Ibovespa cai 1,11% com a cautela de investidores em relação ao cenário doméstico

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa pesou ontem encerrando com baixa de 1,11% aos 120.701 pontos, com giro financeiro de R$ 33,5 bilhões (R$ 26,5 bilhões à vista). A semana segue com as mesmas incertezas que vêm dominando o cenário há semanas e sem expectativa de uma calmaria em Brasília. Nem mesmos os resultados da temporada do 1º semestre têm empolgado os investidores. Nos EUA, as bolsas também perderam força com a inflação pesando e levantando mais dúvidas sobre quando virá a redução dos estímulos.  Nesta sexta-feira a agenda econômica traz a balança comercial da Europa em junho acima do saldo de maio e também das expectativas do mercado. No Brasil, sai o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) e nos EUA, com destaque teremos a pesquisa econômica Bloomberg de agosto. As commodities recuam nesta sexta-feira com o petróleo WTI e Brent e o minério de ferro, refletindo as incertezas presentes no mercado internacional.

Câmbio

A moeda americana encerrou ontem cotada a R$ 5,2532 com alta de 0,63% sobre R$ 5,2205 do dia anterior. O mercado reagiu negativamente ao adiamento da votação da reforma do Imposto de Renda na Câmara dos Deputados e aos obstáculos que se repetem a cada dia.

Juros

O cenário cada vez pior na área política e fiscal e com a inflação em alta, vem determinando a trajetória dos juros futuros. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 fechou em 6,58%, de 6,539% na quarta-feira e para jan/27 a taxa passou de 9,483% para 9,63%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Cyrela (CYRE3)

Lucro líquido de R$ 267 milhões n 2T21 (+38,8% sobre o 1T21)

No 2T21, a Cyrela Brazil Realty apresentou lucro líquido de R$ 267 milhões, aumento de 298,2% sobre o 2T20 e alta de 38,8% em relação ao 1T21. No acumulado do semestre o lucro foi de R$ 459 milhões (+379,9% sobre o 1S20 (R$ 96 milhões). O avanço no lucro da Cyrela foi explicado pela expansão do faturamento devido ao volumes maiores de lançamentos, vendas e obras.

A receita líquida totalizou R$ 1,18 bilhão, crescimento de 101,6%. A margem bruta aumentou 6,3 pontos porcentuais, para 36,6%. No 1S21 a receita liquida foi de R$ 2,2 bilhões, aumento de 95,6%. O resultado financeiro ficou positivo em R$ 9 milhões, baixa de 19,9%. Em junho a dívida liquida da Cyrela somava R$ 558 milhões, aumento de 145,9% em relação ao primeiro trimestre. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) subiu de 3,8% para 8,9%. No 2T21, a Companhia apresentou geração de caixa de R$ 87 milhões, comparável a geração de caixa de R$ 70 milhões no 1T21 e um consumo de caixa de R$ 61 milhões no 2T20.

A Companhia lançou 19 empreendimentos no trimestre totalizando um volume de R$ 1.929 milhões, 659% superior ao realizado no 2T20 (R$ 254 milhões) e 358% acima do 1T21 (R$ 421 milhões). No semestre, o VGV de lançamentos atingiu R$ 2,35 bilhões, sendo 78% maior que o do primeiro semestre de 2020. As vendas líquidas contratadas no trimestre somaram R$ 1,56 bilhão, valor 205% superior ao registrado no 2T20 (R$ 512 milhões) e 51% acima do 1T21 (R$ 1,03 bilhão). A participação da Companhia nas vendas contratadas foi de 86% no 2T21. A ação CYRE3 encerrou ontem cotada a R$ 19,33 com queda de 31,5% no ano.


Arezzo&Co (ARZZ3)

Lucro líquido de R$ 1,32,5 milhões no 2T21 reverte perda de R$ 82,3 milhões no 2T20

No 2T21 a receita líquida da companhia atingiu R$ 553,0 milhões (+214,2% em relação ao 2T20). No 1S21 a receita liquida somou R$ 1,1 bilhão contra R$ 529,9 milhões no 1S20 (+98.7%).

