Ibovespa cai 0,84% e fecha em 122.988 pontos

Em movimento de realização Ibovespa fecha em forte baixa

MERCADO


Bolsa
O Ibovespa fechou em baixa de 1,22% a 100.553 pontos e giro financeiro mais fraco, que somou R$ 24,1 bilhões. Em movimento de realização, o mercado acompanhou as quedas das bolsas americanas, que repercutiram dados mistos de atividade, as tensões entre americanos e chineses e os novos casos de coronavírus no país com a Flórida reportando recorde de óbitos. No cenário doméstico, a questão política em torno da reforma tributária e o alinhamento entre o executivo e o legislativo tem refletido de forma positiva nas expectativas do mercado, com previsão de entrega pelo ministro Paulo Guedes ao Congresso, na terça-feira, dia 21. Na agenda hoje o IPC Fipe – Semanal até 15/julho em 0,33% abaixo da estimativa de 0,41%; e a 2ª prévia do IGP-M de julho em 2,02% acima do esperado (1,27%). Nos EUA destaque para os indicadores de Construção de casas novas de junho e Sentimento Universidade de Michigan de julho. Com exceção de Tókio demais bolsas na Ásia fecharam em alta. Na Europa demonstram um comportamento misto, com os investidores monitorando as negociações do pacote de estímulos na União Europeia. Futuros americanos operam em alta nesta manhã, em movimento de recuperação das quedas de ontem e analisando os resultados corporativos do 2º trimestre, que até o momento, em sua maioria, vieram acima das expectativas.

Câmbio
Em mais um dia de volatilidade, o dólar caiu 0,8% a R$ 5,3267, com o Real registrando desempenho destacado em relação às demais moedas no mundo.

Juros
Ontem os juros futuros encerraram a sessão regular com poucas alterações, com leve baixa nos vencimentos curtos e médios e leve alta nos mais longos. Ao final o DI para janeiro de 2021 era negociado a 2,055% (de 2,06% no ajuste anterior) e a taxa do DI para janeiro de 2022 fechou a 3,02% ante 3,05% no ajuste do dia anterior.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Tenda (TEND3)
Prévia operacional mostra crescimento de 20,1% nas vendas líquidas somando R$ 576,4 milhões

A Tenda, uma das principais construtoras e incorporadoras com foco em habitação popular no Brasil, divulgou sua prévia operacional do 2T20 com o lançamento de 14 empreendimentos no 2T20, com valor geral de vendas (VGV) de R$ 630,2 milhões, contra R$ 165,6 milhões no 1T20. Comparado ao 2T19, (R$ 592,3 milhões) o crescimento foi de 6,4% no VGV lançado. No 2T19 a companhia lançou 13 empreendimentos.

As vendas liquidas do 2T20 totalizaram R$ 576,4 milhões (+20,1% sobre os R$ 479,9 milhões do 2T19) e no 1S20 o aumento foi de 14,6% de R$ 886,9 milhões para R$ 1,02 bilhão.

Do lado negativo, os distratos seguem elevados, representando 16,4% das vendas brutas no 2T20 e 17,4% no acumulado do semestre.

Ontem a ação TEND3 encerrou cotada a R$ 34,14 com valorização de 13,4% no ano.

  • Valor de mercado: R$ 3,3 bilhões
  • Cotação/VPA: 2,43x
  • Lucro líquido no 1T20: R$ 17,6 milhões

 

Agenda: Os resultados do 2T20 serão divulgados no dia 06 de agosto


Moura Dubeux (MDNE3)
Prévia operacional do 2T20 muito afetada pela Covid-19

A Moura Dubeux Engenharia S.A. é a maior construtora e incorporadora no Nordeste com mais de 35 anos de atuação.  A empresa divulgou sua prévia operacional sem nenhum lançamento no período.

Em função da pandemia decorrente do COVID-19, o plano de lançamentos da Companhia para 2020, foi postergado e será reiniciado no 3T20, processo esse, iniciado no final de junho. O volume de Vendas e Adesões Brutas %MD (Vendas Brutas Contratadas e Valor total aderido a Condomínios.) registrado no 2T20 foi de R$ 92 milhões, 18,9% acima do 1T20. No semestre as Vendas e Adesões Brutas %MD foram de R$ 169 milhões, queda de 64,3%.

A ação teve o início das negociações na B3 no dia 12/02/2020 cotada a R$ 19,00. Ontem, a ação fechou a R$ 11,15 com queda de 41,3%.


