Bom resultado no 3T20 com redução do custo do crédito e incremento das receitas de serviços
O Santander (Brasil) registrou no 3T20 um lucro líquido gerencial de R$ 3,9 bilhões, acima do esperado, explicado principalmente pela redução do custo do crédito e o crescimento das receitas de serviços, dado a retomada do nível das transações. O comportamento das receitas totais, vis a vis os custos, as despesas gerais com crescimento abaixo da inflação e a redução de inadimplência, sinalizam a continuidade de bons resultados. O banco segue focado na redução dos gastos, na adequada gestão dos riscos, na melhora de eficiência e de produtividade. Nesse contexto a rentabilidade de 2020 tem se mostrado acima dos seus principais pares. Seguimos com recomendação de COMPRA e Preço Justo de R$ 40,00/Unit.
Destaques
O banco registrou no 3T20 um lucro líquido gerencial de R$ 3,9 bilhões (ROAE de 21,2%) com crescimento de 82,7% em relação ao lucro líquido gerencial de R$ 2,1 bilhões do 2T20 (ROAE de 12,0%). Essa alta expressiva reflete o menor resultado do trimestre anterior (sensibilizado por PDD extraordinária) e neste trimestre, pela redução do custo do crédito e o crescimento das receitas de serviços. No acumulado de 9M20 o lucro líquido gerencial registrou queda de 8,6% para R$ 9,9 bilhões (ROAE de 18,5%). Excluindo o efeito da provisão extraordinária de R$ 3,2 bilhões do 2T20, o lucro líquido somou R$ 11,7 bilhões, alta de 7,6% em doze meses e +0,2% no trimestre.
O banco permanece competitivo e com métricas alinhadas com as expectativas divulgadas em outubro de 2019 – Guidance 2020 suspenso. Dentre as premissas descontinuadas, destaque para o crescimento médio estimado de 10% ao ano da carteira de crédito até 2022 e que se compara ao crescimento de 19,8% no 9M20; ROAE esperado de aproximadamente 21% ante ROAE de 18,5% no 9M20, que, excluído o efeito da PDD extraordinária de R$ 3,2 bilhões, realizada no 2T20, eleva-se a 21,8%. O índice de Eficiência esperado de 38% (ante 36,5% realizado no 9M20) e crescimento de 7% dos clientes ativos (+5% nos últimos 12 meses).
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