MERCADO
Bolsa
O Ibovespa segue mostrando apetite dos investidores encerrando ontem com alta de 2,05% aos 99.770 pontos e giro financeiro de R$ 26,6 bilhões (R$ 24,3 bilhões à vista). Ontem a B3 descolou das bolsas internacionais com melhor desempenho. Nas bolsas de NY destaque para a Nasdaq (+1,44%) que segue puxando a fila dos índices americanos. Hoje as bolsas internacionais mostram alta nesta manhã na Europa e positivas no fechamento da Ásia. O dia tem agenda econômica fraca com dados apenas dos EUA, com destaque para novos pedidos de seguro desemprego na semana e nível de conforto do consumidor. No Japão, seguem as preocupações com o aumento das contaminações e nos EUA, os números diários ultrapassam de 60 mil, sobretudo no estado do Texas, enquanto o presidente Donald Trump mantém a decisão de caminhar para a abertura da economia.
Câmbio
Após dois dias de alta, a moeda americana teve queda de 0,79% de R$ 5,3821 para R$ 5,3396.
Juros
Ontem os juros futuros voltaram a subir nos vencimentos de curto, médio e longo prazos, com a percepção de uma Selic estável na próxima reunião. A melhora em alguns indicadores divulgados para a economia sustentam esta hipótese. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 fechou com taxa de 3,08%, ante 2,952% na terça-feira e para jan/27 a taxa subiu de 6,513% para 6,48%.
ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS
IRB-Brasil Resseguros S.A. (IRBR3)
Conselho aprova aumento de capital de até R$ 2,3 bilhões
O Conselho de Administração da companhia, reunido em 8 de julho, aprovou o aumento do capital social de, no mínimo, R$ 2,1 bilhões e, no máximo, R$ 2,3 bilhões, mediante a emissão de ações ordinárias, para subscrição privada, dentro do limite do capital autorizado.
Ontem (8/julho) a ação IRBR3 fechou cotada a R$ 9,32/ação. Considerando o preço de subscrição de R$ 6,93/ação, eventual pressão vendedora não está descartada.
Conforme destacado no comunicado “a Bradesco Seguros S.A. e o Itaú Seguros S.A. (considerados “Investidores Âncora”) comprometeram-se a, no mínimo, acompanhar o Aumento de Capital em suas participações proporcionais no capital da companhia, de 15,4% e 11,3%, respectivamente, com investimento total de, no mínimo, R$ 355.055.937,39 e R$ 259.727.488,02 via subscrição e integralização de ações decorrentes do exercício de seus direitos de subscrição”. Os Investidores Âncora consideram, ainda, subscrever ações eventualmente não subscritas durante o período de subscrição (“Sobras”) para que a companhia tenha garantia de receber recursos equivalentes ao montante mínimo do Aumento de Capital.
Principais características da emissão
O aumento do capital social será de, no mínimo, R$ 2,1 bilhões e, no máximo, R$ 2,3 bilhões, mediante a emissão de ações ordinárias, para subscrição privada.
Serão emitidas, no mínimo, 303.030.304 ações e, no máximo, 331.890.331 ações.
O preço de emissão será R$ 6,93 por ação.
Será admitida a subscrição parcial e a consequente homologação parcial do Aumento de Capital caso seja verificada a subscrição de novas ações correspondentes à Quantidade Mínima de ações e ao valor mínimo do Aumento de Capital.
· Os acionistas terão direito de preferência para subscrever ações na proporção de 0,35938828 nova ação ordinária para cada 1 (uma) ação de que forem titulares no fechamento do pregão da B3 do dia 13 de julho de 2020 (“Data de Corte”), próxima segunda-feira.
· As ações de emissão da companhia adquiridas a partir do dia 14 de julho de 2020 (inclusive) não farão jus ao direito de preferência pelo acionista adquirente, sendo negociadas ex-direitos de subscrição.
