Ibovespa fecha com pequena alta de 0,17% a 123,0 mil pontos

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa sustentou uma pequena alta ontem (0,17%) fechando em 123.019 pontos com giro financeiro de R$ 29,3 bilhões (R$ 22,7 bilhões à vista). Os investidores seguem em compasso de espera em relação à agenda política em Brasília nesta semana e ao comportamento da economia global que pode não andar no ritmo esperado. A agenda econômica de hoje vem carregada de indicadores com destaque para o IPC-Fipe semanal mostrando alta de 1,18% ante uma expectativa (média) de 0,98% e acima da leitura anterior de 0,90%. Sai ainda hoje a ata do Copom e a inflação de julho medida pelo IPCA. No exterior nenhum dado econômico relevante para hoje. O petróleo mostra recuperação nas cotações do Brent e do WTI, mas ainda abaixo da faixa de US$ 70/barril, após ter permanecido acima deste patamar por várias semanas. A volta de incertezas em relação ao ritmo de crescimento da economia global vem influenciando as commodities. O minério de ferro mostra queda nesta terça-feira. As principais bolsas europeias mostram cautela dos investidores nesta manhã, operando com movimento misto e nos EUA os futuros também mostram um pequeno recuo nos índices.

Câmbio

Ontem a moeda americana fechou perto da estabilidade passando de R$ 5,2327 para R$ 5,2352 (+ 0,05%). Assim como outros ativos, o dólar teve um dia mais calmo com a pauta em Brasília focando em negociações para a questão do Bolsa Família.

Juros

Os juros futuros seguem pressionados para cima com as incertezas que vem dominando as últimas semanas, com o risco fiscal no radar do mercado. A inflação em alta também ajuda para definir uma nova faixa de juros, que pode ainda subir se mantido o mesmo descontrole visto até agora. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 subiu de 6,488% para 6,520% e a do DI para jan/27 terminou em 9,51%, de 9,403%


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

São Martinho (SMTO3)

Lucro líquido de R$ 190 milhões no 1T22 da safra 2021/2022

A companhia registrou um lucro líquido de R$ 190,1 milhões no 1T22 da safra 2021/2022 com alta de 64,3% em relação a igual trimestre da safra anterior. Mais um resultado consistente com incremento de 28,8% na receita líquida para R$ 1,32 bilhão e alta de 40,1% do EBITDA ajustado que alcançou R$ 688,3 milhões.

  • Nesta base de comparação a margem EBITDA ajustado se elevou de 47,9% no 1T21 para 52,1% no 1T22 (+4,2pp) reflexo do maior preço médio na venda de todos os produtos da companhia.
  • Fluxo de Caixa Operacional totalizou R$ 448 milhões no 1T22 com crescimento de 49,7% em relação ao 1T21.
  • Ao final de junho de 2021 a dívida líquida da companhia era de R$ 2,43 bilhões equivalente a um índice de alavancagem financeira de 1,02x abaixo de 1,47x em junho de 2020.

Temos recomendação de COMPRA para SMTO3 e Preço Justo de R$ 41,00/ação, com potencial de alta de 32,2% ante a cotação de R$ 31,02 (valor de mercado de R$ 11,0 bilhões).


Itaúsa (ITSA4)

Lucro líquido recorrente de R$ 2,86 bilhões no 2T21 acumulando R$ 5,25 bilhões no 1S21

A Itaúsa registrou um lucro líquido recorrente de R$ 2,86 bilhões no 2T21 com alta de 99% em relação ao lucro líquido recorrente de R$ 1,43 bilhão de igual trimestre do ano anterior. No 1S21 o lucro líquido recorrente somou R$ 5,25 bilhões (ROAE de 17,9%) e se compara ao lucro líquido recorrente de R$ 2,51 bilhões no 1S20 (ROAE de 9,4%) reflete da recuperação do resultado de suas compamhias investidas.

  • No setor financeiro, destacam-se a melhor margem financeira e menor custo do crédito, aliado ao controle das despesas gerais e administrativas, impulsionando o crescimento do lucro.
  • No segmento de bens de consumo e materiais para construção civil, Alpargatas e Dexco (antiga Duratex) registraram crescimento nas vendas, na receita líquida e no EBITDA, mesmo com pressões no custo de alguns insumos.
  • Nos segmentos de distribuição e transporte de gás, NTS e Copa Energia também registraram crescimento de receita.
  • Adicionalmente, a partir de junho, os resultados da XP Inc. passaram a ser reconhecidos pela Itaúsa, o que também contribuiu positivamente para o resultado da holding.

Com base no resultado a companhia aprovou a distribuição de juros sobre o capital próprio de R$ 0,037340/ação brutos, tendo como base de cálculo a posição acionária final registrada no dia 13.08.2021. O pagamento será realizado em 26.08.2021. Ações ex em 16 de agosto. O retorno líquido estimado é de 0,3%.


Minerva (BEEF3)

Lucro Líquido de R$ 117 milhões no 2T21

A Minerva registrou no 2T21 um lucro líquido de R$ 116,7 milhões, com queda de 54% ante o 2T20, acumulando no 1S21 um lucro de R$ 376,2 milhões. Considerando os últimos doze meses, o lucro líquido totalizou R$ 548,7 milhões, com 2,4% de margem líquida.