No 2T21, a Arezzo registrou lucro líquido de R$ 132,3 milhões 2021, revertendo o prejuízo de R$ 82,3 milhões no 2T20. No critério ajustado, o lucro foi de R$ 47,4 milhões, revertendo prejuízo de R$ 31,0 milhões. No acumulado do 1S21 o lucro líquido foi de R$ 162,3 milhões ante uma perda de R$ 56,4 milhões no 1S20. O Ebitda do 2T21 totalizou R$ 213,1 milhões, também revertendo o indicador negativo em R$ 72,1 milhões do 2T20.
O retorno sobre capital investido (ROIC) ajustado atingiu 38,8% ante 7,4% em 2020.A dívida líquida da empresa atingiu R$ 123,6 milhões em junho (0,3x o EBITDA de 12 meses). No 1T21 a dívida somava R$ 93,1 milhões. A empresa encerrou o trimestre com 900 lojas, 159 a mais que no mesmo período do ano passado.


EZTEC (EZTC3)

No 2T21, lucro líquido de R$ 139,5 milhões somando R$ 212,4 milhões no 1º semestre.

O EBITDA do 2T21 somou e R$ 109 milhões, frente aos R$ 39 milhões observados no 1T21. Assim, a Margem EBITDA evoluiu de 27,1% no 1S20 para 30,7% no 1S21.

Resultado Financeiro Líquido Encerramos 2T21 com Resultado Financeiro Líquido de R$46 milhões. Das receitas financeiras, 15,2% derivam do rendimento do caixa aplicado, enquanto 84,8% advém da carteira de recebíveis. Caixa Líquido e Endividamento – A Companhia encerrou o 2T21 com Caixa bruto de R$ 1,06 bilhão e uma dívida bruta de apenas R$ 11,1 milhões. O caixa líquido resultante de R$ 1,05 bilhão. No1S21 o Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) da EZTEC foi de 10,7%. No 1º semestre a empresa lançou 3 empreendimentos somando um VGV (EZTEC) de R$ 955,9 milhões, com a empresa mantendo sua meta de lançamentos para este ano. As Vendas Líquidas somaram de R$ 521 milhões e banco de terrenos totaliza VGV de R$ 11,5 bi (além de R$2,3 bi em opções).
Ontem a ação EZTC3 encerrou cotada a R$ 26,11 com queda de 38,3%.


Grupo Mateus (GMAT3)

No 2T21, lucro líquido de R$ 191 milhões (-2,5% s/ o 2T20).

O Grupo Mateus, empresa de varejo que atua no Norte e Nordeste do País, apresentou lucro líquido ajustado de R$ 191 milhões no 2T21, (queda de 2,5% s/ o 2T20).

A receita líquida no período somou R$ 3,724 bilhões, com crescimento de 28,9% sobre o mesmo período do ano anterior. O Ebitda ajustado somou R$ 248 milhões, redução de 2,5% ante o 2T20. O resultado financeiro ficou em R$ 13,3 milhões, com uma queda de 60,1% sobre o segundo trimestre de 2020. A companhia destaca a abertura de 45 lojas nos últimos 12 meses, das quais 20 estão em novas cidades e um ganho de 10% de participação em venda bruta com as inaugurações.
Ontem a ação GMAT3 encerrou cotada a R$ 7,37 com queda de 11,8% no ano.


Lojas Americanas (LAME4)

No 2T21, lucro líquido de R$ 254,7 milhões ante prejuízo de R$ 7,1 milhões no 2T20. No 1S21 o resultado somou R$ 91,7 milhões (prejuízo de R$ 56,9 milhões no 1S20)

Destaques do 2T21/2T20:

  • GVM total: R$ 12,8 bilhões (+ 32,6%)
  • Receita liquida: R$ 6,92 bilhões (+46,1%)
  • Lucro bruto: R$ 2,45 bilhões (+59,1%) e melhora na margem bruta de 32,5% para 35,4%
  • Resultado financeiro líquido: Passou de despesa para receita
  • EBITDA ajustado: R$ 1,07 bilhão (+ 45,0%)

No acumulado do semestre as principais contas mostraram bom crescimento, com reflexo na reversão do prejuízo do 1S20 de R$ 56,4 milhões para um lucro de R$ 91,7 milhões.

