Ibovespa sobe 1,39% acompanhando a escalada das bolsas de NY

MERCADO


Bolsa
As bolsas de Nova York voltaram a bater recordes ontem motivadas pelo discurso do presidente de Federal Reserve, Jerome Powell que deixou claro que não haverá mudança de rota com respeito aos estímulos no país. Com isso a remuneração dos Treasuries continuará baixa no curto prazo aumentando o apetite pelas bolsas. As bolsas de Nova York chegaram a ganhar força no meio do dia, mas acabaram fechando em baixa. O S&P 500 teve perda de 0,08%, o Nasdaq cedeu 0,28%, e o Dow Jones caiu 0,48%. Já o Ibovespa aproveitou a fala do presidente do Fed para engatar uma alta 1,39%, aos 121.053 pontos. O giro financeiro foi de R$ 34,4 bilhões (R$ 27,7 bilhões à vista). Hoje a agenda econômica vem carregada de dados. Na Europa, saíram os dados de confiança na economia, indústria, serviços e do consumidor, de abril, todos acima das expectativas. No Brasil, destaque para a inflação de abril medida pelo IGP-M e nos EUA saem o PIB do 1º trimestre, dados do mercado de trabalho e vendas de imóveis. As bolsas internacionais mostram fechamento em alta na Ásia, sobem da Europa e indicam alta também em NY. Alta também nas cotações de petróleo nesta manhã.

Câmbio
O discurso do presidente do Fed, Jerome Powell pesou sobre o mercado de juros e puxou as bolsas, aumentando o apetite ao risco e derrubando o dólar. No fechamento, a moeda americana marcou desvalorização de 1,96% de R$ 5,4514 para R$ 5,3444, o menor nível desde 02 de fevereiro.

Juros
O mercado de juros também refletiu a decisão do Fed para os juros americanos, com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 fechando em 4,625%, de 4,642% na terça-feira. Para o DI (jan/27) a taxa passou de 8,394% para 8,37%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Odontoprev (ODPV3)
Lucro líquido cresce 44,6% no 1T21 somando R$ 108,7 milhões

A companhia mostrou bom desempenho operacional e econômico-financeiro no 1T21.
• A receita líquida cresceu 4,9% passando de R$ 430 milhões para R$ 451 milhões no 1T21.
• O EBITDA do 1T21 somou R$ 160 milhões, alta de 42,4% sobre o 1T20.
• O lucro líquido aumento de R$ 75 milhões para R$ 109 milhões.
• A margem líquida aumentou de 24,1% conta 16,5% no 1T21.
• A empresa mostrou redução nas despesas operacionais (comerciais e administrativas).
• Encerrou o 1T21 com caixa líquido de R$ 859 milhões (+ 28% em relação ao 1T20).
• O resultado financeiro líquido somou R$ 2,54 milhões ante R$ 1,98 bilhão no 1T20.
• Ontem a ação OPDV3 encerrou cotada a R$ 12,84 com queda de 18,3% no ano.


Lojas Americanas (LAME4)
B2W e Lojas Americanas assinam combinação de negocio e passarão a ser negociada com novo ticker (AMER3)

Em fato relevante divulgado ao mercado a Lojas Americanas informou sua combinação de negócio com a B2W, já aguardada pelo mercado. Os acionistas das duas empresas terão que aprovar a operação em assembleias marcadas para o dia 10 de junho. A reorganização da Lojas Americanas prevê listagem nos EUA em breve.

A B2W vai incorporar as Lojas Americanas, permitindo o aproveitamento de créditos socais acumulados ao longo de anos de prejuízo.
A incorporação não cria uma corporation com uma única classe de ações, dado que não envolve o CNPJ da Lojas Americanas, apenas seus ativos operacionais. A Lojas Americanas vai dividir suas 1.700 lojas físicas e sua participação na Ame Digital. Esses ativos serão vendidos para a B2W, agora com novo nome, Americanas, e negociará na Bolsa sob o ticker AMER3.

