Prezado Sr.(a),
Bolsonaro parece realmente obstinado a deixar sua marca indelével no Brasil. Em um momento de recrudescimento da pandemia com crescente número de casos e mortes, age para além de seu negacionismo e omissão, sai a campo promovendo aglomerações, menosprezando o uso de máscaras, e desmoralizando certas vacinas. O comportamento irresponsável e belicoso não se circunscreve a crise sanitária, não. A desmoralização e a humilhação alcançam, também, quem foi um dia seu principal Ministro: Paulo Guedes.
Em uma saraivada de desmandos e arroubos, em conduta típica de arrasa-quarteirão, destronou o Presidente da Petrobras em um episódio tão organizado e delicado como um macaco em uma sala de cristais. Não foi um caso isolado, e também não foi só mais um desatino do Comandante-em-Chefe. Foi claramente um ponto de inflexão, quando se deixou desavergonhadamente para trás qualquer resquício do que um dia seus eleitores imaginaram poderia ser um governo com agenda econômica liberal.