Ontem a ação LAME4 encerrou cotada a R$ 6,57 com queda de 39,0% no ano.


Grupo SBF (SBFG3)

Lucro Líquido de R$ 41,5 milhões, revertendo o Prejuízo de R$87,4 milhões do 2T20

O grupo SBF, dono das marcas Centauro, Fisia (Nike Brasil) e NWB divulgou seus resultados do segundo semestreme, com R$1,4 bilhão de vendas, mais que o dobro do mesmo período de 2019, margem bruta acima de 45% e EBITDA de R$150 milhões, 50% maior do que o 2T19, por conta da incorporação da Fisia. O lucro líquido ficou em R$ 41.504, ante a um prejuízo de R$ 87.435 no mesmo período do ano passado.
A a Nike do Brasil, a Fisia, que cresceu 48% se comparado ao trimestre anterior e já conseguimos capturar diversas sinergias entre as duas unidades de negócio. As vendas da plataforma digital atingiram 28% das vendas do grupo

Os resultados corroboram tese de expansão de lojas. Neste trimestre, finalizam 8 reformas para o formato G5, 4 aberturas de novas lojas G5 e em julho outras 6 novas lojas G5 já foram inauguradas.

O Grupo SBF fechou cotado a R$ 35,00 com uma valorização de 17,45% em 2021.


Magazine Luiza (MGLU3)

Lucro líquido ajustado alcançou R$89,1 milhões no 2T21

O Magazine Luiza apresentou seus resultados mostrando aumento nas vendas totais em 60,5% no 2T21, reflexo do crescimento de 46,4% no e-commerce total (sobre um crescimento de 181,9% no 2T20) e de 111,6% das lojas físicas, que ficaram fechadas por um período mais longo no 2T20 em função da covid-19. A receita bruta total cresceu 60,1% para R$10,9 bilhões, o lucro bruto cresceu 60,8% para R$2,3 bilhões, equivalente a uma margem bruta de 25,6%.

O EBITDA ajustado atingiu R$455,4 milhões, crescendo 209,3% versus o 2T20. O elevado crescimento das vendas totais, incluindo as lojas físicas, o e-commerce com estoque próprio e o marketplace, contribuíram para a evolução do EBITDA. A margem EBITDA ajustada avançou 2,5 p.p. para 5,1% no 2T21. Considerando o crescimento de vendas e do EBITDA, o lucro líquido ajustado alcançou R$89,1 milhões no 2T21, com margem de 1,0%. Considerando os ganhos líquidos não recorrentes, o lucro líquido foi de R$95,5 milhões. O Magalu encerrou o 2T21 com 1.339 lojas, inaugurou 29 novas unidades só no 2T21.

A MGLU3 fechou cotada a R$ 20,97com uma desvalorização de 15% em 2021.


Lojas Renner (LREN3) 

Lucro Líquido do trimestre foi de R$ 193,1 milhões, ante R$ 818,1 milhões no 2T20, em virtude de créditos fiscais

A Renner reportou resultados mistos no 2T21, com lucro líquido do trimestre foi de R$ 193,1 milhões, ante R$ 818,1 milhões no 2T20, mas EBITDA Ajustado de R$ 278,4 milhões no trimestre, com margem de 12,3%, menor em virtude de credito fiscal relacionado ao PIS e a COFINS, no 2T20. Em bases comparáveis, o resultado do 2T21 foi 184,7% superior ao 2T20, em função, principalmente, do maior resultado operacional.

