MERCADO
Bolsa
O Ibovespa iniciou o dia em queda, alinhado com as principais bolsas, com os mercados avaliando as decisões de política monetária do Fomc (EUA), BoE (Inglaterra) e BoJ (Japão). As perspectivas econômicas permanecem incertas e os juros no mundo devem seguir em patamar baixo por um longo período. Ao final o Ibovespa fechou com viés positivo, com alta de 0,42% aos 100.098 pontos, refletindo a manutenção da Selic e a forte queda dos juros futuros. Destaque para o desempenho das ações da Vale, das siderúrgicas e da Petrobras, após a Opep+ recomendar a extensão dos cortes na produção de petróleo até dezembro. O giro financeiro permaneceu reduzido e somou R$ 22,3 bilhões. Na agenda hoje a 2ª prévia do IGP-M no Brasil. Nos EUA destaque para o Índice antecedente de agosto e o Sentimento Univ de Michigan de setembro. Bolsas na Ásia fecharam em alta, na Europa operam em baixa, e Futuros americanos perto da estabilidade. Os mercados seguem voláteis, analisando as questões fiscais, a proximidade das eleições americanas, os dados de contágio e o desenvolvimento das vacinas.
Câmbio
O dólar abriu em alta refletindo a decisão de política monetária do Fed. À tarde, reduziu os ganhos acompanhando o enfraquecimento da divisa no exterior, a melhora do petróleo e do Ibovespa. Ao final fechou com leve alta de 0,04% a R$ 5,2396.
Juros
Os juros futuros fecharam em baixa, notadamente nos vencimentos médios e longos, em dia de ajuste ao comunicado do Copom e da redução da oferta de títulos prefixados, pelo Tesouro, praticamente à metade do leilão anterior. A taxa do DI para janeiro de 2025 cedeu de 6,12% para 6,02% e a do contrato para janeiro de 2027 caiu de 7,12% para 7,01%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
Biosev (BSEV3)
Resultado do 1T21 da Safra 2020/21
A Biosev reportou seus resultados referentes ao 1T21 da Safra 2020/21 terminados em junho de 2020, com um prejuízo líquido de R$ 280,8 milhões, que se compara ao prejuízo de R$ 163,7 milhões registrados no 1T20, resultado impactado principalmente pela variação cambial, parcialmente compensado pelo aumento da receita líquida e por maiores ganhos na liquidação e marcação a mercado de posições em derivativos.
A receita líquida, excluindo-se os efeitos contábeis (não caixa) do hedge accounting da dívida em moeda estrangeira (HACC), atingiu R$ 2,7 bilhões, 53,4% superior ao 1T20, explicado principalmente pela comercialização de maiores volumes de açúcar no mercado externo, do maior volume de moagem e da maior eficiência industrial.
O EBITDA ajustado ex-revenda/HACC atingiu R$ 369,1 milhões, um crescimento de 8,9% com Margem EBITDA de 33,9%, em linha quando comparado com 1T20.
O resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$ 446,0 milhões impactado pela variação cambial. No 1T20 o resultado financeiro foi negativo em R$ 17,0 milhões.
Ao final de junho de 2020 a dívida líquida da companhia era de R$ 7,3 bilhões equivalente a 3,42x o EBITDA ajustado; 36% superior a divida líquida de R$ 5,4 bilhões em jun/19 (3,17x o EBITDA).
Petrobras (PETR4)
Início do processo de venda da Araucária Nitrogenados
Após o pregão de ontem, a empresa informou que iniciou a etapa de divulgação da oportunidade para a venda da Araucária Nitrogenados S/A (ANSA).
· A ANSA produz matérias-primas para fertilizantes em uma fábrica localizada na cidade de Araucária no estado do Paraná. A planta, que tem capacidade para produzir 1.975 toneladas ao dia de ureia e 1.303 t/dia de amônia, atualmente não está em operação;
· O prosseguimento do Programa de Desinvestimentos da Petrobras é sempre uma boa notícia, principalmente quando a venda é de ativos que estão gerando perdas.
Copasa (CSMG3)
JCP de R$ 0,4994/ação. Ex em 23/09
O Conselho de Administração da companhia aprovou ontem (17/setembro) a declaração dos Juros sobre o Capital Próprio (JCP) referente ao 3T20, no valor bruto de R$ 63,1 milhões, equivalente a R$ 0,4994236092 por ação.
A Data de Crédito (Data de Corte) será no dia 22.09.2020. As ações passam a ser negociadas na condição “ex-juros” a partir de 23.09.2020.
A Data de Pagamento será em até 60 dias a contar da data de aprovação (17.09.2020). O retorno líquido estimado é de 0,85%.
Telefônica Brasil (VIVT4)
JCP de R$ 650 milhões. Ex em 29/09
O conselho de administração da Telefônica Brasil aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor bruto de R$ 650 milhões, o equivalente a R$ 0,36098521785 por ação ordinária e R$ 0,39708373964 por ação preferencial.
Terão direito ao pagamento acionistas que constam na base da companhia em 28 de setembro. As ações serão negociadas “ex-juros” a partir de 29 de setembro.
O pagamento desse provento será realizado até o final do exercício social de 2021, devendo a data ser definida pela Diretoria da Companhia.
Com base na cotação de R$ 47,09/ação PN o retorno líquido é de 0,72%
Raia Drogasil (RADL3)
JCP de R$ 0,030314292/ação. Ex dia 25/09
O Conselho de Administração da Raia Drogasil aprovou no dia 16/09/2020, a distribuição de Juros sobre Capital Próprio (JCP) que serão pagos até o dia 31/05/2021, em data a ser fixada pela Administração da companhia.
O valor bruto é de R$ 0,030314292/ação com base na posição acionária do dia 24/09/2020, destacando que as novas ações resultantes do desdobramento de ações aprovado na Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 15/09/2020 já integrarão a referida posição acionária, sendo certo que, a partir de 25/09/2020,as ações da Companhia serão negociadas “ex juros”.
Com base na cotação de R$ 114,00/ação o retorno líquido é de 0,02%.
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