Com a cisão parcial e a incorporação dos ativos pela B2W, a participação da Lojas Americanas na B2W (AMER3), hoje de 62,5%, cairá para 38,9%. Os acionistas de Lojas Americanas vão manter suas ações atuais e receber 0,18 ação da AMER3 para cada LAME3 e LAME4 que possuem. Já os acionistas de BTOW3 serão diluídos em 14 pontos percentuais, dado que a companhia emitirá novas ações para comprar os ativos da Lojas Americanas.


CSN (CSNA3)
Um salto dos resultados no 1T21 e IPO do segmento de cimento

A empresa divulgou seus resultados do 1T21 ontem, após o pregão, apresentando um forte aumento das vendas de minério de ferro e aço, com o benefício de preços elevados, o que determinou uma forte alta na rentabilidade.

  • O lucro líquido da CSN no 4T20 atingiu R$ 5,7 bilhões (R$ 4,10 por ação), 46,2% maior que no trimestre anterior e revertendo o prejuízo de R$ 1,3 bilhão sofrido no 1T20;
  • A CSN vendeu 1.317 mil toneladas de aço no 1T21, com crescimento de 15,5%, sempre comparando ao mesmo trimestre de 2020.  O ponto mais importante no trimestre foi o aumento dos preços.  No 1T21, o preço médio da siderurgia atingiu R$ 5.607/t, valor 63,1% acima do 1T20;
  • No segmento de mineração, houve aumento nos volumes vendidos e, principalmente, nos preços, levando a um forte incrementos dos ganhos.  O volume vendido de minério, também sempre comparando ao 1T20, foi de 8,2 milhões de toneladas, com um crescimento de 46,6%.  O fator mais importante para o aumento da receita foi a elevação dos preços do minério.  No 1T21, o preço médio das vendas foi de R$ 686 por tonelada (US$ 121/t), 133,6% maior que no 1T20, beneficiado pela elevação da cotação no mercado internacional e com a desvalorização do real;
  • A CSN informou que o Conselho de Administração autorizou ontem que a diretoria execute os atos necessários para a realização da oferta pública inicial de ações de emissão da CSN Cimentos S/A.  Esta será uma empresa independente com os ativos do segmento de cimento da CSN atualmente.

CSN Mineração (CMIN3)
Excelente resultado no 1T21 impulsionado pelos preços elevados

Na noite de ontem, a empresa divulgou seu segundo resultado após a abertura de capital, mostrando forte aumento na receita, nas margens e no resultado, em decorrência de vendas maiores e do salto nos preços do minério de ferro.

  • No 1T21, o lucro líquido da CSN Mineração foi de R$ 2,4 bilhões (R$ 0,42 por ação), valor 76,1% acima do trimestre anterior e cinco vezes maior que no 1T20;
  • A CSN Mineração no 4T20 vendeu 8,2 milhões de toneladas, quantidade 46,6% maior que no mesmo trimestre de 2020, com elevações de 18,4% nas vendas para a própria CSN e 53,4% nas exportações.  Este incremento no volume produzido foi possibilitado por um período menos chuvoso que no 1T20;
  • O aumento dos custos no trimestre limitou o crescimento do resultado.  No 1T21, a empresa enfrentou alta de custos com maior volume de minério adquirido de terceiro e despesas portuárias mais elevadas.  Com isso, o custo C1 do minério produzido foi de US$ 18,2 por tonelada no 1T21, 10,3% maior que no trimestre anterior.

Petrobras (PETR4)
Venda do lote remanescente de ações da NTS

A empresa informou, após o último pregão, que seu Conselho de Administração aprovou a venda da participação remanescente (10%) na Nova Transportadora do Sudeste S/A (NTS) para a Nova Infraestrutura Gasodutos Participações S/A, empresa formada pelo Nova Infraestrutura Fundo de Investimentos em Participações Multiestratégia (FIP).  Este foi o mesmo comprador da parcela de 90% da NTS.

