Ibovespa encerra a segunda-feira com queda de 1,46% após uma semana bastante positiva

MERCADO


Bolsa
O Ibovespa abriu a semana com queda 1,46% recuando para 123.255 pontos e com giro financeiro de R$ 35,6 bilhões (R$ 31,3 bilhões no à vista). As bolsas americanas também fecharam em queda, com os novos riscos da pandemia e a disputa política dominando o noticiário e provocando mais incertezas em relação à recuperação das economias neste primeiro semestre. O Dow Jones fechou em baixa de 0,29%,  o S&P 500 teve queda de 0,66% e o Nasdaq caiu 1,25%. A agenda econômica de hoje traz, do lado doméstico, a 1ª prévia do IGP-M de janeiro e a inflação medida pelo IPCA de dezembro/20. Do lado externo, nenhum dado relevante para hoje, mas os fatos políticos prometem continuar influenciando os mercados nesta semana. As bolsas internacionais mostram recuperação nesta manhã na Europa e os futuros e NY também indicam alta, mas sem uma justificativa forte.

Câmbio
O dólar marcou a sétima alta consecutiva, passando de R$ 5,4205 para R$ 5,5048 (+ 1.56%), mostrando que não existe tranquilidade no mercado neste momento. São muitos os pontos de preocupação com o desenrolar da economia global. Com o dólar em alta, o Banco Central entrou no mercado e vendeu US$ 500 milhões em swap, a segunda intervenção do tipo em 2021, tentando segurar o avanço da moeda estrangeira.

Juros
As incertezas que dominam o mercado financeiro neste começo de ano, já vêm mudando o patamar das taxas de juros, que têm ainda uma pressão maior pela alta da inflação real, na ponta do consumidor. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 fechou com taxa de 3,225% de 3,13% no ajuste de sexta-feira. O DI para jan/27 avançou de 7,033% a 7,25%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Banco do Brasil S.A. (BBAS3)
Aprovado o redimensionamento da estrutura organizacional e duas modalidades de desligamento incentivado

O Banco do Brasil aprovou um conjunto de medidas relacionadas à revisão e ao redimensionamento de sua estrutura organizacional, em linha com os seus objetivos estratégicos de centralidade no cliente e incremento da eficiência operacional.

•             A economia líquida anual estimada com despesas administrativas é de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025.

•             A implementação plena das medidas deverá ocorrer durante o primeiro semestre de 2021 proporcionando ganhos de eficiência e otimização em 870 pontos de atendimento do país.

•             Destaque para a desativação de 361 unidades; a conversão de 243 agências em PA e a transformação de 8 PA em agências; e a transformação de 145 unidades de negócios em Lojas BB, sem a oferta de guichês de caixa, com maior vocação para assessoria e relacionamento.

Foram aprovadas ainda, duas (2) modalidades de desligamento incentivado voluntário aos funcionários: o Programa de Adequação de Quadros (PAQ); e o Programa de Desligamento Extraordinário (PDE).

•             Os Programas possuem regulamentos específicos que estabelecem as regras para adesão.

•             A estimativa do BB é que cerca de 5 mil funcionários venham a aderir aos dois programas de desligamento.

•             O número final de adesões, assim como o respectivo impacto financeiro, será informado ao mercado após o encerramento dos períodos de adesão que ocorrerá até 5 de fevereiro.

•             Expectativas iniciais apontam para uma economia de R$ 2,8 bilhões a R$ 3,2 bilhões até 2025.

Todas essas iniciativas devem proporcionar um melhor atendimento aos clientes, a ampliação da oferta de soluções digitais, a redução e melhoria das estruturas de atendimento, e no conjunto, uma importante redução de despesas e consequentemente maior retorno de capital. Seguimos com recomendação de COMPRA e Preço Justo de R$ 47,00/ação.


Indústria automobilística
Vendas devem crescer 15% em 2021

A diretoria da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), anunciou ontem suas projeções para o mercado interno este ano. Segundo a entidade, em 2021 os crescimentos devem ser de 15% nas vendas de autoveículos (automóveis e comerciais leves), 9% nas exportações e 25% na produção. Para máquinas, a expectativa é de crescimento de 7% nas vendas, 9% nas exportações e 23% na produção.

· Este ritmo de crescimento em 2021, deve fazer com que a indústria volte aos patamares de 2019. Estas projeções otimistas da Anfavea são uma boa indicação para as vendas no Brasil dos fabricantes de veículos e autopeças (Marcopolo, Randon e Tupy), assim como para os volumes destinados ao mercado interno das siderúrgicas (Usiminas, CSN e Gerdau);

· Importante notar que o nível de estoques da indústria ao final de dezembro passado foi o menor da história. O estoque encerrou o período com 96,8 mil veículos, equivalente a 12 dias de vendas, contra 15 em dezembro/2019. Este

fato deve acelerar a produção para o natural processo de reestocagem da cadeia.


Varejo
Vendas do varejo no Natal têm fraco desempenho

Os dados divulgados para o varejo, indicam que as vendas no varejo tiveram o pior Natal desde 2003, desempenho atribuído à segunda onda de Covid-19 e também à antecipação de parte das vendas durante a Black Friday, repetindo o que aconteceu no final de 2019.  Entre 18 e 24 de dezembro, as vendas no varejo caíram 10,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. É o pior desempenho desde 2003, quando a série histórica do dado foi iniciada.

Com a nova onda da Covid-19 já resultando em novas restrições às atividades comerciais, os números dos setores mais afetados diretamente pela pandemia, podem voltar  ser prejudicados neste 1º trimestre, retardando a volta à normalidade dos negócios e pesando sobre as ações das empresas.  No setor de shopping centers, a repercussão já vem acontecendo, com as principais empresas do setor anunciado algumas restrições regionais às suas operações.


Se preferir, baixe em PDF:

Ibovespa encerra a segunda-feira com queda de 1,46% após uma semana bastante positiva

 

 


DISCLAIMER
Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. O presente relatório se destina ao uso exclusivo do destinatário, não podendo ser, no todo ou em parte, copiado, reproduzido ou distribuído a qualquer pessoa sem a expressa autorização da Planner Corretora. As opiniões, estimativas, projeções e premissas relevantes contidas neste relatório são baseadas em julgamento do(s) analista(s) de investimento envolvido(s) na sua elaboração (“analistas de investimento”) e são, portanto, sujeitas a modificações sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado. Declarações dos analistas de investimento envolvidos na elaboração deste relatório nos termos do art. 21 da Instrução CVM 598/18: O(s) analista(s) de investimento declara(m) que as opiniões contidas neste relatório refletem exclusivamente suas opiniões pessoais sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo.

Open chat