O GMV Digital seguiu em ritmo acelerado, com avanço de 66,5% ante o 2T20 e crescimento em todos os meses. Com Menor nível de inadimplência alcançado em um segundo trimestre, ganho de participação de mercado. São 15,6 MM de clientes ativos no ecossistema, aumento de 22,5% versus o ano anterior. Aquisição do Repassa, em linha com oferta de serviços adjacentes e estratégia ESG. Clientes que compram em mais de uma marca do ecossistema chegam a gastar entre 6 a 7 x mais que os que compram em apenas uma. Maior qualificação dos clientes online, com aumento de 89% na base ativa e +9 pp na retenção ante 2020.

A fecLREN3 hou cotada a R$ 40,33 com 7% de queda no ano.


Natura (NTCO3)

Lucro líquido de R$ 232,2 milhões no 2T21 revertendo o prejuízo de R$ 392,91 milhões

A Natura divulgou seus resultados mostrando lucro líquido de R$ 232,2 milhões no 2T21 revertendo o prejuízo de R$ 392,91 milhões registrado um ano antes. O ponto negativo foi o EBITDA que teve queda de 3,4%, somando R$ 630 milhões. No critério ajustado, o indicador ficou em R$ 811,2 milhões, com margem de 8,5%. As pressões inflacionárias no período de abril a junho deste ano foram compensadas pelos ganhos de sinergias, preços e alavancagem de vendas. Excluindo os efeitos não-recorrentes relacionados à pandemia no 2T21, a margem Ebitda ajustada teria melhorado neste trimestre, acredita a empresa.

A receita líquida consolidada na mesma base de comparação aumentou 36,2% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior, devido ao crescimento em todos os negócios em ambos os períodos. As vendas online representaram 10% das vendas totais, 5% a menos do que 2T20, reflexo da reabertura da economia.

A NTCO3 fechou cotada a R$ 52,66 com valorização de 0,53% em 2021.

A fabricante de pás eólicas Aeris reportou lucro líquido de R$ 18,723 milhões no segundo trimestre, uma queda de 23,6% em relação ao mesmo período do ano passado, refletindo as restrições na cadeia de suprimentos, que levaram à postergação de volumes de linhas maduras para 2022.

No 2T21 a receita líquida somou R$ 591,9 milhões (+27,6% sobre o 2T20). No entanto os custos pesaram com alta de 30,7%.

O EBITDA somou R$ 55,0 milhões, queda de 5,4% na base anual. A margem Ebitda do trimestre foi de 9,3%, com perda de 3,2 pontos porcentuais (p.p.) em relação ao 2T20.

A ação AERI3 cotada a R$ 8,95 com queda de 10,5% no ano.


CCR (CCRO3)

Despesas não recorrentes e aumento dos custos levaram ao prejuízo no 2T21

Os resultados da empresa no 2T21, divulgados na noite de ontem, mostraram recuperação nas receitas das operações. No entanto, a alta nos custos dos serviços prestados e a contabilização do Acordo Preliminar com o Estado de São Paulo levou ao prejuízo.

  • O prejuízo líquido da CCR no 2T21 foi de R$ 44 milhões, contra os ganhos de R$ 689 milhões do 1T21, mas 69,0% menor que no mesmo período do ano passado. Vale lembrar que no 1T21, o elevado lucro se deveu apenas aos ganhos com o reequilíbrio da ViaQuatro (R$ 1,1 bilhão);
  • A receita bruta dos pedágios no 2T21 somou R$ 1,9 bilhão (67,7% do total), foi 18,6% maior que no 2T21, devido ao crescimento na movimentação de veículos já comentada. O melhor desempenho no trimestre foi do segmento de Aeroportos (+86,1%), com a recuperação das viagens aéreas. Em Mobilidade (21,2% do faturamento total), a receita cresceu 56,7%, também com a retomada na movimentação de pessoas;
  • O aumento nos custos foi a principal razão do resultado negativo no 2T21. Os custos totais (R$ 2,3 bilhões) cresceram 24,7%, na maior parte devido ao incremento de 89,7% (+R$ 524 milhões) na Depreciação e Amortização. Isso ocorreu pela contabilização do Acordo Preliminar realizado entre várias controladas (AutoBan, ViaOeste e SPVias) com o Estado de São Paulo.

