Surpresas e não surpresas

No detalhe econômico a ficha cai; em outras nem é necessário

O payroll de maio trouxe a criação de 2,5 milhões de empregos, quando se esperava destruição de 8 milhões. Muito bom se isso não estivesse amparado pelo Payroll Protection Program, que protegerá o emprego americano até setembro, permitindo a sustentabilidade da performance. A taxa de desemprego que se esperava de 19,5% veio a 13,3% em maio, de 14,7% em abril. Há também o risco de o Congresso americano não estender os benefícios de desemprego, que vencem em 31 de julho.

No início a percepção essencial era de que quem soubesse lidar com a pandemia teria a chave da velocidade reativa da economia. Para isso seria preciso priorizar e focar em iniciativas envolvendo os Bancos Centrais, diretrizes políticas únicas, pacotes de estímulos às empresas, trabalhadores e consumidores e orientações à população, de forma que o processo resultasse rapidez e as medidas de isolamento social ou lockdown evitassem o colapso do sistema de saúde, permitindo agilidade na reabertura das atividades.

O payroll americano é parte disso e a maioria dos países vem obtendo sucesso na sua estratégia de combate à pandemia, com curvas descendentes. Contudo, será necessária a continuidade de novos estímulos econômicos, já que os efeitos catastróficos na produção, consumo, emprego e renda serão conhecidos no 2º trimestre de 2020 (2T20). Na União Europeia o pacote de recursos de US$ 849,3 bilhões para um plano de recuperação superou as expectativas. O Japão também anunciou US$ 1,073 trilhão, dos quais 25% serão gastos diretos. Na Alemanha um novo pacote de estímulos de US$ 90,6 bilhões está seno negociado.

Surpresas e não surpresas

 

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Economista – Ricardo Tadeu Martins, Corecon-SP 21.394-2, OEB 9.640.
Fontes deste relatório: FIESP, CONAB, Valor Econômico, Valor Data, Estadão, Folha, O Globo, IBGE, FGV, BCB, Pesquisa Focus, Economática, Atique & Mello Advogados, BMA Review, além das citadas no texto.

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