Ibovespa cai 1,38% na última semana de abril, mas fecha o mês com ganho de 1,94%

MERCADO

Bolsa
O Ibovespa encerrou a quarta-feira com queda de 0,72% aos 87.269 pontos, com giro financeiro de R$ 12,6 bilhões, abaixo da média de pregões anteriores. A queda nas bolsas no exterior, o comportamento negativo do petróleo e as questões políticas ditaram o rumo da bolsa ontem. Na análise por ações, as quedas de maior peso no Ibovespa foram as da Petrobras, que perderam 2,32% (ON) e 3,19% (PN). Os investidores estrangeiros seguem fora do mercado. Na sexta-feira, as retiradas somaram R$ 254,9 milhões na B3, dia em que a bolsa registrou alta de 2,96%. Hoje, feriado nacional nos Estados Unidos (Thanksgiving Day) a B3 deverá ter volume reduzido novamente, influenciado também pela agenda econômica e noticiários corporativos fracos. No exterior as bolsas mostram queda na zona do euro. Os investidores seguem atentos à possibilidade de votação do projeto de cessão onerosa dos excedentes do pré-sal nos próximos dias.

Câmbio
Após o feriado, a moeda americana passou por um ajuste, com alta de 1,01% cotada a R$ 3,7972 no fechamento do mercado à vista. Além do ajuste pelo feriado, houve também a pressão pelo comportamento do petróleo e queda das bolsas no exterior. Atenção também para os novos nomes da equipe de Bolsonaro para o novo governo.

Juros
Os juros futuros tiveram um dia de alívio nas curvas de curto e longo prazo, com expectativa positiva em relação ao novo governo. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/20 terminou com taxa de 6,900%, de 6,934% no ajuste de segunda-feira e para jan/25 o DI caiu de 9,734% para 9,63%.



ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Porto Seguro (PSSA3)

Dividendos intermediários de R$ 0,9279/ação. “Ex” em 27/nov

O Conselho de Administração da Porto Seguro aprovou o pagamento em 5 de dezembro de 2018, de dividendos intermediários à conta de reservas de lucros de 2017, no valor de R$ 300 milhões, equivalente a R$ 0,92795072/ação.

A data base é 26 de novembro, com as ações sendo negociadas “ex” dividendos a partir de 27 de novembro. De acordo com a companhia, estes dividendos não serão imputados ao dividendo mínimo obrigatório relativo ao exercício social a ser encerrado em 31 de dezembro de 2018. Com base na cotação de R$ 53,20/ação o retorno é de 1,7%.


Banco do Brasil (BBAS3)

Reunião com investidores

O Banco do Brasil realizou ontem (21/nov) sua Reunião Anual com investidores. Os números já eram conhecidos, um 3T18 em linha, com melhora de rentabilidade e da qualidade do crédito. O BB registrou no 9M18 um lucro líquido ajustado de R$ 9,7 bilhões, com crescimento de 23% ante o 9M17, com ROAE de 13,4% (+1,1pp).

  • Seguimos com recomendação de compra e preço justo de R$ 52,00/ação que traz um potencial de alta de 18,2% quando comparado à cotação de R$ 44,00/ação.
  • Dentre os pilares que norteiam a atuação do banco: (i) a busca de uma melhor rentabilidade (ROE) em linha com seus principais concorrentes; (ii) adequada gestão de capital e de crédito; (iii) eficiência operacional (38,7% no 3T18); (iv) num ambiente crescente de transformação digital.
  • Na gestão do crédito, destaque para a diversificação das carteiras nos seus principais segmentos de atuação (PF, Agro e PJ), redução da inadimplência (que já se encontra abaixo do Sistema Financeiro Nacional) e queda nas despesas com PDD, reflexo de melhores safras de empréstimos.
  • Na gestão de capital, ao final de set/19 a Basileia do banco era de 18,70% sendo 9,66% de capital principal, cuja meta é a de atingir um mínimo de 11% em janeiro de 2022. Nesse contexto o payout esperado para 2018 é de 40%.
  • Como perspectiva para 2019 o banco destaca: (i) a continuidade do crescimento do lucro líquido; (ii) a carteira de crédito evolui em linha com o mercado ou acima nas linhas com melhor relação risco/retorno; (iii) o custo do crédito ainda apresenta espaço para redução, mesmo com a mudança do mix da carteira; (iv) as despesas administrativas crescem em linha com a inflação; e (v) as receitas com tarifas e serviços crescem acima da inflação.

Triunfo (TPIS3)

Dados operacionais fracos

A Triunfo divulgou na noite de ontem seus dados operacionais para o período de dez meses encerrado em outubro.  Os números foram fracos para o tráfego de veículos nas concessões rodoviárias, assim como para as operações do Aeroporto de Viracopos.

  • As quatro concessões rodoviárias administradas pela Triunfo atualmente, tiveram uma redução de 1,8% no total de veículos equivalentes que pagaram pedágio nestas estradas;
  • No Aeroporto de Viracopos, no período de janeiro a outubro/2018, o volume de aeronaves que usaram o terminal caiu 1,9% e total de passageiros teve uma redução de 2,6%.  A nota positiva foi o aumento de 20,9% no total de cargas que transitaram neste aeroporto.

Movida (MOVI3)

Emissão de debêntures

A Movida informou que seu Conselho de Administração aprovou a emissão de R$ 600 milhões em debêntures não conversíveis com vencimento em 2024.  A remuneração para estes títulos será de 100% da Taxa DI mais 2,05% ano.

Os recursos a serem captados serão usados para reforço da liquidez e alongamento do perfil da dívida.

Ao final do 3T18, a dívida líquida da Movida era de R$ 1.270 milhões, que cresceu 17,9% durante o ano.  A relação dívida líquida/EBITDA no 3T18 era de 3,0x, vindo de 3,2% no 3T17 e 3,1x no trimestre anterior.

Neste ano as ações da Movida subiram 16,8% e o Ibovespa teve uma valorização de 14,2%.


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