Bolsa acumula alta de 8,3% na semana com otimismo nos mercados

MERCADO


Bolsa
A primeira semana de junho foi bastante positiva para a bolsa, com o Ibovespa marcando alta de 8,3% acumulando seis pregões positivos. Na sexta-feira a alta foi de 0,86% aos 94.637 pontos. Foram várias as motivações para a recuperação da bolsas internacionais e no Brasil: reabertura das economias, aceleração nos testes para vacina contra a Covid-19, redução da tensão política doméstica, alta nos preços das commodities e compras por parte de estrangeiros após longo período saindo do mercado. O final de semana foi marcado por manifestações de ruas a favor e contra o governo federal, o que somado a uma pauta de votações importantes em Brasília, pode trazer de volta a volatilidade à B3. Por outro lado, começa uma nova onda de otimismo na B3, como se os problemas tivessem ficado para trás. Hoje a agenda econômica traz IPCS-S com queda de 0,36% e o Boletim Focus. Nos EUA, segue a tensão política por “racismo”, mas os mercados seguem acreditando na rápida recuperação da atividade econômica.

Câmbio
O bom momento e o otimismo nas bolsas, trouxe o dólar para R$ 4,9609 na sexta-feira de R$ 5,1184, queda de 3,08%, ficando abaixo de R$ 5 pela primeira vez desde 26/03. Na semana a queda da moeda americana foi de 7,05%.

Juros
Os juros futuros voltaram subir, mas sem preocupações. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 passou de 3,01% para 3,07% e para jan/27 a taxa fechou em 6,77% contra 6,71% no dia anterior.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Banco do Brasil (BBAS3)
BB adquire R$ 1,34 bilhão em operações de crédito da BV Financeira

A BV Financeira fechou uma cessão de direitos creditórios (com coobrigação) com o Banco do Brasil, por R$ 1,34 bilhão.

O acordo prevê o pagamento dos vencimentos das operações cedidas, independentemente de inadimplência e recompra de operações liquidadas antecipadamente, inadimplentes ou que seja objeto de falhas de contratação.

Os procedimentos e medidas adotadas seguem os padrões do mercado de cessões de créditos, sendo formalizadas por intermédio de contratos de cessões de direitos creditórios e validadas e liquidadas na C3 a preço de mercado.


Sul América S.A. (SULA11)
Aquisição da Paraná Clínica por R$ 385 milhões

A Sul América S.A. através da sua controlada indireta Sul América Companhia de Seguro Saúde assinou na sexta-feira (5/junho) com o grupo Rede D’Or São Luiz, contrato para aquisição da Paraná Clínicas – Planos de Saúde S.A., empresa com sede na cidade de Curitiba, pelo preço base de R$ 385 milhões.

Fundada em 1998, a Paraná Clínicas é a 5ª maior operadora de planos de saúde do estado do Paraná, com mais de 90 mil beneficiários e centros clínicos que suportam sua operação, assim como o credenciamento do Hospital Santa Cruz. Em 2019, de acordo com dados da ANS, a Paraná Clínicas registrou receitas que totalizaram aproximadamente R$ 200 milhões.

A conclusão da Transação está condicionada ao cumprimento de determinadas condições precedentes usuais, conforme previstas no respectivo contrato, incluindo a aprovação prévia dos órgãos reguladores competentes. A compra não depende de aprovação em assembleia de acionistas e não ensejará direito de recesso aos acionistas da companhia.


CPFL Energias Renováveis S.A. (CPRE3)
Preço da OPA é de R$ 18,24/ação

A CPFL Renováveis recebeu, na sexta-feira (5/junho), das suas acionistas controladoras diretas, CPFL Energia S.A. (CPFE3) e CPFL Geração de Energia S.A. correspondência comunicando que o preço de aquisição definitivo para o Leilão da OPA, é de R$ 18,24 por ação ordinária, a ser pago integralmente à vista na Data de Liquidação.

Esse preço suporta a oferta pública de aquisição das ações ordinárias de emissão da CPFL Energias Renováveis S.A. em circulação no mercado, unificando as modalidades para fins de conversão de seu registro de companhia aberta categoria “A” para categoria “B” (“OPA Conversão de Registro”) e saída do Novo Mercado “OPA Saída do Novo Mercado”.


CCR (CCRO3)
Números melhores de tráfego e mobilidade

A empresa divulgou seus dados operacionais até o dia 4 de junho (última quinta-feira), que mostraram uma boa melhoria no tráfego das concessões rodoviárias e no segmento de mobilidade.

· Os dados de tráfego consolidado da CCR (sem a ViaSul) entre os dias 29 de maio e 4 de junho, comparados ao mesmo período de 2019, tiveram uma redução de 9,5%. Este número foi bem melhor que na semana anterior, quando houve uma queda de 21,5%;

· O levantamento parcial da quarentena em São Paulo, já melhorou os números de mobilidade. Neste segmento, a queda na semana de 29 de maio e 4 de junho alcançou 72,5%, enquanto no período anterior foi de 76,4%.


Vale (VALE5)
Suspensão das atividades no Complexo de Itabira

A empresa informou que paralisou na última sexta-feira as atividades no Complexo Minerário de Itabira, composto pelas minas de Conceição, Cauê e Periquito. Esta paralisação atendeu a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, visando que sejam implementadas medidas de controle para proteção à Covid-19 determinadas por auditores fiscais do trabalho.

· Segundo a Vale, o volume produzido pelo Complexo de Itabira é de 2,7 milhões de toneladas ao ano de minério, mas sua parada não deve impactar o guidance de produção para 2020 (310 a 330 milhões de t.). Porém, poderá ocorrer desabastecimento de pelotas para o mercado interno, dado que Itabira produz a matéria-prima (pellet feed) para as pelotizadoras de Tubarão;

· Acreditamos que este fechamento é apenas marginalmente negativo, dado que a produção anual não deve ser afetada. Acerca da falta de pelotas no mercado interno, isso não deve ser importante, dado que as siderúrgicas mantêm estoques e as vendas do produto vem caindo muito (40,6% no 1T20 e 31,4% durante o 4T19 em relação ao mesmo período dos anos anteriores).


Indústria automobilística
Produção caiu 84,4% em maio

A produção de veículos no Brasil em maio de 2020 somou 43,1 mil unidades, volume 84,4% menor que em igual mês de 2019, segundo os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

· O fraco volume produzido reflete os fechamentos de montadoras, dentro das medidas de combate à pandemia de Covid-19, além das dificuldades de exportação. Importante notar que o número de maio, apesar de ainda muito baixo, foi 23 vezes maior que a produção em abril;

· Os licenciamentos (vendas) de veículos novos nacionais em maio/20 foram de 62,2 mil unidades, quantidade 74,7% menor que em 2019. No acumulado cinco primeiros meses de 2020, o volume de vendas mostra uma redução de 37,7%. Comparado a abril/20, houve um crescimento de 11,6% nas vendas.


 

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