Ibovespa cai 0,84% e fecha em 122.988 pontos

Ibovespa sobe 0,44% em dia de disparada dos preços do petróleo

MERCADO


Bolsa
O Ibovespa encerrou a terça-feira com alta de 0,44% aos 119.376 pontos e giro financeiro de R$ 34,3 bilhões (R$ 27,9 bilhões). A terça-feira teve como destaque a forte alta nos preços do petróleo com os principais países da Opep decidindo pela redução da produção de petróleo, antevendo um alongamento da crise econômica. Os investidores estão atentos também à eleição para o comando da Câmara dos Deputados e aos novos números da Covid-19 no mundo. Hoje a agenda traz uma extensa lista de indicadores, mas não deverão ser ponto de atenção, diante das notícias principais: preços do petróleo, que seguem em alta, decisão para o senado americano na Georgia, casos de Covid-19 no mundo, etc. As bolsas internacionais mostram alta moderada na Europa e nos futuros de NY. O Ibovespa, vem pegando carona neste movimento, puxado pelas empresas de commodities. Ontem o destaque ficou para as ações da Petrobras (ON e PN) e também para os papeis de Vale e siderúrgicas.

Câmbio
O dólar fechou a R$ 5,2766 contra R$ 5,2719 no dia anterior, (+0,09%). A moeda americana chegou a subir mais forte mas a disparada do petróleo enfraqueceu a moeda americana, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) anunciar cortes da produção.

Juros
Ontem, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 fechou com taxa de 2,900% ante 2,849% no fechamento anterior e para jan/27 a taxa passou de 6,403% para 6,500%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Suzano (SUZB3)
Venda de terras pelo valor de R$ 1,056 bilhão

A Suzano comunicou a conclusão da venda de terras para a Bracell SP Celulose e Turvinho Participações, recebendo o preço de compra de R$ 1,056 bilhão. A operação fora divulgada no último dia 20 de novembro, com o acordo de venda de 21.066 hectares.

Segundo a companhia, a operação está alinhada com o plano de desalavancagem anunciado ao mercado e confirma a disciplina financeira adotada pela Suzano na execução de sua Política de Endividamento.

A companhia encerrou o 3T20 com uma dívída liquida de R$ 68,7 bilhões e alavancagem de 5,1x o Ebitda ajustado de 12 meses. De uma dívida bruta de R$ 78,5 bilhões no final de setembro, R$ 62,1 bilhões são em moeda estrangeira. Do lado positivo apenas o fato de R$ 4,32 bilhões estarem no curto prazo para uma posição de caixa R$ 9,76 bilhões.


Ambipar (AMBP3)
Aquisição da empresa Custom Environmental Services nos EUA

Ontem a companhia anunciou a aquisição total das quotas da Custom Environmental Services (CES), através de sua controlada integral indireta Ambipar Holding USA. O valor da operação não foi divulgado.

A empresa, sediada no estado do Colorado (EUA), tem mais de 20 anos de atuação no mercado norte-americano de respostas a emergências, especializada em atendimentos terrestres (rodoviário e industrial). A companhia teve faturamento de US$ 4 bilhões em 2019. Segundo a Ambipar, as aquisições não serão submetidas à aprovação dos seus acionistas.

As ações da Ambipar, iniciaram negociações na B3 no dia 10/07/2020 cotadas a R$ 24,75 e fechou ontem a R$ 26,79.


JBS S.A. (JBSS3)
Companhia fecha o abatedouro de bovinos em Juína (MT)

Segundo noticiado na mídia, a JBS fechou seu abatedouro de bovinos em Juína (MT). Os 300 funcionários da planta de Juína poderão se transferir para a unidade de Brasnorte, a 160 quilômetros de distância.

·        O abatedouro de bovinos de Brasnorte foi inaugurado em 2020 após investimento de R$ 70 milhões;

·        A unidade de Brasnorte receberá novos investimentos para aumento da capacidade de produção, vai ampliar suas atividades e gerar mais empregos na região (estimado em até 900 pessoas).

·        Além de concentrar a produção regional em um frigorífico mais moderno, a JBS espera minimizar a pressão de custos das operações com foco no mercado doméstico.


