Ibovespa cai 1,44% com correção no exterior e tensão política no país

MERCADO


Bolsa

O mercado pesou ontem com a correção no exterior com o retorno das negociações em Nova York e o peso da tensão política com a pressão sobre o presidente Bolsonaro. O Ibovespa encerrou o dia com queda de 1,44% marcando 125.095 pontos no fechamento. O giro financeiro foi de R$ 30,2 bilhões (R$ 24,1 bilhões à vista). No ano, o índice acumula 5,11%. A agenda econômica de hoje traz em destaque projeções para a economia da Europa, e dados domésticos de junho: IGP-DI, vendas de veículos e ainda as vendas a varejo de maio. As bolsas da Europa mostram alta nesta manhã e nos EUA, os índices futuros de ações subiram com a Europa, enquanto os investidores aguardam a ata da última reunião do Federal Reserve, que pode dar alguma indicação para a política de estímulos e taxas de juros à frente. Os mercados estão atentos também ao momento das bolsas, com índices americanos testando as máximas históricas, pressão inflacionaria e nova variante do vírus se espalhando. Ou seja, temos muitas variáveis para considerar no curto prazo. Após a puxada nos preços na segunda-feira, o petróleo WTI para agosto fechou em baixa de 2,38%, em US$ 73,37 o barril, na Nymex, e o Brent para setembro caiu 3,41%, a US$ 74,53 o barril, na ICE.  Hoje, as cotações mostram pequena alta, ainda sustentando um nível elevado, com o mercado regulador de oferta ainda indefinido.

Câmbio

O dólar voltou a subir forte, encerrando a terça-feira passando de R$ 5,0953 na segunda-feira para R$ 5,1997 (+2,05%). São vários os fatores para aumentar a cautela dos investidores, com incertezas do lado doméstico e também no exterior. Por aqui, o ambiente político é ruim e não deve mudar no curto prazo.

Juros

Os juros futuros também sofreram os efeitos do mau humor que pesou sobre a renda variável ontem. As taxas voltaram a subir em todos os vencimentos. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan./22 passou de 5,753% para 5,78%. A taxa do DI para jan./27 passou de 8,673% para 8,77%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Minerva S.A. (BEEF3)

Emissão de US$ 400 milhões em Bonds 2031

A Minerva Luxembourg S.A. subsidiária da Minerva S.A. lançou e concluiu em 06 de julho de 2021, a precificação de títulos representativos de dívida (bonds) com taxa de juros de 4,375% a.a. e vencimento em 2031 adicionais (originalmente emitidos em março de 2021), no valor total de US$ 400 milhões.

  • A operação recebeu classificação de risco em moeda estrangeira de “BB” pelas agências Standard & Poor’s e Fitch Ratings.
  • A emissão faz parte do processo de “liability management” da Minerva, cujo objetivo é o de alongar o perfil de dívida, reduzir o custo da estrutura de capital e será utilizada no pagamento antecipado de dívidas da companhia e usos gerais.

Temos recomendação de COMPRA e Preço Justo de R$ 14,00/ação, equivalente a um potencial de alta de 50,5%.


Bradesco S.A. (BBDC4)

Compromisso de descarbonizar suas carteiras de crédito e investimentos até 2050

O Bradesco se comprometeu a descarbonizar suas carteiras de crédito e investimentos até 2050, em linha com cenários científicos e metas do Acordo de Paris sobre o Clima.

  • Em adição, o Bradesco se tornou o primeiro banco brasileiro a aderir ao Net-Zero Banking Alliance (NZBA) da UNEP FI (braço financeiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e a se comprometer com suas metodologias e requisitos de gestão e transparência relacionados ao tema.
  • Esta iniciativa reforça a gestão climática e a intenção de financiar a transição para uma economia mais limpa, eficiente e resiliente.
  • O banco reitera que esse compromisso está alinhado com sua Estratégia de Sustentabilidade, contribuindo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o ODS 13.

Seguimos com recomendação de COMPRA para BBDC4 e Preço Justo de R$ 30,00/ação que aponta para um potencial de alta de 21,5% quando comparado à cotação de R$ 24,70/ação.


Mater Dei (MATD3)

Aquisição de 70% do Grupo Porto Dias por R$ 800 milhões

O Hospital Mater Dei anunciou a compra de 70% do Grupo Porto Dias, controlador do Hospital Porto Dias, Porto Dias Diagnóstico por Imagem, Medical Comercial e Medicina Desportiva e Diagnóstico, com sede em Belém (PA).

A transação foi fechada por R$ 800 milhões, além da emissão de 27,272 milhões de ações (7,1% do capital) em favor dos atuais acionistas da empresa comprada.
Além da aquisição inicial da participação de 70% do Grupo Porto Dias, a operação inclui também termos e condições para a aquisição futura dos 30% de participação restantes da família Porto Dias a um desconto de 20% do múltiplo que o Mater Dei estiver avaliado em bolsa no momento.

O Grupo Porto Dias possui ativos relevantes em localizações estratégicas em Belém, com duas unidades hospitalares (Hospital Porto Dias e Porto Quality) e duas unidades de diagnóstico. Ao todo, são 592 leitos operacionais previstos para 2022, sendo 388 já operacionais e 64 em construção no Hospital Porto Dias, além de 140 leitos no Porto Quality, com infraestrutura pronta. Segundo a empresa, o Porto Dias opera com ocupação acima de 80% e possui diversas avenidas bem definidas de crescimento.

Ontem a ação MATD3 encerrou cotada a R$ 16,60. As ações da Mater Dei iniciaram as negociações na B3 no dia 15 de abril 2021 cotadas a R$ 17,44.


Enauta (ENAT3)

Produção de petróleo no 2T21 cresceu 5,8%

A empresa informou na manhã de ontem, que sua produção média no 2T21 foi de 16,7 mil barris dia, volume 5,8% maior que no mesmo trimestre de 2020 e 44,3% acima daquela verificada no 1T21.

  • A recuperação da produção é uma boa notícia para Enauta, que sofreu vários problemas técnicos recentemente com impacto negativo nos volumes produzidos;
  • A Enauta também informou um excelente desempenho no campo de Atlanta em junho, com uma média diária de 17,3 mil barris/dia, 22,7% maior que o volume produzido no semestre (14,1 mil barris/dia).

Petrobras (PETR4)

Aumento de 7% no preço do gás natural

Na noite de ontem, a empresa informou que elevou em 7% por R$/m³ os preços de venda do gás natural para as distribuidoras. A Petrobras apontou como razões para isso a alta de 13% do petróleo e a desvalorização de 4% do real durante o 2T21. O aumento vai vigorar a partir do dia 1/agosto.

  • Esta é uma boa notícia para a Petrobras, que ajusta o preço de um produto importante ao mercado externo, confirmando que mantém sua política deste quesito nesta atual administração;
  • No 1T21, as vendas da Petrobras de gás natural somaram 81 milhões de m³ ao dia, volume 11,8% maior que no mesmo trimestre de 2020. As vendas de gás natural geraram uma receita de R$ 5,7 bilhões no 1T21, equivalente a 9,1% do valor faturado no mercado interno e 6,6% do total.

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Ibovespa cai 1,44% com correção no exterior e tensão política no país

 

 

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