Ibovespa cede 0,65% na sexta-feira, mas registra a terceira semana consecutiva em alta, subindo 3,0%

MERCADO


Bolsa
O Ibovespa registrou a terceira consecutiva semana em alta, marcando 3,00% acumulando 7,0% no mês de outubro. Na sexta-feira o índice cedeu 0,65% aos 101.260 pontos, se sustentando acima dos 100 mil pontos. Foi mais uma semana pautada pelos mesmos assuntos que predominam desde o começo do mês e sem solução. Nada de novo além da segunda onda de Covid pelo mundo e a corrida contra o relógio para cobrir os rombos da pandemia. A partir desta semana, o mercado deverá focar nos resultados corporativos do 3T20, que têm a expectativa de continuidade da recuperação. No Brasil., a agenda econômica desta segunda-feira traz, além do Boletim Focus, dados de empréstimos e a taxa de inadimplência em empréstimos pessoais em setembro e a balança comercial da semana. Nos EUA, saem as vendas de casas novas em setembro. A semana abre com as bolsas internacionais em queda, com atenção para a nova onda de contaminação pelo coronavírus. As bolsas internacionais operam em baixa nesta segunda-feira, sem uma indicação de alteração no cenário de incertezas predominante nas últimas semanas. Na reta final de outubro, o mercado deverá dar mais peso aos fatores externos.

Câmbio
A moeda americana voltou a subir na sexta-feira (+ 0,48%) fechando aos R$ 5,6196 de R$ 5,5927 no dia anterior. Na semana houve um recuo de 0,47% na cotação com fechamento de R$ 5,6460 na sexta-feira (16/10). O dólar segue sendo negociado numa faixa estreita de preço, sem indicação de romper para um dos lados.

Juros
Os juros futuros marcaram a terceira alta consecutiva, com a piora dos dados de inflação em outubro. A escalada de reajustes de preços em muitos segmentos da economia nos dois últimos meses começa a aparecer nos índices. Isso num momento de fragilidade e com barreiras para o governo agir. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 subiu de 3,275% para 3,47% e para jan/27 subiu de 7,374% para 7,47%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Hypera Pharma (HYPE3)
Lucro líquido soma R$ 345,6 milhões no 3T20, (+29,4% s/ o 3T19)

A Hypera registrou um bom desempenho no 3T20 e no acumulado de 9 meses.

Destaques do 3T20 sobre o 3T19

· Crescimento de 7,9% na receita Líquida somando R$ 1,09 bilhão

· 32,2 de crescimento no EBITDA das Operações Continuadas (R$ 393,5 milhões)

· Lucro Líquido de R$ 345,6 milhões, com crescimento de 29,4%

· Fluxo de Caixa Operacional de R$ 465,1 milhões, o mais alto já registrado pela Companhia em um trimestre

· Declaração de Juros sobre Capital Próprio de R$185,5 milhões, ou R$ 0,29 por ação

· Conclusão da aquisição do Buscopan e Buscofem

· Crescimento de sell-out1 de 7,5%

A ação HYPE3 encerrou a sexta-feira cotada a R$ 31,13 com queda de 11,2% no ano e valor de mercado de R$ 19,7 bilhões.


Arezzo (ARZZ3)
Incorporação do Grupo Reserva pelo valor de R$ 715 milhões

A Arezzo comunicou ao mercado e seus acionistas na sexta-feira (23/10), em fato relevante, a aquisição do Grupo Reserva.

Por meio do Acordo de Associação, as partes estabelecem, dentre outras matérias, os principais termos e condições para a combinação de negócios da Companhia e da Reserva, de forma que:

  • A Companhia passe a ser a detentora direta da totalidade das ações de emissão da Vamoquevamo (VQV);
  • A Companhia passe a ser a detentora indireta da totalidade das ações de emissão da Tiferet; e
  • Os acionistas da Reserva, conforme identificados no Acordo de Associação, em contrapartida à suas participações na VQV, recebam uma parcela em dinheiro e participação societária na Companhia correspondente a aproximadamente 8,7% do capital social total da Arezzo.

No âmbito da Operação, a Reserva foi avaliada em R$ 715 milhões.

Com a operação a Arezzo complementa seus negócios no setor de moda e varejo, amplia a oferta de produtos e expande seu portfólio de marcas buscando consolidar-se como uma house of brands, com a inclusão no portfólio do grupo Arezzo&Co das marcas Reserva, Reserva Mini, Oficina Reserva, Reserva Go, INK e EVA.