EZtec (EZTC3)
Prévia do 2T20 sem lançamentos realizados, reflexo da pandemia

Por causa da pandemia da covid-19, a construtora Eztec não realizou novos lançamentos de empreendimentos no segundo trimestre de 2020. De acordo com a companhia, o período foi de “adaptação às circunstâncias impostas pela pandemia”. No mesmo período de 2019, os lançamentos haviam somado R$ 313 milhões em valor geral de vendas (VGV). No primeiro trimestre deste ano, chegaram a R$ 564 milhões.

No 2T20, as vendas líquidas caíram 66,9% em um ano, para R$ 123 milhões. Em relação ao trimestre anterior, quando as vendas foram de R$ 457 milhões, a baixa foi de 73,1%.

A ação EZTC3 encerrou ontem cotada a R$ 40,47 com queda de 21,3% no ano.


Ecorodovias (ECOR3)
Duas informações importantes

Durante o pregão de ontem, a empresa informou que tomou ciência da decisão da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo, que revogou a decisão recente de reconhecer um desequilíbrio econômico-financeiro no contrato da Ecovias.
• Na semana passada, a Artesp havia reconhecido a ocorrência de desequilíbrio econômico-financeiro no contrato da controlada Ecovias dos Imigrantes, referente ao recálculo dos valores de depreciação dos investimentos, cujo valor atualizado em junho de 2020 era de R$ 1,6 bilhão;
• Esta é uma má notícia para a Ecorodovias, que já impactou suas ações ontem por ter sido divulgada durante o pregão. A queda de ECOR3 ontem foi de 2,8%;
• O tráfego total comparável (sem Eco135 e Eco050) caiu 22,8% entre 16/março a 14/julho (início da quarentena até a última terça-feira), em relação a um período similar de 2019 (18/3 a 16/7). Na mesma base, o tráfego acumulado deste ano teve uma redução de 13,5% em relação ao mesmo período de 2019. Os dados sem as duas rodovias é o que permite melhor comparação, dado que estas concessões foram agregadas no início de 2019;
• Os números desta semana mostraram uma pequena melhoria em relação à divulgação anterior para o período pós-pandemia.


Enauta (ENAT3)
Redução das projeções e recuperação de créditos tributários

Após o pregão de ontem, a empresa informou sobre reduções nas suas projeções de produção e também sobre a recuperação de créditos fiscais derivados da inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições para o PIS/COFINS.
• No primeiro comunicado, a empresa informou as alterações em suas projeções de produção, considerando uma variação de 10% para mais ou menos. Para o Campo de Manati (gás) a produção deverá ficar na casa dos 2,3 milhões de m³ por dia em 2020. Em Atlanta, a produção deve atingir 23 mil barris de óleo por dia para 2020 e de 18 mil barris de óleo por dia para 2021;
• Estas reduções nas projeções de produção são negativas e impactam no valor da empresa;
• Por fim, a Enauta informou que obteve sentença favorável do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), para o ganho de créditos fiscais decorrentes do questionamento da inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições para o PIS e COFINS, considerando a restituição dos valores recolhidos a partir de 2011. Como ainda existem questões para serem resolvidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ainda não há clareza do valor a ser reconhecido, que pode variar entre R$ 62 milhões e R$ 90 milhões. A empresa vai reconhecer estes ganhos nas demonstrações do 2T20;
• Esta é uma notícia positiva, ainda sem efeito caixa, mas que vai beneficiar o resultado do 2T20.


CSN (CSNA3)
Nova operação de pré-pagamento com a Glencore

A empresa informou na noite de ontem, que assinou com a trading suíça Glencore International AG um novo contrato de pré-pagamento de minério no valor de US$ 115 milhões (R$ 616 milhões).
• Este contrato envolve a venda de4 milhões de toneladas de minério de ferro, aproximadamente, em até cinco anos;
• Estas operações têm sido usadas habitualmente pela CSN para o adiantamento de valores a receber, o que favorece a liquidez.


Multiplan (MULT3)
Aprovação da 9ª emissão de debentures no valor de R$ 200 milhões

O conselho de administração da Multiplan aprovou ontem (16/07) a 9ª emissão de debêntures da administradora de shopping centers, no valor de R$ 200 milhões. No último dia 2, a empresa já havia informado sobre a 8a emissão de debêntures também no valor de R$ 200 milhões.

Serão emitidas 200 mil debêntures na atual operação, com valor unitário de R$ 1 mil, em série única.

O prazo de vencimento será de cinco anos, contados a partir da data da emissão, ou seja, em 16 de julho de 2025.

O valor das debêntures será amortizado em três parcelas iguais, anuais e sucessivas, entre 2023 e 2025.


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