· O prazo de exercício do direito de preferência para subscrição de ações terá início em 14 de julho de 2020 (inclusive) e término em 12 de agosto de 2020 (inclusive).
Eternit (ETER3)
Atingimento de participação acionária relevante
Em Recuperação Judicial (B3: ETER3) comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral que que o acionista da Companhia D+1 Fundo de Investimentos em Ações, gerido por Mundinvest S.A. Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários atingiu a participação de aproximadamente 20,88% do capital social da Companhia mediante a subscrição de ações, conforme Aumento de Capital homologado em 07 de julho de 2020.
Ontem a ação ETER3 valorizou 17,0% fechando cotada a R$ 4,34. Repercutiu positivamente na ação a notícia passada ontem no nosso boletim, de autorização de exportação do estoque de minério acumulado na mineradora SAMA em Goiás.
Azul (AZUL4)
Venda de participação de 6% na TAP por R$ 65 milhões
A companhia aérea Azul informou nesta quarta-feira que vendeu a participação indireta de 6% que detinha na aérea portuguesa TAP, para o governo de Portugal. O valor fechado foi de R$ 65 milhões.
No acordo, a TAP abriu mão do direito de conversão dos bônus seniores detidos pela companhia no valor de € 90 milhões, com vencimento em 2026. De acordo com a empresa, todas as demais condições contratuais dos bônus seniores serão mantidas, incluindo o status de credor sênior, taxa de juros anual de 7,5% e o direito à constituição das garantias previstas nos respectivos termos e condições, como o programa de fidelidade da TAP. O valor de face mais juros acumulados do título é de aproximadamente R$ 729 milhões.
A transação está sujeita às aprovações corporativas exigidas pela Azul, inclusive dos acionistas em assembleia geral extraordinária.
A Azul espera garantir a continuidade das operações da TAP com a ajuda do governo de Portugal. Ontem a ação AZUL4 encerrou cotada a R$ 21,53 com queda 63,1% no ano.
Setor Aéreo
Latam Brasil pede recuperação judicial do grupo os EUA
A companhia aérea Latam Brasil entrou em recuperação judicial (chapter 11) nesta quinta-feira, 9, nos Estados Unidos. O grupo Latam e suas afiliadas no Chile, no Peru, na Colômbia, no Equador e nos Estados Unidos já haviam pedido a proteção contra credores em Nova York em 26 de maio, mas a unidade brasileira havia ficado de fora.
CVC (CVCB3)
Rebaixamento de rating pela Standard & Poor’s (S&P)
A CVC informou ontem (08/07) que a agência de rating Standard & Poor’s (S&P) atribuiu à companhia classificação brCCC-, com perspectiva negativa. A nova nota representa um rebaixamento em relação à classificação anterior, brBBB-.
De acordo com a S&P, a CVC possui “consideráveis dívidas”, cujo prazo de vencimento está próximo: R$ 600 milhões em novembro de 2020 e R$ 100 milhões em março de 2021. Ontem a ação CVCB3 encerrou cotada a R$ 19,05 com queda de 56,5% no ano.
IRB-Brasil Resseguros S.A. (IRBR3)
Conselho aprova aumento de capital de até R$ 2,3 bilhões
O Conselho de Administração da companhia, reunido em 8 de julho, aprovou o aumento do capital social de, no mínimo, R$ 2,1 bilhões e, no máximo, R$ 2,3 bilhões, mediante a emissão de ações ordinárias, para subscrição privada, dentro do limite do capital autorizado.
Ontem (8/julho) a ação IRBR3 fechou cotada a R$ 9,32/ação. Considerando o preço de subscrição de R$ 6,93/ação, eventual pressão vendedora não está descartada.