Ferbasa (FESA4)

Maiores preços e menores custos financeiros permitem um forte aumento no lucro do 2T21

A empresa divulgou um bom resultado do 2T21, após o pregão de ontem. A alta dos preços, a maior cotação do dólar e a redução dos custos financeiros permitiram um expressivo avanço nos resultados, mesmo com a redução no volume vendido.

  • A Ferbasa lucrou R$ 114 milhões (R$ 1,29 por ação) no 2T21, valor 93,6% maior que no trimestre anterior e mais de 5 vezes o número do 2T20;
  • No 2T21, a Ferbasa vendeu 60,8 mil toneladas de ligas (cromo + silício), com queda de 7,0% (sempre comparando ao 2T20). No mercado interno a empresa conseguiu uma forte elevação do volume (85,6%), mas as exportações caíram muito (45,7%). Os volumes vendidos das ligas de cromo diminuíram 9,2% e a redução nas de silício foi de 2,7%;
  • Foi muito importante para o resultado no 2T21 os menores custos financeiros. As despesas financeiras líquidas no trimestre (R$ 36 milhões) ficaram 41,5% abaixo do mesmo trimestre do ano passado. Isso foi decorrente das menores perdas com derivativos, cujo valor caiu 63,7% ou R$ 41 milhões.

Petrobras (PETR4)

ANP aprova o Acordo de Coparticipação de Búzios

A empresa informou, após o último pregão, que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou o Acordo de Coparticipação de Búzios, que regulará a coexistência do Contrato de Cessão Onerosa e do Contrato de Partilha de Produção do Excedente da Cessão Onerosa para o campo de Búzios. Este campo é o mais produtivo da Petrobras e está localizado no pré-sal da Bacia de Campos.

  • Com o início deste acordo, a Petrobras terá uma participação de 92,6594% na jazida de Búzios, sendo que os parceiros ficarão com 3,6703%;
  • Em termos financeiros, os ajustes nas estimativas de produção e tributos da operação desta jazida, fizeram com que as partes do Contrato da Partilha de Produção devessem US$ 29 bilhões para a Petrobras, que é a parte no Contrato de Cessão Onerosa. Com isso, a Petrobras vai receber US$ 2,9 bilhões (R$ 15,3 bilhões) até o final do mês.

SLC Agrícola (SLCE3)

Lucro líquido de R$ 447 milhões no 2T21 e R$ 824 milhões no 1S21

A SLC registrou no 2T21 um lucro líquido de R$ 447 milhões (+128% vs 2T20) acumulando no semestre um lucro líquido de R$ 824 milhões (+134% vs 1S21). Mais um expressivo resultado explicado pelo aumento nos preços combinado com maiores volumes faturados para o algodão e a soja, aliado ao efeito positivo da contabilização dos Ativos Biológicos – que refletiram perspectivas de incremento das margens em relação à safra anterior.

A companhia já adquiriu a maior parte da necessidade de fertilizantes e dos defensivos que serão utilizados na próxima safra, sendo esperado um bom nível de rentabilidade para 2021 e 2022. A SLC Agrícola vem buscando, com sucesso, o crescimento dos resultados com aumento de produtividade agrícola, incremento de geração de caixa, maior eficiência operacional e os ganhos de escala.

Temos recomendação de COMPRA para SLCE3 e Preço Justo de R$ 57,00/ação que traz um potencial de alta de 31,0% em relação à cotação de R$ 43,50/ação.


Sanepar (SAPR11)

Bom resultado no 2T21 a despeito da crise hídrica e das medidas de restrição ao consumo

AA Sanepar registrou no 2T21 um lucro líquido de R$ 332 milhões, com crescimento de 16,7% em relação ao lucro de R$ 284 milhões do 2T20, explicado pelo ambiente de negócios, com destaque para o resultado operacional (+23,3% no EBITDA) e melhora das margens (+4,6pp). No acumulado do 1S21 o lucro líquido alcançou R$ 578 milhões (+7,0%) frente o 1S20.

