Ibovespa cai 0,55% em dia de volume reduzido e impasse na reunião da Opep+

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa abriu a semana do lado negativo, com desvalorização de 0,55% a 126.920 pontos com giro financeiro de R$ 23,7 bilhões (R$ 17,9 bilhões à vista), em dia de feriado prolongado nos Estados Unidos. O mercado segue dando peso para o fator político numa semana que tem a divulgação das atas do Copom e do Fomc, que podem dar alguma sinalização sobre juros futuros e a política de incentivos. Ontem as bolsas fecharam em alta na Europa e hoje mostram queda nos principais mercados e também nos futuros de Nova York, com as bolsas americanas fechadas ontem pelo feriado local. Com agenda econômica fraca na volta do feriado americano, o destaque fica para a nova puxada nos preços do petróleo no mercado internacional, após a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), não ter levado a um acordo sobre a retomada gradual da produção.  O petróleo do tipo Brent fechou acima de US$ 77/barril pela primeira vez desde outubro de 2018. O impasse coloca em jogo a estabilidade da recuperação econômica global em meio a crescentes pressões inflacionárias, e a capacidade do aliança de produtores para manter o controle duramente conquistado sobre o mercado de petróleo. Nos EUA, aumenta a preocupação diante da expectativa de aumento do consumo americano neste segundo semestre com a retomada de economia. Se não houver um acordo no curto prazo, os mercados deverão deparar com mais uma crise envolvendo grandes países. O minério de ferro também mantém o viés de alta no mercado internacional.

Câmbio

O mau humor dos mercados lá fora já na tarde de ontem e o ambiente político doméstico voltaram a puxar o dólar para cima, de R$ 5,0589 para R$ 5,0953 (+0,72%).

Juros

Os juros futuros abriram a semana em alta com o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 encerrando o dia em 5,74%, de 5,692% no ajuste da sexta-feira e a do DI para jan/27 passando de 8,603% para 8,67%, com ambiente político negativo somado a dados de inflação.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Petrobras (PETR4)

Assinatura do contrato para venda do Polo Alagoas

Após o pregão de ontem, a empresa informou que assinou contrato com a Petromais Global Exploração e Produção S/A para a venda da totalidade de sua participação no Polo Alagoas.

  • O valor do negócio é de US$ 300 milhões, sendo US$ 60 milhões pagos na assinatura do contrato e mais US$ 240 milhões a serem quitados no fechamento da transação, sujeitos a ajustes pelo cumprimento de condições precedentes;
  • O Polo Alagoas é formado por sete concessões de produção (Anambé, Arapaçu, Cidade de São Miguel dos Campos, Furado, Paru, Pilar e São Miguel dos Campos).  Estas concessões estão localizadas no estado de Alagoas, sendo seis terrestres e mais o campo de Paru, que está localizado em águas rasas com lâmina d’água de 24 metros;
  • O avanço no Programa de Desinvestimentos da Petrobras é sempre uma boa notícia.  Estas vendas de ativos têm ajudado a empresa a reduzir o endividamento, os custos e investimentos, o que leva a melhores resultados.

Ambipar (AMBP3)

Mais uma aquisição anunciada, desta vez, 100% da colombiana SABITech S.A.S.

A Ambipar anunciou ontem (05/07) a aquisição de 100% da SABITech S.A.S. através de sua controlada indireta, Suatrans Chile. O valor do negócio não foi divulgado.

Com 14 bases operacionais na Colômbia, a SABITech atua há 17 anos na prestação de serviços com foco no atendimento a emergências ambientais no modal rodoviário. A companhia é líder de mercado na Colômbia e faturou US$ 4,3 milhões em 2020, além de prestar serviços no México no Panamá.

A empresa colombiana também possui um sistema de gerenciamento de risco e rastreamento total dos caminhões com alta tecnologia embarcada, onde também é líder de mercado com 55% de market share, além de 61 pontos de checagem dos caminhões/motoristas, estrategicamente localizados nas principais rodovias do país.
Ontem a ação AMBP3 encerrou cotada a R$ 44,66 alta de 69,6% no ano.


Energisa S.A. (ENGI11)

Fundos de investimentos administrados pelo Itaú passam a deter 7,30% do capital total da empresa

A Energisa recebeu correspondência de seu acionista Itaú Unibanco S.A. (“Itaú”) informando que adquiriu certificado de ações (“Units”) emitidas pela companhia.

  • Em 05 de julho de 2021, a participação societária do Itaú atingiu, de forma agregada, 26.564.520 units, representativas de 26.564.520 ações ordinárias (3,51% do capital na espécie) e de 106.258.080 ações preferenciais (10,04% do capital na espécie).
  • Como resultado dessa aquisição, o Itaú passou a deter 7,30% do capital social total da companhia.
  • Conforme destacado pelo banco, trata-se de uma posição de investimento que não objetiva alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia.

Cotada a R$ 45,60 (valor de mercado de R$ 20,7 bilhões) as Units da Energisa registram queda de 10,8% este ano. O preço Justo de R$ 58,00/Unit traz um potencial de alta de 27,2%.


Enauta (ENAT3)

Interrupção na produção de dois poços no Campo de Atlanta

Na noite de ontem, a empresa informou que paralisou a produção em dois poços do Campo de Atlanta, em função de problemas no sistema de bombeio de ambos. Dessa forma, apenas um dos poços está produzindo no momento.

  • A Enauta estimou ainda que um poço deve voltar a produzir na segunda quinzena de julho e o outro no próximo mês;
  • Esta é uma má notícia para a empresa, que vem sofrendo seguidos problemas na produção deste campo;
  • No mês passado, a Enauta informou que sua participação na produção total no Campo de Atlanta em maio foi de 234,1 mil barris (7,4 mil barris/dia), quantidade 82,9% acima da verificada em abril, mesmo com a plataforma ficando parada durante dois dias por problemas técnicos. Somente dois poços estiveram operando em maio neste campo, sendo que o terceiro tinha seu retorno programado para julho. Na época, a expectativa de produção média em 2021 para o Campo de Atlanta era de 14 mil barris/dia.

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Ibovespa cai 0,55% em dia de volume reduzido e impasse na reunião da Opep+

 

 

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