MERCADO
Bolsa
Ontem o Ibovespa fechou com queda de 1,60% aos 95.735 pontos, acompanhando as bolsas americanas após o Fed sinalizar a necessidade de estímulos adicionais para melhora da economia. O giro financeiro foi de R$ 26,1 bilhões, melhor que o dia anterior. A falta de clareza sobre o ritmo de recuperação da economia mundial, em meio ao aumento de casos de coronavírus na Europa e indicadores mistos de atividade nos Estados Unidos, serviram de base para a queda das bolsas. A agenda desta quinta-feira traz a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e posterior coletiva com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Econômica, Fabio Kanczuk. Nos EUA os Novos pedidos seguro-desemprego até 19/setembro e as Vendas de casas novas de agosto. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e Steve Mnuchin, secretário do Tesouro, testemunham no Senado americano. Bolsas fecharam em campo negativo na Ásia e operam em queda na Europa, assim como os futuros americanos, sinalizando mais um dia de volatilidade.
Câmbio
A moeda americana permaneceu em alta em meio às incertezas globais e aumento da cautela dos investidores. Diversos dirigentes do Fed enfatizaram a necessidade de mais apoio fiscal para mitigar os impactos econômicos da pandemia. Ao final o dólar fechou em alta de 2,26% a R$ 5,596.
Juros
A curva de juros teve importante ganho de inclinação ontem, notadamente nos vencimentos mais longos, acompanhando a alta do dólar. O IPCA-15 de setembro em 0,45% veio acima do esperado. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 2,97%, de 2,923% no ajuste, e a taxa do DI para janeiro de 2025 em 6,43% (6,304% no dia anterior). O DI para janeiro de 2027 fechou na máxima de 7,40%, de 7,263%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Petrobras (PETR4)
Sucesso em poço pioneiro no pré-sal da Bacia de Campos
A empresa informou ontem, que foi identificada a presença de hidrocarbonetos na seção do pré-sal, em poço pioneiro do bloco C-M-657 localizado no pré-sal da Bacia de Campos.
· Este poço, cuja perfuração foi iniciada em junho deste ano, está localizado a 308 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro na porção sul da Bacia de Campos, em profundidade d’água de 2.892 metros;
· O bloco C-M-657 foi adquirido em março de 2018 na 15ª rodada de licitação da Agência Nacional do Petróleo (ANP), tendo sido pagos R$ 2,1 bilhões pelo Bônus de Assinatura. O consórcio que explora este bloco é formado pela
Petrobras (operadora) com 30% de participação, ExxonMobil (40%) e Equinor (30%);
· Esta é uma boa notícia para a Petrobras, com a exploração avançando no pré-sal da Bacia de Campos. Vale lembrar que a produção no pré-sal tem a maior produtividade e os menores custos.
JBS (JBSS3)
BNDESPAR solicita pedido de convocação de AGE e empresa divulga o Programa “Juntos pela Amazônia”
Pedido de convocação de AGE. A companhia comunicou ontem (23/09) que no dia 21 de setembro de 2020 recebeu de BNDES Participações S.A. – BNDESPAR um pedido de convocação de assembleia geral extraordinária.
· O pedido de AGE visa discutir (i) a celebração de acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (“MPF”) por parte de sete executivos da companhia e sua controladora, J&F Investimentos S.A; e (ii) a celebração, em 30/05/2017, por sua acionista controladora, J&F Investimentos S.A., de acordo de leniência com o MPF.
· Os membros do Conselho de Administração da JBS se reunirão, em caráter extraordinário, para apreciação de referido pedido e deliberação quanto à convocação de AGE da JBS.
Programa “Juntos pela Amazônia”. A companhia anunciou ontem (23/09) o Programa “Juntos pela Amazônia”, um conjunto de iniciativas com visão de longo prazo que visa aumentar a conservação e o desenvolvimento do bioma, engajando o setor e propondo ações para além da cadeia de valor. Os pilares fundamentais do Juntos Pela Amazônia são: (i) desenvolvimento da cadeia de valor; (ii) conservação e recuperação de florestas; (iii) apoio às comunidades; e (iv) desenvolvimento científico e tecnológico.
O desenvolvimento da cadeia de valor é composto por três principais iniciativas.
A conservação e recuperação de florestas; o apoio às comunidades; e o desenvolvimento científico e tecnológico, serão alcançados por meio da atuação do Fundo JBS Pela Amazônia para financiar ações e projetos para o desenvolvimento sustentável no Bioma. A companhia vai aportar R$ 250 milhões, nos primeiros 5 anos, podendo chegar a R$ 500 milhões até 2030.
A JBS convidará seus stakeholders a contribuírem para o fundo, e se compromete a igualar sua contribuição às doações de terceiros na mesma proporção. A meta é levar os recursos do fundo a um total de R$ 1,0 bilhão até 2030.
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