O cenário se mostra ainda desafiador reflexo da crise hídrica no Estado do Paraná e das medidas de restrição ao consumo como forma de mitigar o risco hidrológico. Em 07/05 o Governador do Estado do Paraná decretou situação de emergência hídrica nas regiões Metropolitana de Curitiba e Sudoeste do Estado do Paraná, tendo em vista a redução do volume de água disponível para captação, causada pela estiagem.

Temos recomendação de COMPRA para SAPR11 com Preço Justo de R$ 32,00/Unit.


Banrisul (BRSR6)

Lucro líquido ajustado de R$ 282 milhões no 2T21 em linha com o trimestre anterior

O Banrisul registrou um lucro líquido ajustado de R$ 282 milhões no 2T21 em linha com o lucro líquido de R$ 279 milhões do 1T21 (+1,1%). Nesta base de comparação (trimestral) o ROAE registrou leve queda de 13,2% no 1T21 para 13,1% no 2T21.

Um resultado trimestral sensibilizado por elevação de 3,5% da margem financeira, maior custo do crédito (+68%), incremento de 2,2% das despesas administrativas (abaixo da inflação) e estabilidade (+0,8%) das receitas de serviços. Temos recomendação de COMPRA para BRSR6 e preço justo de R$ 18,00/ação.

Com base no resultado do semestre o banco revisou algumas linhas do guidance 2021. O crescimento da carteira de crédito foi revisado do intervalo entre 10% a 15% para um crescimento entre 7% a 12%. As despesas de PDD estão estimadas entre 2% a 3% abaixo do intervalo entre 3,5% a 4,5% da expectativa anterior. O índice de eficiência deve ficar entre 54% e 59%, acima do intervalo anteriormente esperado, de 50% a 54%. O ROAE foi mantido entre 10% a 14% e a margem financeira líquida também mantida entre 6% a 7%.


Sabesp (SBSP3)

Lucro líquido de R$ 773 milhões no 2T21 por incremento de receita e melhor resultado financeiro

A Sabesp registrou no 2T21 um lucro líquido de R$ 773 milhões com alta de 104% ante o lucro de R$ 378 milhões de igual trimestre do ano anterior. Esse resultado refletiu o crescimento de 3,7% da receita líquida e principalmente o melhor resultado financeiro. De outro lado, os custos e despesas administrativas e comerciais cresceram 10,4% entre os trimestres comparáveis, impactando negativamente o resultado operacional medido pelo EBIT que caiu 16,9% entre o 2T20 e o 2T21. Seguimos com recomendação de COMPRA para SBSP3 e Preço Justo de R$ 57,00/ação.

O EBITDA ajustado, no valor de R$ 1,45 bilhão, apresentou redução de 8,1% em relação a R$ 1,58 bilhão no 2T20, sendo de R$ 6,45 bilhões nos últimos 12 meses. A margem EBITDA ajustada foi de 31,6% no 2T21, ante 35,7% no 2T20. Desconsiderando os efeitos da receita e do custo de construção, a margem EBITDA ajustada eleva-se a 40,0% no 2T21, ante 45,7% no 2T20.

Os investimentos foram de R$ 1,2 bilhão no 2T21. Ao final de junho de 2021 a dívida líquida da companhia era de R$ 13,5 bilhões equivalente a 2,1x o EBITDA ajustado dos últimos 12 meses.


Wiz (WIZS3)

Lucro líquido de R$ 75 milhões no 2T21 e R$ 139 milhões no 1S21

A Wiz registrou um lucro líquido de R$ 75 milhões no 2T21, com crescimento de 120% em relação ao 2T20, impactado pelo crescimento de 47% na receita líquida e +37% no EBITDA, aliado ao resultado de equivalência referente à participação da companhia na Inter Seguros, no valor de R$ 5,9 milhões. De outro lado ressalte-se a redução do resultado financeiro no período.