Equatorial Energia (EQTL3)
Equatorial Piauí prestará todos os esclarecimentos solicitados pela Aneel

A Equatorial Piauí subsidiária da Equatorial Energia confirmou ter recebido nesta terça-feira (05/01), um ofício da Aneel solicitando informações sobre o apagão registrado na área de concessão da distribuidora entre os dias 31 de dezembro e 3 de janeiro de 2021.

·        A solicitação da Aneel visa à fiscalização para apurar a conduta da empresa, que tem até a próxima segunda-feira, dia 11 de janeiro, para responder a notificação.

·        Em nota, a Equatorial Piauí destaca que “o pedido de esclarecimento por parte do regulador é um procedimento usual da agência em eventos como o ocorrido, e que prestará todos os esclarecimentos e informações solicitadas pela Aneel”.

·        A distribuidora informa que “concluiu o restabelecimento do serviço em 100% das ocorrências coletivas registradas em Teresina”. Segundo a concessionária, “as fortes chuvas na região causaram danos severos na rede elétrica devido à queda de, pelo menos, 280 árvores”.


Braskem (BRKM5)
Suspensão do oficio da ANM

Durante o pregão de ontem, a empresa informou que Agência Nacional de Mineração (ANM) aceitou o pedido de reconsideração para suspender seu ofício, no qual pedia medidas para encerramento das atividades de extração de sal-gema em Maceió e preenchimento com material sólido de determinados poços de sal adicionais. Estas medidas agora ficarão suspensas até a avaliação final dos argumentos técnicos apresentados pela Braskem no Pedido de Reconsideração.

· Esta é uma boa notícia para a Braskem, adiando mais uma despesa que a empresa provavelmente terá para mitigar os danos do acidente geológico ocorrido em Maceió – AL;

· Vale lembrar que no dia 26/11/20 a Braskem publicou um Fato Relevante informando de que ANM tinha enviado ofício com determinações para o fechamento de mais poços de sal em Maceió. Para atender às determinações da ANM, naquela data a Braskem avaliou que teria custos adicionais de R$ 3 bilhões aos já provisionados.


Ecorodovias (ECOR3)
A recuperação no tráfego continua

Pouco antes do início do pregão de ontem, a empresa divulgou seus dados de tráfego nas dez concessões rodoviárias que administra, mostrando que a recuperação continua, após as fortes quedas ocorridas no 2T20.

· Entre os dias 16 de março/2020 e 3/janeiro/2021 (após a pandemia), o tráfego total comparável nas rodovias administradas pela Ecorodovias, apresentou uma redução de 10,7%, comparado ao um período similar (18/março/19 a 5/janeiro/20). Nas mesmas bases, o tráfego acumulado em 2020 caiu 8,2% em relação ao mesmo período de 2019;

· Os dados apresentados são uma boa notícia para a Ecorodovias, indicando melhores resultados no 4T20. Além disso, a maior circulação de veículos nas rodovias é um sinal importante de recuperação da economia brasileira.


CCR (CCRO3)
Recuperação do tráfego durante o ano

Na noite de ontem, a empresa divulgou os números das suas operações entre os dias 25 a 31 de dezembro e no acumulado de 2020. Na semana houve piora em todas as operações, em função das festas de final do ano. Porém, no ano observou-se a expressiva recuperação das operações nas rodovias, após a forte queda determinada pelas medidas de distanciamento social ocorridas no 2T20. Por outro lado, nas operações de aeroportos e mobilidade urbana, a recuperação ainda está muito longe.

· Entre os dias 25 e 31 de dezembro (sem a ViaSul), comparado a igual período de 2019, o tráfego total caiu 5,8%, com redução de 14,5% nos veículos de passeio, mas crescimento de 9,1% na movimentação dos comerciais. No período anterior, estes números mostravam uma elevação de 1,8% no tráfego total;

· No acumulado de 2020, a movimentação nas rodovias administradas pela CCR (incluindo ViaSul) mostrou uma diminuição de 2,0%, com queda de 14,5% no tráfego dos veículos de passeio, em parte compensada pelo aumento de 9,1% nos comerciais;

· O número de passageiros transportados na CCR Mobilidade foi negativo em 43,6%, pior que no período anterior, quando houve redução de 40,3%. Na CCR Aeroportos, a diminuição no período foi de 53,3%, também pior que na semana anterior (-52,4%).


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