  • O valor da operação, após ajustes, será de R$ 1,8 bilhão.  A Petrobras vendeu 90% das ações da NTS em abril de 2017 por US$ 5,1 bilhões;
  • A continuação do Plano de Desinvestimentos da Petrobras é sempre uma boa notícia.  Vale destacar que neste caso, a venda do ativo obedeceu a um Termo de Cessação de Conduta (TCC) celebrado junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em julho de 2019.

Tupy (TUPY3)
Um prejuízo devido a despesas não recorrentes no 1T21

A empresa divulgou seu resultado do 1T21 após o pregão de ontem, mostrando forte aumento nas vendas e na receita, mas redução de margens operacionais e prejuízo, por conta da contabilização de despesas financeiras não recorrentes.
• A Tupy sofreu um prejuízo líquido de R$ 15 milhões (R$ 0,10 por ação) no 1T21, valor 92,8% menor que a perda do 1T20 e revertendo o lucro de R$ 86 milhões do trimestre anterior;
• O EBITDA ajustado da Tupy no 1T21 atingiu R$199 milhões, valor 21,0% maior que no ano passado. Porém, a margem EBITDA caiu 2,2 pontos percentuais, devido aos aumentos de custos comentados e pela elevação das despesas operacionais, com maior utilização de frete;
• Também impactou negativamente os números do 1T21 o elevado resultado financeiro negativo (R$ 58 milhões). Isso foi decorrente da desvalorização do real no período, somado ao reconhecimento de juros de dívidas contratadas no 1T20, pagamento de prêmios por liquidação antecipada de dívida e custos de uma nova emissão de dívida.


Itaúsa (ITSA4)
Aumento de participação societária na NTS

Conforme divulgado em 28 de abril, a Petrobras, a Itaúsa e a Nova Infraestrutura Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, gerido pela Brookfield Brasil Asset Management Investimentos Ltda. (FIP), concluíram as negociações referentes à venda, pela Petrobras, da totalidade de sua participação de 10% do capital social da Nova Transportadora do Sudeste (NTS).

·        A aquisição desta participação será realizada exclusivamente pela Nova Infraestrutura Gasodutos Participações S.A. (NISA), sociedade integralmente detida pelo FIP e pela Itaúsa, na mesma proporção de participação atualmente detida pelos acionistas remanescentes da NTS.

·        Uma vez concluída a Transação, o FIP, a NISA e a Itaúsa deterão 100% do capital social da NTS, e a participação total da Itaúsa, direta e indiretamente, passará de 7,65% para 8,50% da NTS.

·        O valor da transação é de R$ 1,8 bilhão e, quando considerados os ajustes previstos em contrato, o total a ser pago pela NISA à Petrobras será de cerca de R$ 1,5 bilhão, a serem quitados totalmente na data de assinatura e conclusão da Transação. Tais recursos serão integralmente obtidos por meio de emissão de dívida de longo prazo pela NISA.


Banrisul (BRSR6)
Constituído Comitê Especial Independente para discutir novo acordo sobre folha de pagamento do Rio Grande do Sul

O Conselho de Administração do Banrisul deliberou ontem (28/04) pela aprovação da constituição de um Comitê Especial Independente, a ser composto, exclusivamente, por membros independentes do Conselho de Administração.

·        O objetivo deste Comitê é de assessorar a coordenação dos trabalhos que visam a avaliação, rediscussão e/ou a celebração de um novo termo contratual no tocante a cessão dos serviços relacionados à folha de pagamento do Estado.

·        A constituição do Comitê está dentre as medidas jurídicas adequadas para evitar conflitos de interesse entre o Banrisul e o Estado durante a negociação mencionada.

Conforme escrevemos no Relatório de Análise do Banrisul de 26.04.2021, acreditamos que esta rediscussão trará um desembolso adicional para o Banrisul de modo a manter a folha de pagamento do Estado. Seguimos com recomendação de COMPRA para BRSR6 e Preço Justo de R$ 18,00/ação.