A ação ARZZ3 encerrou a sexta-feira cotada a R$ 61,00 acumulando queda de 4,7% no ano. Somente na sexta-feira a alta foi de 16,0% reflexo da notícia acima. Com isso nosso preço alvo para a ação de (R$ 53,40) com recomendação de COMPRA, foi superado e também a média Bloomberg de R$ 58,73 foi ultrapassada.

A Arezzo divulgará seus resultados do 3T20 no dia 12 de novembro após o fechamento do pregão e com base nos resultados estaremos revisando nossos números.


BRF S.A. (BRFS3)
Acordo para encerrar Class Action e pagamento de US$ 40 milhões

A empresa informa que o Acordo visando o encerramento da Class Action intitulada “In re BRF S.A. Securities Litigation”, 18-cv-2213 (PKC), movida contra a companhia e determinados executivos, foi aprovado pelo Tribunal Distrital Federal dos Estados Unidos da América, na cidade de Nova York.

Conforme o Acordo, a BRF pagou a quantia de US$ 40 milhões para encerrar todas as demandas pendentes e que possam vir a ser propostas por pessoas ou entidades que compraram ou de outra forma adquiriram American Depositary Receipts – ADRs de sua emissão entre 04 de abril de 2013 e 05 de março de 2018.

O Acordo não implica reconhecimento de responsabilidade ou de prática de atos irregulares pela BRF ou seus executivos.


Copel (CPLE6)
Mercado fio da Copel Distribuição cresce 0,3% em setembro de 2020, mas acumula redução de 2,8% no 3T20

A Copel comunicou que o mercado fio da Copel Distribuição, composto pelo mercado cativo, pelo suprimento a concessionárias e permissionárias dentro do Estado do Paraná e pela totalidade dos consumidores livres existentes na sua área de concessão, apresentou crescimento de 0,3% no consumo de energia em setembro de 2020. Apesar disso, a média do terceiro trimestre reduziu 2,8%. No acumulado de 9M20 ante o 9M19 a energia vendida registrou queda de 2,7%. Nesta base de comparação o nº de consumidores cresceu 2,2%.

Olhando o mercado consolidado, o fornecimento de energia elétrica da Copel, que representa o volume de energia vendido aos consumidores finais e é composto pelas vendas no mercado cativo da Copel Distribuição e pelas vendas no mercado livre da Copel Geração e Transmissão e da Copel Mercado Livre, registrou alta de 0,6% no 3T20 acumulando crescimento de 0,9% no 9M20.

O total de energia vendida pela Copel, composto pelas vendas da Copel Distribuição, da Copel Geração e Transmissão, dos Complexos Eólicos e da Copel Mercado Livre em todos os mercados, atingiu 13.914 GWh no 3T20, representando um crescimento de 8,7% e acumulando alta de 7,9% no 9M20.


Siderurgia/Mineração
Produção de aço na China cresceu 10,9% em setembro

O volume de aço produzido pelas siderúrgicas chinesas em setembro de 2020 foi de 92,6 milhões de toneladas, volume 10,9% maior que em igual mês do ano passado, conforme os dados publicados pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS na sigla em inglês).

· A quantidade de aço total produzida na China nos primeiros nove meses deste ano somou 781,6 milhões de toneladas, 4,5% acima de igual período em 2019;

· A produção de aço na China é um dado importante para as mineradoras brasileiras, principalmente Vale e CSN, que são grandes fornecedoras das siderúrgicas daquele país. A continuidade do crescimento da siderurgia chinesa é um indicador positivo para os preços do minério de ferro.


Petrobras (PETR4)
Início do processo de venda do Polo Carmópolis

Na última sexta-feira, a empresa informou que iniciou o processo de venda da totalidade de sua participação no Polo Carmópolis, formado por campos terrestres localizados no estado de Sergipe.

· O início do processo é dado pela divulgação das principais informações sobre o ativo que será vendido, assim como os critérios de elegibilidade para a seleção de potenciais participantes;

· O Polo Carmópolis é formado por onze concessões de campos de produção terrestres, com instalações integradas, localizadas na Bacia Sergipe-Alagoas. A produção média do Polo nos primeiros nove meses de 2020 foi de cerca de 10 mil barris de petróleo por dia e 73 mil m³/dia de gás;

· A evolução do Plano de desinvestimentos da Petrobras é sempre uma boa notícia. A venda de ativos permite a redução da dívida e dos investimentos, o que é positivo para os resultados da empresa.


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