Bolsas mostram reação e o Ibovespa fecha com ganho de 0,81%

MERCADO


Bolsa

Após o tombo da segunda-feira as bolsas tiveram dia de forte recuperação, mesmo com o petróleo ainda no radar dos investidores. No fechamento o Ibovespa marcou alta de 0,81%, aos 125.401 pontos, com giro financeiro moderado de R$ 25,1 bilhões (R$ 22,1 bilhões à vista). Hoje, a agenda econômica desta quarta-feira vem vazia. Passada a pressão inicial vinda do mercado de petróleo e de leitura cautelosa em relação à economia global, os mercados voltam a reagir, com alta generalizada nas bolsas da Europa e nos futuros de NY, com destaque para a divulgação de resultados corporativos do segundo trimestre que   se acentua a partir desta semana. Com as bolsas em alta, os títulos do tesouro americano mostram recuo. Mesmo com a variante do vírus assustando alguns mercados, a flexibilização para as atividades e abertura de fronteiras começa a acontecer de maneira mais rápida, animando setores da economia.

Câmbio

A melhora no humor das bolsas levou o dólar a um recuo de R$ 5,2519 para R$ 5,2217 no fechamento de ontem (- 0,58%).

Juros

Os juros futuros voltaram a recuar ontem, mesmo com o cenário global sem novidades. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 fechou em 5,760%, de 5,789% na terça-feira e para jan/27 a taxa passou de 8,603% para 8,56%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Trisul (TRIS3)

Prévia operacional do 2T21

A companhia divulgou ontem a previa operacional do 2T21 com os seguintes destaques:

  • Lançamento de R$ 413,5 milhões em Valor Geral de Vendas (VGV), aumento de 14% em relação ao 2T20 e de 26% sobre o primeiro trimestre deste ano.
  • As vendas líquidas somaram R$ 246,4 milhões no trimestre, aumento de 42% sobre o 2T20 e de 39% em comparação ao trimestre anterior.
  • A velocidade de vendas (VSO trimestral) ficou em 17% no período.
  • O banco de terrenos da Trisul ao final de junho somava R$ 5 bilhões. No trimestre, a empresa adquiriu três novos terrenos, totalizando um VGV de R$ 413,8 milhões.

Ontem a ação encerrou cotada a R$ 9,38 com queda de 21,5% no ano.


C&A Modas (CEAB3)

Reconhecimento de créditos tributários no 2T21

A C&A Modas informou ontem (20) que os créditos tributários decorrentes da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e Cofins, no intervalo entre 2015 e 2017, serão reconhecidos nas demonstrações financeiras do segundo trimestre de 2021. A medida é decorrente de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que definiu a validade do período e a forma de cálculo.

Pelas estimativas da companhia, a correção representará aproximadamente R$ 230 milhões. Os valores serão confirmados por meio de novos fatos relacionados ao assunto, afirma a empresa.

Ontem a ação encerrou cotada a R$ 12,53 com queda de 2,8% no ano.


Neoenergia (NEOE3)

Lucro líquido de R$ 1,0 bilhão no 2T21 (+137%)

A companhia registrou no 2T21 um lucro líquido de R$ 1,0 bilhão, com crescimento de 137% em relação ao lucro de R$ 423 milhões do 2T20, explicado pelo forte crescimento do resultado operacional que compensou a piora do resultado financeiro entre os trimestres comparáveis. Destaque para a redução dos custos e das perdas e melhora na receita por maiores volumes e os reajustes tarifários.

O lucro líquido no acumulado do 1S21 alcançou R$ 2,0 bilhões, 101% acima do lucro de R$ 999 milhões de igual semestre do ano anterior.

Ao preço de R$ 17,86/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 21,7 bilhões, a ação NEOE3 registra alta de 4,5% este ano. Temos recomendação de COMPRA com Preço Justo de R$ 24,00/ação, que traz um potencial de alta de 34,4%.

Destaques

O volume de energia distribuída pela Neoenergia (consolidado) no 2T21 alcançou 18.702 GWh, com crescimento de 11,00% em relação a igual trimestre do ano anterior, confirmando mais uma vez a recuperação do mercado em suas áreas de concessão. No acumulado de 6M21 o crescimento foi de 6,85% para 37.208 GWh.

As Despesas Operacionais (PMSO) somaram R$ 869 milhões no 2T21 com crescimento de 22% em 12 meses, em percentual abaixo do crescimento da receita, confirmando a disciplina de custos do grupo, e resultando no incremento de 58% da Margem Bruta para R$ 3,2 bilhões. No 1S21 as despesas operacionais cresceram 14% para R$ 1,7 bilhão.

EBITDA. A geração de caixa medida pelo EBITDA alcançou R$ 2,3 bilhões no 2T21 (+108% versus o 2T20) confirmando a retomada da economia, a manutenção da eficiência e o avanço na construção dos projetos de transmissão. No 1S21 o EBITDA cresceu 74% para R$ 4,6 bilhões.

Investimentos. O Capex somou R$ 1,7 bilhão (+24%) no 2T21 e R$ 3,5 bilhões no 1S21 (+51% ante o 1S20) explicado pelo avanço dos projetos de Transmissão e Eólicas.