A Receita Líquida foi de R$ 6,3 bilhões no 2T21, crescimento de 43% versus o 2T20 e de 8% frente o trimestre anterior. Nos últimos 12 meses a receita líquida totalizou R$ 22,9 bilhões, alta de 28% na base anual. No 2T21, as exportações atingiram 70% da receita, mantendo a companhia como líder em exportação de carne bovina na América do Sul, com 20% de market share.

O EBITDA consolidado somou R$ 545 milhões no 2T21, um aumento de 12,4% na comparação com o 1T21. A margem EBITDA foi de 8,7% no trimestre, expansão de 0,3pp frente o trimestre anterior. No acumulado do ano, o EBITDA totalizou R$ 1,03 bilhão milhões. Considerando os últimos 12 meses, o EBITDA alcançou R$ 2,2 bilhões, um crescimento de 8,4% na base anual, com margem EBITDA de 9,6%.

O Fluxo de Caixa Livre do 2T21, após Despesas Financeiras, Capex e Capital de Giro, somou R$ 647 milhões em base recorrente, e R$ 425 milhões descontando o efeito caixa (negativo) do hedge cambial. Nos últimos 12 meses terminados em junho de 2021 o fluxo de caixa livre totalizou R$ 1,4 bilhão.


BTG Pactual (BPAC11)

Lucro líquido ajustado de R$ 1,72 bilhões no 2T21 (+74% em 12 meses)

O BTG Pactual registrou no 2T21 um lucro líquido ajustado de R$ 1,72 bilhão, com crescimento de 74% em relação ao lucro do 2T20 (R$ 987 milhões) e alta de 43,6% em base trimestral. Em base contábil (não ajustado) o lucro líquido somou R$ 1,68 bilhão, acima dos R$ 977 milhões do segundo trimestre de 2020.

De acordo com a administração este foi “o melhor trimestre da história do banco, com resultados expressivos em todas as linhas de negócios, crescimento acelerado das franquias de clientes, alta rentabilidade e manutenção de métricas de capital acima da média da indústria”.


Petrobras (PETR4)

Avanço na venda de um bloco na Bacia Potiguar

Após o pregão de ontem, a empresa informou que passou para a fase vinculante o processo de venda de sua participação (70%), que está sendo realizada com a outra sócia (Sonangol Hidrocarbonetos Brasil Ltda) do bloco exploratório terrestre POT-T-794. Este bloco é operado pela Sonangol e está localizado na Bacia Potiguar no estado do Rio Grande do Norte.

  • Esta concessão foi adquirida na Sétima Rodada de Licitações de Blocos realizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). O consórcio já realizou a perfuração de dois poços na área, sendo um descobridor de gás e um de delimitação. Não existem compromissos remanescentes do Programa Exploratório Mínimo a serem cumpridos;
  • O prosseguimento do Plano de Desinvestimentos da Petrobras é sempre uma boa notícia, porque leva à redução da dívida, permitindo maiores recursos para a remuneração dos acionistas.

CCR (CCRO3)

Controladores não exercem direito de preferência

A empresa informou ontem, pouco antes do início do pregão, que os controladores signatários do Acordo de Acionistas não exerceram seu direito de preferência na operação na qual a Andrade Gutierrez Participações S/A está vendendo sua participação de 14,86% da CCR para a IG4 Capital Investimentos Ltda. Isso abre espaço para o avanço da negociação.

  • Vale lembrar em maio último, a AG Participações recebeu proposta vinculante da IG4 Capital ao preço de R$ 15,44 por cada CCRO3, totalizando R$ 4,6 bilhões;
  • Insistimos que esta transação pode ser positiva para os acionistas minoritários da CCR, dado que a presença de um fundo de investimentos no capital de uma companhia normalmente dá mais foco no resultado.

Sequoia (SEQL3)

Crescimento robusto com receita líquida de R$ 368,9 milhões, +75% A/A e lucro líquido aj. de R$ 17,6 milhões

A Sequoia, empresa de transporte (armazenagem, separação, expedição, reversa e reparos), que suportar o crescimento dos mercados brasileiros de e-commerce e logística, reportou um segundo trimestre de 2021 registrando crescimento robusto dos principais indicadores operacionais e financeiros, como consequência do crescimento orgânico das operações de aquisições.

O Lucro Bruto atingiu R$ 62,6 milhões no trimestre (+42% A/A), no entanto, o forte aumento de custos dos principais insumos da companhia no período (diesel, plásticos, papelão, inflação de aluguéis) aliado à abertura de novos pontos de coleta em cerca de 700 cidades, se traduziu em uma redução de margem bruta de 1,3 p.p. em relação 1T21, atingindo 17,0% no trimestre. O EBITDA Ajustado Ex-IFRS da Companhia apresentou forte crescimento na comparação trimestral (+73% A/A), totalizando R$ 30,1 milhões no período. Refletindo os ganhos de eficiência e em linha com a sazonalidade de resultados ao longo do ano, encerramos o trimestre com ganho de 3,3 p.p. na Margem em relação ao 1T21, atingindo 8,2% no trimestre.

O Lucro Líquido Ajustado também apresentou evolução expressiva, atingindo R$ 17,6 milhões no período, com ganho de margem líquida de 4,5 p.p. em relação ao mesmo período de 2020, atingindo 4,8% no trimestre. O modelo de negócios asset-light aliado à expansão de resultados permitiu que a companhia entregasse um ROIC Ajustado de 40,5% no trimestre, com crescimento de 5,1 p.p. na comparação com o primeiro trimestre do ano.


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