MERCADO
Bolsa
O Ibovespa fechou em alta novamente com ganho de 0,45%, a 128.168 pontos, com uma sinalização de alteração na proposta de tributação dos dividendos, principalmente sobre fundos de investimento imobiliário, em infraestrutura e logística. Contudo, os 20% sobre os dividendos devem ser mantidos. O giro financeiro de ontem ficou em R$ 28,1 bilhões (R$ 21,8 bilhões à vista). O destaque do dia foi a divulgação da inflação americana acima das expectativas, pesando sobre as bolsas de NY e refletem nas bolsas da Europa nesta quarta-feira, com investidores avaliando até quando o Federal Reserve manterá uma política mais frouxa. Por outro lado, a votação no Senado americano do Orçamento com os democratas concordando um pacote de US$ 3,5 trilhões e que deve passar de US$ 4 trilhões, somando o valor aprovado para infraestrutura, dá uma sinalização de que há bom entendimento no Senado para avançar com as propostas do presidente Biden. A agenda econômica de hoje traz a participação do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em audiência no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes na qual ele apresentará o relatório semestral de política monetária. Além disso, temos muitos indicadores. Na Europa saiu a produção industrial de maio com pequena queda (0,1%). No Brasil sai agora cedo o índice de atividade econômica de maio e nos EUA índices de preços e o livro Bege do Federal Reserve. Os mercados seguem atentos aos indicadores da economia americana, tentando fazer uma leitura de quando o Fed irá anunciar alteração na política atual de incentivos.
Câmbio
A moeda americana voltou a recuar ontem passando de R$ 5,1’734 para R$ 5,1634 no fechamento (- 0,19%), com atuação do Banco Central com leilões de swap.
Juros
O dia foi de alta nos juros futuros com os mercados atentos à inflação americana acima do esperado e o que poderá vir pela frente. A taxa do contrato de DI para jan/22 fechou em 5,84%, de 5,829% ontem no ajuste da segunda-feira e para já/27 passou de 8,773% para 8,85%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Vale (VALE3)
Conclusão da descaracterização da barragem Fernandinho
Pouco antes do início do pregão de ontem, a empresa informou que concluiu a descaracterização da barragem de rejeitos Fernandinho no Complexo Vargem Grande (Nova Lima — MG). Além disso, foram finalizou as obras de construção à jusante que serve às barragens Forquilhas I, II, III, IV e Grupo e está localizada entre os municípios de Itabirito e Ouro Preto (MG) próximas da Mina Fábrica.
- A conclusão destas obras é uma boa notícia para a Vale, reduzindo o risco em suas operações. Não se pode esquecer dos dois acidentes com barragens de rejeitos (Mariana em 2015 e Brumadinho em 2019), que levaram a enormes prejuízos humanos e materiais para a empresa;
- A Vale está investindo pesado nas descaracterizações de suas barragens de contenção dos rejeitos da mineração. Ao final do 1T21, a empresa tinha um saldo de provisões para estas obras no valor de US$ 1.962 milhões, tendo gastado US$ 84 milhões durante o trimestre. Desde o acidente em Brumadinho, já foram gastos US$ 535 milhões neste tipo de trabalho.
Arezzo (ARZZ3)
Parceria com o Mercado Livre para comercialização e distribuição da marca MyShoes, voltado aos públicos das classes B-e C+
A Arezzo divulgou em fato relevante uma parceria com o Mercado livre para comercialização e distribuição da marca MyShoes, voltado aos públicos das classes B-e C+, segmento mais acessível de calçados e bolsas femininos, que representam cerca de 44% do mercado consumidor nacional. O Acordo Comercial também prevê a utilização dos serviços de Mercado Shops para a criação de loja online exclusiva da marca MyShoes. A iniciativa é resultante de uma série de estudos e pesquisas realizados com consumidoras e lojistas nos últimos 24 meses, que evidenciaram a carência do mercado por uma marca democrática e com informação de moda.
BR Properties (BRPR3)
Venda de 20% do Bloco B do Complexo JK em (SP) por R$ 184,7 milhões
A BR Properties comunicou ao mercado a conclusão da venda da fração ideal de 20% do Bloco B do Complexo JK, localizado em São Paulo (SP).
- A alienação equivale a uma área bruta locável (ABL) de, aproximadamente, 6.126 m² sendo comercializada pelo preço total de R$ 184,699 milhões, equivalente a R$ 30.150 por m² de ABL.
- A empresa já recebeu integralmente o valor da venda.
No fato relevante a companhia ressalta que a conclusão da venda ocorreu após as condições suspensivas estabelecidas no compromisso de venda celebrado com o fundo de investimento imobiliário da VBI Prime Properties serem superadas.
Ontem a ação BRPR3 encerrou cotada a R$ 9,24 com queda de 4,6% no ano.
Sanepar (SAPR11)
Governo do Paraná sanciona lei que institui as Microrregiões do Oeste, Centro-leste e Centro-litoral
O Governo do Estado do Paraná sancionou a Lei Complementar n.º 237/2021, que institui as Microrregiões dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário do Oeste, do Centro-leste e do Centro-litoral e suas respectivas estruturas de governança.
As microrregiões foram criadas pelo Estado mediante lei complementar para organizar, planejar, executar e operar os serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário com vistas à universalização até 2033, conforme a Lei n.º 14.026/2020 de 15 de julho de 2020.
Ao final de março de 2021 a Sanepar possuía 346 contratos, com 283 vencendo depois de 2029, representando 83,8% da receita total. O índice de atendimento com água tratada era de 100% com 76,9% de esgoto coletado.
Cosan S.A. (CSAN3)
Abertura de capital da Raízen
Como já anunciado, a Raízen, joint venture entre a Cosan e a Shell na área de distribuição de combustíveis e produção de açúcar e etanol, protocolou o prospecto de sua oferta inicial de ações (IPO).
De acordo com notícia veiculada na mídia ontem (13/07) “a Raízen busca um valuation de R$ 70 bilhões, no intervalo entre R$ 60 bilhões a R$ 80 bilhões de reais, dependendo da demanda. A oferta deve ser de R$ 6 bilhões, abaixo dos R$ 10 bilhões pretendidos inicialmente”.
Os recursos serão utilizados na expansão da produção e vendas de biocombustíveis, maior eficiência e produtividade, e na infraestrutura de armazenagem e logística para suportar o crescimento de volume de renováveis e açúcar. A operação deve acontecer agora em julho.
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