Ibovespa registra alta de 0,65% aos 103.722 pontos

MERCADO


Bolsa
O Ibovespa chegou a pesar no meio do dia, mas mostrou recuperação com destaque para Petrobras e bancos e fechou com alta de 0,65% aos 103.722 pontos, com giro financeiro de R$ 25,0 bilhões (R$ 22,5 bilhões no à vista), abaixo da média dos últimos pregões. Com a valorização dos três últimos meses, preços esticados e incertezas de curto prazo, os investidores estão mais cautelosos. Hoje a agenda econômica mostra o IPC-Fipe semanal com alta de 0,28% a ata do Copom. Indicadores dos EUA completam a agenda de hoje, sem dados relevantes. As bolsas internacionais mostram alta generalizada hoje na zona do euro e no fechamento da Ásia, depois que o presidente Donald Trump disse que está considerando um corte de impostos sobre ganhos de capital. Outro ponto importante é que os Democratas sinalizaram que podem discutir outras medidas de estímulo à economia americana. O ouro caiu pelo terceiro dia. O petróleo opera em alta nesta manhã, o que somado ao bom humor das bolsas internacionais pode dar um fôlego ao Ibovespa hoje.

Câmbio
A moeda americana subiu mais uma vez, de R$ 5,4383 para R$ 5,4808 (0,78%). O cenário de incertezas de curto prazo voltou a puxar o dólar para cima.

Juros
Ontem, os juros futuros também subiram, embora com liquidez reduzida. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 passou de 2,652% para 2,69% e na ponta mais longa, O DI para jan/27 encerrou com taxa de 6,44%, de 6,353%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Natura&Co (NTCO3)
Aquisição de  plataforma digital brasileira de serviços de beleza em domicílio, SINGU

A Companhia comunicou ontem ter investido na Singu, plataforma digital brasileira de serviços de beleza em domicílio.  
A Singu oferece delivery de serviços de manicure, cabeleireiro e massagem, entre outros.

O valor investido não foi divulgado, mas o acordo dá o direito à Natura, de adquirir a integralidade da Singu, será o de fornecer a milhares de consultoras de beleza Natura a oportunidade de gerar mais renda, permitindo que ofereçam, por meio da plataforma, serviços como de maquiadora, cabeleireira, manicure, entre outros.
O grupo Natura&Co, composto por Avon, Natura, The Body Shop e Aesop, divulga seus resultados agora dia 14/08 e apresenta uma valorização de 20% em 2020.

São Martinho (SMTO3)
Lucro Líquido de R$ 116 milhões no 1T21 (safra 2020/21)

A São Martinho registrou um lucro líquido de R$ 115,7 milhões no 1T21 (ano safra 2020/21) com crescimento de 26,5% ante igual trimestre do ano anterior. Nesta base de comparação o Lucro Caixa somou R$ 148,0 milhões, 122,5% acima do lucro caixa de R$ 66,5 milhões do 1T20 (safra 2019/20).

No primeiro trimestre da safra 20/21, a companhia processou 10,0 milhões de toneladas de cana-de açúcar, representando um crescimento de 10,8% em relação ao volume processado no mesmo período da safra passada, reflexo do clima mais seco observado ao longo do 1T21. Dessa forma, a combinação do aumento da eficiência operacional no período e ATR médio superior em 6,9%, refletiram em um incremento de 18,5% no total de ATR produzido.

A Receita Líquida cresceu 35,8% entre os trimestres comparáveis para R$ 1,0 bilhão, principalmente por melhor preço médio de comercialização (+16,9%) e do maior volume de vendas de açúcar no período (+92,4%).

EBITDA ajustado totalizou R$ 491 milhões no 1T21 (+41,1%), com margem EBITDA ajustada de 48,0%. A melhora do indicador refletiu o melhor preço médio de comercialização (+16,9%) e o maior volume de vendas de açúcar no período (+92,4%);

Fluxo de Caixa Operacional totalizou R$ 299 milhões no 1T21, com crescimento de 78,9% em relação ao 1T20.

Ao final do 1T21 a dívida líquida da companhia era de R$ 2,9 bilhões equivalente a 1,5x o EBITDA, e se compara a R$ 2,6 bilhões (1,6x o EBITDA) do 1T20.


Vulcabras Azaleia (VULC3)
No 2T20, prejuízo líquido de R$ 75,4 milhões

A Vulcabras encerrou o 2T20 com prejuízo líquido de R$ 75,4 milhões contra um lucro líquido de R$ 30,0 milhões no 2T19. No 1S20, a perda foi de R$ 66,4 milhões. Mesmo com todas as medidas adotadas para contenção das despesas, o resultado do 2T20 foi duramente afetado, apresentando expressivo prejuízo líquido. A margem líquida na comparação dos semestres foi reduzida de 9,0% no 1S19 para menos 19,7% em 2020.

Houve queda nos volumes de venda e na receita líquida que no 2T20, somou R$ 98,7 milhões, redução de 69,8% em relação ao 2T19, e R$ 337,3 milhões no 6M20, queda de 46,2% em comparação ao apresentado no 6M19.

A ação VULC3 encerrou ontem cotada a R$ 5,27 com queda de 42,7% no ano.


