Ibovespa sobe 0,34% acompanhando a arrancada das bolsas de NY, mas o ambiente doméstico segue tenso

MERCADO


Bolsa
O vigor das bolsas internacionais, principalmente de NY com o otimismo na retomada rápida do crescimento da economia americana, segue ajudando o mercado doméstico que ontem fechou com valorização de 0,34% em 120.701 pontos. O giro financeiro foi de R$ 30,6 bilhões (R$ 25,5 bilhões à vista). Os investidores parecem ter incorporado a repetição dos problemas domésticos ao dia a dia e seguem focando nas oportunidades ainda existentes na renda variável, numa visão de médio prazo. As bolsas americanas testaram novo recorde ontem (Dow Jones: + 0,90, S&P 500: + 1,11% e o Nasdaq: + 1,31%) impulsionadas pelo sentimento de que a economia do País entrou num ciclo de crescimento econômico. Hoje as bolsas da Europa operam do lado positivo e os futuros de NY indicam nova alta, precificando os sinais de retomada da economia global, com destaque para os indicadores da China e dos EUA. A agenda econômica vem carregada com destaque para os dados da Europa, com queda na balança comercial de fevereiro e o IPC da região em linha com as expectativas do mercado. Nos EUA, saem dados de março do setor da construção. Nesta manhã, as cotações do petróleo mostram alta. O bom humor dos mercados lá fora deverá dividir a cena com a política interna, repercutindo a decisão do STF sobre os processos da lava jato contra o ex-presidente Lula.

Câmbio
O dólar recuou 0,67% passando de R$ 5,6533 para R$ 5,6156, favorecido por poucas notícias do lado doméstico e apetite pelo risco.

Juros

Ontem a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 fechou em 4,695%, de 4,747% na terça-feira e para jan/27 a taxa passou de 8,955% para 8,84%, em dia de noticiário fraco do lado da economia, mas com a política dominando o ambiente. A queda dos juros futuros refletiu o comportamento do câmbio e o recuo dos T-notes de 10 anos, para 1,53%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

MRV (MRVE3)
Previa operacional do 1T21 mostra alta de 58% nos lançamentos somando R$ 1,71 bilhão

A MRV encerrou o 1T21, com VGV lançado de R$ 1,71 bilhão, alta de 58% em relação ao 1T20 (início da pandemia). As vendas liquidas registraram redução de 3,2% na comparação anual, atingindo R$ 1,61 bilhão. Destaque para o crescimento de sua subsidiária nos Estados Unidos (AHS) que alcançou R$ 1,65 bilhão em valor geral de vendas (VGV) de propriedades para investimento (PPI) em locação, aumento de 33,2% frente ao primeiro trimestre de 2020.

O índice venda sobre oferta (VSO) foi de 17,2% no período, com crescimento de 0,7 ponto porcentual em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O banco de terrenos apresentou crescimento de 15%, atingindo R$ 66,3 bilhões.

Ontem a ação MRVE3 encerrou cotada a R$ 18,49 com queda de 1,4% no ano.


Tenda (TEND3)
Previa operacional do 1T21 mostra 10 lançamentos com VGV de R$ 610,3 milhões, alta de 269% sobre o 1T20

A Tenda encerrou o 1T21 com 10 lançamentos com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 610,3 milhões, alta de 269% na comparação com o 1T20. Em relação ao 4T20 houve 1ueda de 31%. No 1T20, a pandemia praticamente paralisou a economia.

As vendas líquidas somaram R$ 703,9 milhões, aumento de 60% sobre o 1T20 e queda de 12% ante o 4T20.

O índice VSO (velocidade sobre a oferta) líquida foi de 31,5%, abaixo do 4T20.


Neoenergia (NEOE3)
Volume de energia distribuída cresceu 6,23% no 1T21 para 18.508 GWh

A companhia divulgou ontem (15/04) suas prévias operacionais relativas ao primeiro trimestre de 2021. O volume de energia distribuída pela Neoenergia (consolidado) no 1T21 alcançou 18.508 GWh, com crescimento de 6,23% em relação a igual trimestre do ano anterior, confirmando a recuperação do mercado em suas áreas de concessão.

Nesta base de comparação (1T21 x 1T20), entre as distribuidoras do grupo, destaque para a Elektro, com crescimento de 6,03%, Cosern (+2,81%), Coelba (+1,97%). Na Celpe, o volume de energia distribuída ficou praticamente estável (-0,09%). Sem considerar a CEB-D, incorporada a partir de 02 de março, o crescimento foi de 2,7%.

Na área de energia renovável (hidráulica e eólica) a companhia gerou 3.890 GWh no 1T21 (-3,59%). As usinas eólicas apresentaram crescimento anual de 64,09% gerando 397 GWh, com disponibilidade acima de 97% e ventos acima de igual trimestre do ano anterior. Já a geração hídrica registrou queda de 7,91% para 3.493 GWh por baixa afluência em relação ao 1T20 e impacto na margem minimizado pelo seguro do GSF.

A geração térmica caiu 29,22% na comparação anual para 712 GWh, por menor número de dias de operação. Lembrando que o efeito no resultado da companhia é compensado pela compra de energia a PLD inferior ao custo variável unitário, para suprir seus contratos de venda.


Petrobras Distribuidora (BRDT3)
Pagamento de proventos

A Assembleia Geral Ordinária (AGO), realizada ontem, aprovou a destinação dos resultados da empresa em 2020, estabelecendo o total a ser distribuído e detalhando o pagamento de duas parcelas remanescentes.

  • Foi determinado pela AGO uma distribuição total aos acionistas de R$ 2,3 bilhões (valor corrigido), sendo juros sobre capital próprio já declarados e pagos de R$ 498 milhões (R$ 0,42780043964 por ação) e mais dividendos no valor de R$1,8 bilhão (R$ 1,56029654946/ação) corrigidos pela taxa SELIC entre o final de 2020 e 15/abril.  Este dividendo será pago em duas parcelas já corrigidas, sendo a primeira em 30/abril/2021 de R$ 1,1 bilhão (R$ 0,949778788/ação) e a segunda em 31/dezembro/2021 de R$ 707 milhões (R$ 0,610517752);
  • Terão direito aos dividendos os acionistas da empresa ao final do pregão de ontem (15/abril), sendo que BRDT3 já será negociada hoje “ex-dividendos”.

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