Ibovespa cai 0,84% e fecha em 122.988 pontos

Ibovespa abre a semana com ganho de 3,86%

MERCADO


Bolsa
Apesar do momento político agitado, a bolsa teve um dia bastante positivo com o Ibovespa subindo 3,86%, aos 78.239 pontos, ameninando a baixa da sexta-feira. Com tudo isto acontecendo, o mês de abril segue positivo com o índice acumulando ganho de 7,15%, mas ainda negativo em 32,35% no ano. Hoje a agenda econômica traz o IPCA 15, empréstimos pendentes e taxa de inadimplência. Nos EUA, saem os dados do setor de varejo em março e os indicadores de confiança do consumidor em abril. A bolsas internacionais sobem nesta terça-feira em dia de nova queda forte no petróleo (WTI). A bolsa brasileira tem espaço para seguir em recuperação com um certo alivio ontem, sobre rumores da saída de Paulo Guedes da economia.

Câmbio
A moeda americana segue pressionando do real com alta de 1,19% no fechamento de ontem, de R$ 5,5860 para R$ 5,6525. O Banco Central atuou com a venda de US$ 2,1 bilhões no mercado, mas no mercado futuro a alta foi mais expressiva. O risco Brasil tem ditado o rumo do dólar.

Juros
O mercado de juros voltou a refletir o maior grau de incertezas na economia. Ontem as taxas oscilaram para baixa para depois fechar em alta. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/21, fechou em 3,200%, de 3,117% na sexta-feira, e a do DI para jan/27 subiu de 8,593% para 8,46%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Santander Brasil (SANB11)
Bom resultado no 1T20 acima do esperado

O Banco Santander (Brasil) registrou no 1T20 um lucro líquido gerencial, de R$ 3,85 bilhões (ROAE de 22,3%), com crescimento de 3% em base trimestral e de 11% ante os R$ 3,49 bilhões do 1T19 (ROAE de 21,1%), um resultado acima do esperado impactado positivamente pelo crescimento de 10% da Margem Financeira Líquida, impactada pelo aumento de PDD e por incremento na margem com clientes, resultado de maiores volumes e mix. Do lado negativo, em base de 12 meses, destaque para a redução de 1% das receitas de serviços; para o crescimento de 19% das Despesas com PDD; e o incremento de 3,7% das despesas gerais (pessoal/administrativas).

O Conselho de Administração do Santander aprovou, em reunião realizada ontem (27/abril), o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor bruto de R$ 890,0 milhões, o equivalente a R$ 0,23879718974 por unit. O pagamento será feito com base na posição acionária de 7 de maio e, a partir do dia 8 de maio, as ações serão negociadas “ex” juros. O crédito aos acionistas será realizado em 26 de junho. O retorno líquido estimado é de 0,83%.

A inadimplência se manteve controlada, com leve acréscimo em base trimestral, passando de 2,9% no 4T19 para 3,0% no 1T20 influenciado pela alta no segmento de pessoa jurídica. Ao final de mar/20 o índice de cobertura era de 194% abaixo de 208% em dez/19 e a inadimplência acima de 60 dias de 3,6% abaixo de 3,7% no 4T19. O índice de eficiência terminou o 1T20 em 37,2% melhor que 39,0% do 1T19. A carteira de crédito ampliada cresceu 7% no trimestre e 20% em 12 meses para R$ 463,4 bilhões. O patrimônio líquido era de R$ 70,0 bilhões para um índice de Basileia de 13,8%.


Petrobras (PETR4)
Bons números de produção e vendas no 1T20 mais o avanço em um processo de desinvestimentos

Após o pregão de ontem, a empresa divulgou seu Relatório de Produção e Vendas do 1T20 com bons números, refletindo muito pouco os impactos da pandemia de Covid-19. O volume produzido no trimestre mostrou um substancial aumento, em consequência do crescimento na produção nos sistemas instalados recentemente. Em vendas, o volume total cresceu bem, puxado pelas exportações, dado que o mercado interno continuou fraco.

Os números de produção da Petrobras no 1T20 foram muito positivos. A produção total apresentou um crescimento de 14,6%, sempre comparando ao 1T19. Este forte incremento decorreu do ramp up dos sete sistemas de produção que iniciaram suas operações nos anos de 2018 e 2019;
O crescimento nas vendas totais da Petrobras no 1T20 (5,9%) ocorreu então pelo salto das exportações de 55,3%, já refletindo os esforços de compensar a redução na demanda interna por derivados;
A empresa também informou ontem, que atingiu a fase vinculante do processo de venda, por sua subsidiária integral Petrobras Biocombustível S.A. (PBio), das ações de emissão da BSBios Indústria e Comércio de Biodiesel Sul Brasil S/A (BSBios).


Neoenergia (NEOE3)
Bom resultado do 1T20 reflexo da melhora operacional

A companhia registrou no 1T20 um lucro líquido de R$ 577 milhões, com crescimento de 17% em relação ao lucro de R$ 492 milhões de igual trimestre de ano anterior, reflexo de um melhor resultado operacional que compensou um pior resultado financeiro.

A Receita Operacional Líquida caiu 2,0% entre os trimestres comparáveis somando R$ 6.778 milhões, explicado principalmente pela estabilidade da energia total distribuída. A Margem Bruta registrou alta de 11% para R$ 2.390 milhões. Despesas Operacionais foram de R$ 754 milhões no 1T20, com queda de 2,0% em relação ao 1T19, absorvendo tanto a inflação quanto o crescimento da base de clientes das distribuidoras. Nesse contexto o EBITDA do 1T20 alcançou R$ 1.525milhões, 14% superior a R$ 1.337 milhões do 1T19;

Capex de R$ 964,5 milhões no 1T20. Ao final de mar/20 a dívida líquida da companhia era de R$ 17,61 bilhões representativa de 2,98x o EBITDA e se compara a 3,0x em dez/19, mostrando uma alavancagem estável mesmo com o incremento de 4% da dívida bruta, em base trimestral.