Copel (CPLE6)
Mercado fio da Copel Distribuição cresce 2,6% no 1T21

O Mercado fio da Copel Distribuição no 1T21 cresceu 2,6% no consumo de energia em relação ao 1T20 para 8.041 GWh. Este alta é explicada, principalmente, pelo do crescimento de 13,4% no consumo no mercado livre, influenciado pelo bom desempenho da produção industrial do Paraná, que avançou 11,4% em janeiro e 3,1% no mês de fevereiro. Por outro lado, houve a compensação parcial pela queda de 2,5% no consumo do mercado cativo, reflexo das temperaturas médias registradas que ficaram perto ou abaixo das médias históricas.

·        Nesta base de comparação o número de consumidores cresceu 2,7% para 4,74 milhões.

·        O mercado fio da Copel Distribuição é composto pelo mercado cativo, pelo suprimento a concessionárias e permissionárias dentro do Estado do Paraná e pela totalidade dos consumidores livres existentes na sua área de concessão.

Venda de energia para o Mercado Cativo da Copel Distribuição totalizaram 5.051 GWh no 1T21, redução de 2,5% no trimestre, com alta no segmento residencial e queda em todos os demais segmentos (industrial, comercial, rural e outros)

Mercado Consolidado da Copel. O fornecimento de energia elétrica representado pelo volume de energia vendido aos consumidores finais, composto pelas vendas no mercado cativo da Copel Distribuição e pelas vendas no mercado livre da Copel Geração e Transmissão e da Copel Mercado Livre, registrou crescimento de 3,1% no 1T21 ante o 1T20.


ENGIE Brasil Energia S.A. (EGIE3)
Distribuição de Dividendos complementares. Ex em 12/05

Conforme aprovado na Assembleia Geral Ordinária da ENGIE Brasil Energia S.A. realizada nesta quarta-feira (28/04), serão creditados dividendos complementares ao exercício de 2020, no valor de R$ 609,6 milhões correspondentes a R$ 0,7471177357 por ação.

·        Os dividendos complementares serão pagos posteriormente, com base na data de 11 de maio de 2021.

·        As ações da companhia serão negociadas ex-dividendos a partir de 12 de maio de 2021. O retorno estimado é de 1,8%.

·        Desse modo o total de proventos do exercício de 2020 atingiu R$ 2,02 bilhões (R$ 2,4717315830/ação), equivalente a 100% do lucro líquido distribuível (desconsiderando a repactuação do risco hidrológico).


JBS S.A. (JBSS3)
Distribuição de Dividendos. Ex a partir de hoje, 29/04

Na AGOE da JBS realizada ontem (28/04) foi aprovada a distribuição de (i) dividendos mínimos obrigatórios no valor de R$ 1,09 bilhão e (ii) dividendos adicionais no valor de R$ 1,42 bilhão.

·        Os dividendos perfazem um dividendo total global de R$ 2,51 bilhões, equivalentes a R$ 1,01667969 por ação ordinária da companhia.

·        Os Dividendos serão pagos com base nas posições acionárias de ontem, dia 28 de abril de 2021 (data-base).

·        As ações da JBS serão negociadas ex-dividendos a partir de hoje, dia 29 de abril de 2021.

·        O pagamento dos Dividendos será realizado em 5 de maio de 2021. O retorno foi de 3,2%.


Se preferir, baixe em PDF:

Ibovespa sobe 1,39% acompanhando a escalada das bolsas de NY

 

 

Análises Gráficas >>> 


DISCLAIMER
Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. O presente relatório se destina ao uso exclusivo do destinatário, não podendo ser, no todo ou em parte, copiado, reproduzido ou distribuído a qualquer pessoa sem a expressa autorização da Planner Corretora. As opiniões, estimativas, projeções e premissas relevantes contidas neste relatório são baseadas em julgamento do(s) analista(s) de investimento envolvido(s) na sua elaboração (“analistas de investimento”) e são, portanto, sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado. Declarações dos analistas de investimento envolvidos na elaboração deste relatório nos termos do art. 21 da Instrução CVM 598/18: O(s) analista(s) de investimento declara(m) que as opiniões contidas neste relatório refletem exclusivamente suas opiniões pessoais sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo.

Open chat