Guararapes (GUAR3)
Prejuízo líquido de R$ 296,2 milhões no 2T20 contra um lucro de R$ 54,9 milhões no 2T19. No 1S20 a perda foi de R$ 343,8 milhões

Principais destaques:

Receita liquida – No 2T20, queda de 52,4% na receita liquida de R$ 1,86 bilhão para R$ 885,9 milhões. No 1S20, redução de 27,9% passando de R$ 3,48 bilhões para R$ 2,51 bilhões.

Resultado operacional (EBIT) antes do financeiro – No 2T20, prejuízo de R$ 418,9 milhões, contra um lucro de R$ 103,2 milhões no 2T19 e no 1S20 prejuízo de R$ 450,1 milhões ante um resultado positivo de R$ 161,1 milhões no 1S19.

Resultado líquido – Prejuízo de R$ 296,2 milhões no 2T20 e no 1S20 a perda foi de 343,8 milhões ante um lucro de R$ 84,1 milhões no 1S19.

Endividamento – A dívida líquida somou R$ 1,61 bilhão no final de junho (3,7 x o EBITDA 12M).  De uma dívida bruta de R$ 3,98 bilhões, a empresa tem vencimentos de curto prazo no montante de R$ 2,81 bilhões e sua posição de caixa é de R$ 2,37 bilhões.

A ação GUAR3 encerrou ontem cotada a R$ 17,83 com queda de 24,0% no ano.


Petrobras (PETR4)
Dois comunicados importantes

A empresa divulgou dois comunicados após o último pregão, sendo o primeiro acerca do pagamento de R$ 950 milhões para a Petros e o segundo sobre o início do processo de venda de um bloco exploratório na região do pré-sal.

· A Petrobras, no primeiro comunicado, informou que realizou o pagamento de R$ 950 milhões para a Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros). O pagamento visa o fim do litígio arbitral proposto pela Petros, visando obter da Petrobras o ressarcimento por alegados prejuízos relacionados ao investimento na Sete Brasil;

· No segundo comunicado, a Petrobras informou o início do processo de venda de toda sua participação (80%) na concessão do bloco BM-S-51, que está localizado no polígono do pré-sal da Bacia de Santos;

· Como sempre, o avanço do Programa de desinvestimentos da Petrobras é uma boa notícia. Estas vendas têm permitido a redução do endividamento e dos investimentos, com impactos positivos no fluxo de caixa da empresa.


Cosan S.A. (CSAN3)
Prejuízo líquido de R$ 174 milhões no 2T20 por conta do cenário de pandemia e o reflexo em suas operações

A Cosan S.A. registrou no 2T20 um prejuízo líquido de R$ 174,4 milhões, que se compara ao lucro líquido de R$ 418,3 milhões de igual trimestre de 2019, impactado pela queda do resultado operacional no cenário de pandemia e pelo efeito da desvalorização do Real na parcela não protegida do bônus perpétuo. Em base ajustada o prejuízo reduz-se a R$ 146 milhões.

Queda de receita e piora do resultado operacional no consolidado. A Cosan S.A. registrou no 2T20 uma Receita Líquida de R$ 11,8 bilhões, 33,1% inferior ao 2T19. Nesta base de comparação a companhia reportou um EBITDA ajustado proforma de R$ 518 milhões (-57%), reflexo dos impactos causados pela pandemia em suas operações.

A geração de caixa proforma alcançou R$ 1,1 bilhão, devido à maior captação de recursos na Comgás e Raízen, parcialmente compensada pelo menor caixa gerado pelas operações. A alavancagem proforma subiu para 2,4x, em função de menor geração de caixa e contribuição dos resultados operacionais.

Os investimentos no 2T20 somaram R$ 683 milhões, em linha com o 2T19 (R$ 659 milhões). A dívida líquida cresceu 16% em base anual para R$ 15,0 bilhões e a alavancagem subiu de 2,1x no 2T10 para 2,4x no 2T20.


Itaúsa S.A. (ITSA4)
Lucro Líquido recorrente de R$ 1,4 bilhão no 2T20

A Itaúsa registrou no 2T20 um Lucro Líquido de R$ 598 milhões, redução de 75% em relação ao mesmo período no ano anterior, impactado principalmente por efeitos não recorrentes e menor resultado do Itaú Unibanco. Em base recorrente o lucro líquido foi de R$ 1,4 bilhão, com queda de 41% em relação ao 2T19, explicado pela redução do resultado de equivalência patrimonial das companhias investidas, por conta de cenário de pandemia.

O resultado recorrente do Itaú Unibanco, por exemplo, reduziu 42% no período, reflexo de maior despesa com PDD relacionadas à piora do cenário macroeconômico.

No acumulando no 1S20 um lucro líquido recorrente da Itaúsa alcançou R$ 2,5 bilhões, com queda de 47% em relação a R$ 4,7 bilhões do 1S19. Nesta base de comparação o ROAE recorrente caiu de 17,8% para 9,4%.

De acordo com o comunicado “as empresas investidas, com o objetivo de mitigar os efeitos econômicos negativos da pandemia nas suas operações, têm atuado por meio de avanços nos canais digitais, na racionalização dos custos, em otimização de processos e ativos ou pela eliminação de complexidades e investimentos em tecnologia e automação de processos”.

Seguimos com recomendação de COMPRA para ITSA4 e Preço Justo de R$ 12,70/ação, equivalente a um potencial de alta de 22,6% ante a cotação de R$ 10,36/ação (valor de mercado de R$ 87,1 bilhões). Este ano a ação registra queda de 23,6%.


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Ibovespa registra alta de 0,65% aos 103.722 pontos

 

 


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