Totvs (TOTS3)
Aprovação de desdobramento de 1 para 3 ações. Ex em 04 de maio

A Totvs anunciou, em fato relevante a aprovação para o desdobramento das ações ordinárias da companhia na proporção de um para três.

As ações de passarão a ser negociadas “ex” desdobramento a partir do dia 4 de maio, levando em consideração a posição acionária de 30 de abril.

As ações resultantes da operação serão creditadas em 6 de maio.

A base acionária da Companhia passará de 192.637.727 para 577.913.181.

O desdobramento não representa aumento de capital social da empresa e serão mantidos os mesmos direitos da ação original, como pagamento de dividendos.

Ontem a ação TOTS3 encerrou cotada a R$ 58,44 com alta de 10,1%.


Carrefour Brasil (CRFB3) 
Crescimento de 12,5% nas vendas consolidadas do 1T20

As vendas consolidadas do Grupo Carrefour Brasil atingiram R$15,9 bilhões no 1T20, crescimento de 12,5% (com gasolina) em comparação ao mesmo período de 2019.

O Atacadão encerrou o período com faturamento de R$ 10,8 bilhões, crescimento de 13,6% sobre o 1T19. O bom desempenho veio de 6,0% do resultado da expansão e 7% LfL, refletindo o sólido posicionamento em produtos de cesta básica com melhor custo-benefício tanto para o consumidor final que estocou alimentos, quanto para o B2B, com destaque para as redes de mercados de bairro, que também contribui para a redução dos deslocamentos.

Bom desempenho também no Carrefour Varejo.

GMV Alimentar: avançou 235%, incluindo o serviço de entrega rápida, que foi amplamente impulsionado pela expansão das side stores (12 aberturas em 2019) e pelos novos hábitos causados pela pandemia do COVID-19.

Banco Carrefour: crescimento de 26,4% no faturamento no 1T, com a carteira de crédito registrando aumento de 34,4%, paraR$11,9 bilhões.
E-commerce – O e-commerce se tornou um dos canais de vendas mais populares no atual cenário e se beneficiou com ganhos de escala na recém lançada operação de alimentos, que registrou forte expansão nas vendas. As vendas via e-commerce representaram 23% das vendas totais do varejo não-alimentar. O marketplacerepresentou~23%do GMV total.

A empresa divulgará seus resultados do 1T20 em 11 de maio.

Ontem a ação CRFB3 encerrou cotada a R$ 20,13 com queda de 13,8% no ano.


Banco Inter (BIDI11) 
Antecipação de recebíveis de cartão de crédito para varejistas de shoppings

O Banco Inter anunciou que vai destinar R$ 250 milhões a correntistas pessoas jurídicas que queiram antecipar recebíveis relacionados a vendas no cartão de crédito, sem custo. Esta linha é valida para clientes com empresas abertas há pelo menos um ano, para vendas com prazo de até 90 dias. Prazos maiores pagarão taxa de 1% ao mês, por até 36 meses.

O banco também anunciou uma parceria com a BRMalls (BRML3) para oferta de uma linha de crédito de até R$ 300 milhões para pequenos e médios varejistas que atuam em todos os 26 shoppings administrados pela empresa. As linhas de crédito terão prazos que variam de seis meses a 20 anos, com taxa de juros a partir de 1% ao mês, e não haverá cobrança de IOF para os contratos fechados entre abril e maio. Como garantia da operação, os empresários poderão usar imóveis comerciais ou residenciais, ainda financiados ou quitados.


Copasa (CSMG3)
Novas medidas para minimizar os impactos ocasionados pela pandemia do coronavírus

Em comunicado ao mercado ontem (27/abril) a Copasa decidiu, com anuência da Arsae-MG, definir novos prazos para suspensão do abastecimento e estabelecer novas condições para renegociação de débitos, com o objetivo de garantir a melhor prestação do serviço e minimizar os impactos à população ocasionados pela pandemia do coronavírus (Covid-19).

De acordo com o comunicado, “tais medidas visam viabilizar que os cerca de 31 mil clientes de imóveis residenciais, industriais, comerciais e públicos, que estão inadimplentes com a Copasa, referentes a faturas dos últimos meses de 2019 até o início da pandemia, possam restabelecer rapidamente o fornecimento de água”.

A empresa destaca ainda que “os prazos de financiamento foram ampliados de 24 para 36 meses; a entrada caiu de 20% para 5% ou a média dos últimos 12 meses (o que for menor); e os juros foram reduzidos de 1% para 0,5% ao mês”.


Boletim Focus
Para 2020 a mediana das expectativas aponta para redução da inflação e do PIB e estabilidade da Meta Selic e do câmbio

Dentre as alterações contidas no Boletim Focus divulgado na segunda-feira (27) referente a 24 de abril, destaque em 2020 para a redução do IPCA (7ª consecutiva) e do PIB (11ª consecutiva), e a manutenção da Selic e do câmbio. Tomando por base 2021 ressalte-se a redução da expectativa para o PIB e a Selic, estabilidade da inflação medida pelo IPCA e alta do câmbio (6ª consecutiva).

Destaques do Boletim Focus para 2020:

IPCA: 2,20%;

IPCA (atualização dos últimos 5 dias): 2,10%;

PIB: -3,34%;

Taxa de câmbio: R$ 4,80

Meta Selic: 3,00%


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Ibovespa abre a semana com ganho de 3,86%

 

 

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