O EBITDA cresceu 37% no 2T21, quando comparado ao 2T20 para R$ 112 milhões, impactado pela incorporação de custos referentes à nova Unidade de Negócio BMG Corretora, que adicionou R$41,8 milhões em custos em relação ao 2T20, e pela expansão das operações nas demais Unidades do grupo.


JBS S.A. (JBSS3)

Proposta de aquisição de ações de emissão da Pilgrim’s Pride Corporation (PPC)

O Conselho de Administração da JBS aprovou em 12 de agosto, o envio de carta proposta à Pilgrim’s Pride Corporation (“PPC”) para aquisição da totalidade das ações ordinárias em circulação de emissão da PPC pelo preço de US$ 26,50 por ação.

A proposta objetiva realizar o fechamento de capital da PPC, nos termos da legislação vigente nos Estados Unidos e na NASDAQ. A JBS detém atualmente, por meio de suas subsidiárias, 80,21% das ações de emissão da PPC.
Caso a Proposta seja aceita, a JBS fará a aquisição por meio de uma de suas subsidiárias nos Estados Unidos e a PPC poderá se tornar sua subsidiária integral.

A operação proposta tem como objetivo, em especial, simplificar a estrutura societária das subsidiárias da JBS, maximizando sua eficiência administrativa, otimizando as receitas e aumentando ainda mais sua flexibilidade operacional e estratégica.

Temos recomendação de COMPRA para a ação JBSS3 com Preço Justo de R$ 37,00/ação.


BRF (BRFS3)

Prejuízo líquido de R$ 199 milhões no 2T21

A BRF registrou um prejuízo líquido de R$ 199 milhões no 2T21 que se compara ao lucro líquido de R$ 307 milhões em igual trimestre de 2020.

A ação BRFS3 fechou cotada em 12/08 a R$ 23,90/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 19,4 bilhões, com alta de 8,4% este ano. Temos um Preço Justo de R$ 30,00/ação que traz um potencial de alta de 25,5%.

Destaques financeiros

  • A receita líquida no 2T21 somou R$ 11,6 bilhões (+27,8% vs 2T20) com um lucro bruto de R$ 2,2 bilhões (+12,5% vs 2T20) sensibilizado por aumento de custos entre os trimestres, resultando na queda 2,6pp na margem bruta para 19,1%.
  • O EBITDA ajustado somou R$ 1,3 bilhão com crescimento de 23,2% em relação ao 2T20 com margem EBITDA ajustado de 10,9% (-0,4pp).
  • Ao final do trimestre a alavancagem era de 2,7x o EBITDA (para uma dívida líquida de R$ 14,8 bilhões), abaixo de 3,0x do trimestre anterior.

Cogna (COGN3)

Prejuízo líquido de R$ 20,3 milhões no 2T21 e de R$ 13,9 milhões no 1S21

Destaques do 2T21/2T20:

  • Receita líquida de R$ 1,3 bilhão, (redução de 5%) refletindo as pressões de receita no ensino superior presencial, cujo resultado foi parcialmente compensado pelo crescimento observado nas receitas de ensino superior EAD e Vasta.
  • EBITDA recorrente de R$ 330 milhões com 25% de margem, em função da melhora de performance no recebimento, uma maior adimplência dos nossos alunos e da redução no custo com docentes. Essa melhora refletiu em uma menor provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) no ensino superior pagante e nos produtos de parcelamento (PEP/PMT) comparado ao 2T20.
  • Geração de caixa operacional pós capex (GCO) acumulada no semestre de R$ 197 milhões, versus um consumo de R$2 milhões no primeiro semestre do ano anterior.
  • Dívida líquida/EBITDA ajustado dos últimos 12 meses atingiu 2,13x, abaixo do limite de 3x. A Companhia anunciou o processo de captação de R$ 1,25 bilhão cujos recursos serão utilizados para alongamento do prazo médio da dívida.

A ação COGN3 encerrou ontem cotada a R$ 3,27 com queda de 29,4% no ano.


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Ibovespa cai 1,11% com a cautela de investidores em relação ao cenário doméstico

 

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