Conforme destacado no comunicado “a Bradesco Seguros S.A. e o Itaú Seguros S.A. (considerados “Investidores Âncora”) comprometeram-se a, no mínimo, acompanhar o Aumento de Capital em suas participações proporcionais no capital da companhia, de 15,4% e 11,3%, respectivamente, com investimento total de, no mínimo, R$ 355.055.937,39 e R$ 259.727.488,02 via subscrição e integralização de ações decorrentes do exercício de seus direitos de subscrição”. Os Investidores Âncora consideram, ainda, subscrever ações eventualmente não subscritas durante o período de subscrição (“Sobras”) para que a companhia tenha garantia de receber recursos equivalentes ao montante mínimo do Aumento de Capital.
Principais características da emissão
O aumento do capital social será de, no mínimo, R$ 2,1 bilhões e, no máximo, R$ 2,3 bilhões, mediante a emissão de ações ordinárias, para subscrição privada.
Serão emitidas, no mínimo, 303.030.304 ações e, no máximo, 331.890.331 ações.
O preço de emissão será R$ 6,93 por ação.
Será admitida a subscrição parcial e a consequente homologação parcial do Aumento de Capital caso seja verificada a subscrição de novas ações correspondentes à Quantidade Mínima de ações e ao valor mínimo do Aumento de Capital.
· Os acionistas terão direito de preferência para subscrever ações na proporção de 0,35938828 nova ação ordinária para cada 1 (uma) ação de que forem titulares no fechamento do pregão da B3 do dia 13 de julho de 2020 (“Data de Corte”), próxima segunda-feira.
· As ações de emissão da companhia adquiridas a partir do dia 14 de julho de 2020 (inclusive) não farão jus ao direito de preferência pelo acionista adquirente, sendo negociadas ex-direitos de subscrição.
· O prazo de exercício do direito de preferência para subscrição de ações terá início em 14 de julho de 2020 (inclusive) e término em 12 de agosto de 2020 (inclusive).
Ecorodovias (ECOR3)
Emissão de R$ 1 bilhão em debêntures
Na noite de ontem, a empresa informou que seu Conselho de Administração aprovou a 10ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor total de R$ 1 bilhão.
• As debêntures pagarão juros de 100% da Taxa DI, acrescido da sobretaxa de 3,5% ao ano. O prazo dos títulos é de trinta e seis meses com vencimento em 13 de julho de 2023. Os recursos serão usados para o pagamento de dívidas, investimentos e reforço do caixa;
• Ao final do 1T20, a Ecorodovias tinha uma dívida bruta elevada (R$ 8,9 bilhões), sendo que R$ 3,4 bilhões venciam no restante do ano. Porém, no 2T20 a empresa captou R$ 1,5 bilhão, reduzindo os vencimentos em 2020 para R$ 1,8 bilhão (queda de 45,9%).
Braskem (BRKM5)
Rebaixamento da nota de crédito pela S&P
A agência de classificação de crédito S&P Global Ratings rebaixou ontem a nota da empresa na escala global de “BBB’- para ‘BB+’ com perspectiva estável. A agência colocou como razão para o rebaixamento a alavancagem elevada da Braskem, com perspectivas de permanecer assim por um longo tempo.
• Ainda segundo a S&P, a pandemia levou ao aumento dos riscos de deterioração dos fundamentos do setor. Com isso, a Braskem terá redução na rentabilidade e dificuldade para reduzir seu endividamento. A agência espera que a relação dívida líquida/EBITDA da Braskem fique entre 3,5x-4,5x no final de 2020 e na faixa 3,0x-4,0x em 2021;
• Esta notícia é negativa para a Braskem, que já tinha sofrido um rebaixamento similar da Fitch na semana passada;
• A dívida líquida da empresa (sem considerar a Braskem Idesa) ao final do 1T20 era de US$ 5,9 bilhões (R$ 30,7 bilhões), 11,7% maior que no 1T19 e 10,0% acima do 4T19. A relação dívida líquida/EBITDA em março/2020 era de 5,8x, sendo que este número foi de 4,7x no trimestre anterior e 2,6x no 1T19.
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