Ibovespa sobe 1,24% seguindo as bolsas internacionais

MERCADO


Bolsa
Com as bolsas europeias em alta e a recuperação dos mercados em NY, a B3 teve um dia sem pressão. O Ibovespa chegou a oscilar durante o dia, mas acabou a sessão com alta de 1,24% aos 101.292 pontos e giro financeiro de R$ 24,4 bilhões (R$ 21,8 bilhões no à vista). Hoje a agenda econômica vem carregada de indicadores com o IPC_Fipe semanal mostrando alta de 0.91% (expectativa mediana: 0,78%) e a 1ª prévia de inflação para setembro pelo IGP-M com alta 4,41% contra uma expectativa de 2,10% (Bloomberg) Ainda nesta manhã teremos o resultado de vendas a varejo em julho. Na Europa saem as taxas de refinanciamento e nos EUA saem: novos pedidos de seguro desemprego, nível de conforto do consumidor e índices de preços ao produtor. As principais commodities mostram queda nesta manhã e as bolsas na zona do euro também registram queda. Nesta primeira quinzena de setembro aumentou a volatilidade nos mercados, com maior grau de incertezas para os investidores, que avaliam o peso das mudanças que podem acontecer no campo da política dos EUA e no combate à pandemia do coronavírus e, do lado doméstico, a expectativa em relação à votação do veto do presidente Bolsonaro à desoneração dos salários, que afeta 17 setores da economia. A manutenção do veto acarretará mais desemprego. A pauta das reformas também está no radar dos investidores.

Câmbio
A moeda americana voltou a recuar ontem de R$ 5,3625 para R$ 5,3077 (-1,02%). Com a recuperação dos preços do petróleo e a retomada de alta das bolsas americanas a pressão sobre o dólar foi reduzida.

Juros
As taxas de juros futuros chegaram a cair mais acentuadamente durante o dia, mas no final houve redução na queda com o DI para jan/22 passando de 2,833% para 2,79% e na ponta mais longa (jan/27) a taxa caiu de 6,793% para 6,74%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Hapvida (HAPV3)
Parceria estratégica com a Roche Brasil

A Hapvida comunicou aos seus acionistas e ao mercado em geral que firmou uma parceria com a Roche para consolidar suas atividades de diagnóstico laboratorial em uma unidade central (Núcleo Técnico Operacional – NTO). Pelo acordo, que reúne capacidades complementares de cada empresa, a Roche irá construir a primeira instalação desse tipo fora da Europa que, após implementada, irá substituir os atuais 18 NTO regionais.

A parceria visa alavancar a extensa base de clientes do Hapvida com a experiência da Roche e seu investimento contínuo em tecnologia e P&D para equipamentos, processos e sistemas de diagnóstico. Com isso, o Hapvida irá oferecer serviços de diagnóstico laboratorial com foco em qualidade assistencial, eficiência operacional, inovação constante e satisfação do cliente.

A sede do NTO, ficará em Recife (PE) e serão investidos cerca de R$ 6,0 milhões pela Hapvida.

A ação HAPV3 encerrou ontem cotada a R$ 68,29 com valorização de 7,2% no ano. Valor de mercado: R$ 50,7 bilhões.


GPA Pão de Açúcar (PCAR3)
Autorização para cisão e início de estudos para uma operação de IPO do Assaí

Ontem, o GPA comunicou aos seus acionistas e ao mercado em geral que o seu Conselho de Administração, autorizou que seja iniciado estudo para a segregação de sua unidade de cash and carry por meio de uma operação de cisão parcial da Companhia e de sua subsidiária integral Sendas Distribuidora S.A.  (Assaí).

Com a implementação da Potencial Transação, as ações de emissão de Assaí detidas pela Companhia serão distribuídas aos acionistas da Companhia, na exata proporção das participações por eles detidas no capital social da Companhia.

A referida distribuição ocorrerá após a obtenção, pelo Assaí, da listagem das ações de sua emissão no segmento Novo Mercado da B3 S.A. juntamente com a listagem de ADRs representando ações de Assaí na New York Stock Exchange (NYSE).

O Assai é hoje o negócio mais promissor no consolidado do grupo e que tem trazido os melhores resultados. Uma capitalização via bolsa, poderá impulsionar os negócios do Assaí, que tem um plano de expansão agressivo.


Cosan S.A. (CSAN3)
Tratativas preliminares com a Biosev

Através de Fato Relevante a Cosan confirmou ontem (9/setembro), que sua controlada em conjunto, Raízen, tem mantido tratativas preliminares com a Biosev S.A. que poderão, eventualmente, resultar em uma potencial transação entre as companhias, mas que até a presente data, não há qualquer acordo ou proposta vinculante.

O comunicado é um esclarecimento com relação à notícia veiculada ontem pela Bloomberg, sob o título “Raízen negocia compra da Biosev com pagamento em ações”.

A Biosev confirmou que tem mantido tratativas preliminares com a Raízen que poderão, eventualmente, resultar em uma combinação de seus negócios; e que iniciou discussões com certos bancos credores sobre possível readequação de parte de seu endividamento.

A Biosev reiterou que segue focada em seu programa de competitividade operacional, que inclui “potenciais alternativas estratégicas relacionadas ao seu portfolio de ativos, inclusive parcerias, associações, joint ventures, reorganizações societárias, alienação de ativos e/ou extensão de seu endividamento financeiro”.


Copasa (CSMG3)
Processo de Desestatização

O Conselho Mineiro de Desestatização – CMD autorizou a assinatura de contrato com o BNDES, no âmbito do Termo Aditivo ao Acordo de Cooperação Técnica assinado em 19.02.2020, para prestação de serviços técnicos necessários a estruturação e implementação do processo de desestatização da COPASA MG.

A Copasa recebeu ontem, 9 de setembro de 2020, Ofício da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico – SEDE, informando a autorização do CMD, e manterá o mercado informado a respeito dos desdobramentos desse assunto. Lembrando que a privatização da companhia necessita de autorização legislativa.

Ao preço de R$ 49,36/ação, correspondente a um valor de mercado de R$ 6,3 bilhões, a ação CSMG3 registra queda de 24,8% este ano. Seguimos com recomendação de COMPRA para CSMG3 e Preço Justo de R$ 61,00/ação, equivalente a um potencial de alta de 23,6%.


Petrobras (PETR4)
Recorde de produção em diesel

Na noite de ontem, a empresa informou que bateu recordes na produção de Diesel S-10 (com baixo teor de enxofre) pelo terceiro mês seguido. O volume produzido pelas refinarias em agosto foi de 1,84 milhão de m³ deste produto, 1,7% maior que em agosto e 15,0% acima daquele verificado em junho.

· A Petrobras, no mesmo comunicado, destacou o bom desempenho operacional da Refinaria Henrique Lage (Revap), localizada em São José dos Campos – SP. Esta refinaria obteve um recorde na produção de Diesel S-10 em agosto (203,5 mil m³), um volume 10,0% maior que o pico atingido em março/20. Em agosto, a mesma refinaria obteve recorde na comercialização de GLP (Gás Liquefeito de

Petróleo), quando vendeu 80,2 mil toneladas do produto, volume 5,9% maior que o pico anterior ocorrido em maio/20;

· Estas são boas notícias para a Petrobras, indicando o retorno do crescimento na demanda de dois produtos importantes para a empresa, cuja venda somada no ano passado foi responsável por 48,5% da receita obtida no mercado interno. Destacando que somente o diesel, respondeu por 41,1% da receita em 2019.


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