R$ 11,50, em um negócio que poderia chegar a R$ 1,36 bilhão.

A efetivação da OPA estará condicionada à aquisição de, no mínimo, 17.743.923 ações de emissão da Alliar (R$ 204,05 milhões), correspondentes a 15% do seu capital social, bem como a outras condições.

O preço ofertado representa um prêmio de 21,8% em relação à cotação de fechamento das ações da Alliar no último pregão da B3 e de 12,6% em relação ao preço médio de fechamento ponderado por volume dos últimos 30 dias.

O lançamento da OPA está sujeito à aprovação prévia da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Na sexta-feira a ação RDOR3 encerrou cotada a R$ 73,00 com alta de 7,3% no ano e a AALR3 encerrou a R$ 9,44 com queda de 15,8% no ano.


 

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Ibovespa sobe 0,41% na sexta-feira, mas encerra a semana com perda de 1,32% aos 121,2 pontos

 

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