Endividamento. Em junho de 2021, a dívida bruta consolidada da companhia era de R$ 29,8 bilhões, apresentando um aumento de 25% em relação a dezembro de 2020. A dívida líquida era de R$ 25,6 bilhões. A alavancagem medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA de 2,85x no 4T20 elevou-se a 3,03x ao final do 2T21, mas ficou em patamar abaixo de 3,28x do 1T21.


Cemig (CMIG4)

Renova Energia aceita proposta pela aquisição da Brasil PCH por R$ 1,1 bilhão

A Cemig S.A. informou que o Conselho de Administração da sua coligada Renova Energia S.A. (RNEW11) aprovou em 20 de julho de 2021, a aceitação da proposta vinculante apresentada pela Mubala Consultoria Financeira e Gestora de Recursos Ltda. para a aquisição da totalidade das ações ordinárias de sua subsidiária Brasil PCH pelo valor de R$ 1,1 bilhão.

  • A oferta foi feita na condição de primeiro proponente (Stalking Horse) e com direito de igualar a oferta de terceiros interessados em tal aquisição.
  • Conforme destacado no comunicado “os recursos obtidos com a Transação serão destinados especialmente para o pré-pagamento do Empréstimo DIP Ponte contratado perante a Quadra Capital, para o pagamento de determinados credores extraconcursais, para o cumprimento das suas obrigações no Plano de Recuperação Judicial e a conclusão do Complexo Eólico Alto Sertão III Fase A”.

Vemos como positiva a transação em linha com a estratégia da Renova Energia para a redução de seus passivos financeiros e que favorece também a Cemig.


Grupo Soma (SOMA3)

Follow on sai a R$ 19,20 para a aquisição da Hering

O grupo Soma entrou na bolsa há um ano, com uma oferta de ações de R$ 1,823 bilhão e já levantou mais R$ 883 milhoes em uma nova oferta. Dona das marcas Animale e Farm, o Grupo confirmou o preço por ação em sua oferta subsequente no valor de R$ 19,20, representando um ágio de 18% em relação ao anúncio da oferta. O novo capital social da passou a ser de R$ 2.501.321.419,00, dividido em 527.614.940 ações ordinárias.

Os recursos captados no follow on serão direcionados para compor a aquisição da Hering. A aquisição foi aprovada pelo Cade , sem restrições, no início de julho. A negociação entre as empresas envolveu ações, mas também um pagamento em dinheiro de R$ 1,5 bilhão. No total, o valor do negócio chegou a R$ 5 bilhões.

As ações da SOMA3 fecharam cotadas a R$ 19,70 e acumulam 49% de alta no ano.


Enauta (ENAT3)

Retorno de um poço à operação em Atlanta

Pouco antes de ser iniciado o pregão de ontem, a empresa informou que um dos poços do Campo de Atlanta retornou à produção. Este campo opera com três poços, que vem sofrendo seguidos problemas operacionais e estava com apenas um deles produzindo.

  • No dia 5 de julho, a Enauta informou que paralisou a produção em dois poços do Campo de Atlanta, em função de problemas no sistema de bombeio de ambos. Na época, a empresa estimou que um dos poços retornaria na segunda quinzena de julho, o que ocorreu agora, e o outro em agosto, expectativa que continua mantida;
  • A Enauta informou que após o retorno à produção do segundo poço, o ritmo de extração no campo voltou para o patamar anterior às interrupções (17 mil a 18 mil barris ao dia);
  • A normalização das operações do Campo de Atlanta, principal ativo produtivo da Enauta, é uma notícia muito positiva.

Randon (RAPT4)

Forte crescimento da receita no 2T21 e pagamento de proventos

A empresa divulgou dois comunicados muito positivos ontem, o primeiro acerca do desempenho da receita em junho e o outro informando sobre a distribuição de juros sobre o capital.

  • Em junho, a receita líquida consolidada da Randon atingiu R$ 729,2 milhões, 76,8% maior que no mesmo mês do ano passado. Em relação a maio/21, o crescimento foi de 5,4%. No 2T21, a receita somou R$ 2,1 bilhões, valor 10,5% superior ao trimestre anterior e 126,6% acima do 2T20;
  • Estes números são indicativos positivos para o resultado da Randon no 2T21, que será divulgado no dia 10 de agosto;
  • A Randon também informou que vai distribuir JCP no valor total de R$ 43,8 milhões (R$ 0,13316 por ação). O pagamento será realizado no dia 19 de agosto/21, com base nas posições acionárias de 23 de julho. A partir de 26 de julho, as ações da Randon serão negociadas “ex-JCP”.

GPA (Pão de Açúcar) – (PCAR3)

Emissão de R$ 1 bilhão em notas promissórias comerciais

Em fato relevante divulgado ontem, o Conselho de Administração da Companhia aprovou a realização de sua 5ª (quinta) emissão de notas promissórias comerciais, com as seguintes características:

  • Montante: R$ 1,0 bilhão em 2 séries de R$ 500 milhões cada uma.
  • A primeira com prazo de vencimento de 4 anos (vencimento: 30/07/2025)
  • A segunda com prazo de vencimento de 5 anos (vencimento: 30/07/2026)
  • Mercado alvo – As Notas Promissórias da Oferta Restrita serão destinadas exclusivamente a investidores profissionais.
  • Destinação dos recursos – Reforço do capital de giro e/ou alongamento do perfil de endividamento.

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Bolsas mostram reação e o Ibovespa fecha com ganho de 0,81%

 

 

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