Ibovespa cai 0,84% e fecha em 122.988 pontos

A desaceleração na curva de contágio anima as bolsas

MERCADO


Bolsa
O Ibovespa registrou mais um dia de alta (3,09%) aos 76.358 pontos e giro elevado de R$ 26,7 bilhões. A bolsa segue mais sensível ao noticiário externo e comportamento dos preços do petróleo. Os preços descontados e os novos com a desaceleração na curva de contágio, começam a mudar o sentimento de investidores enxergando oportunidades de médio prazo. Hoje, a agenda econômica traz a inflação pelo IPC-S com alta de 0,38% e a 1ª prévia do IGP-M de abril com 1,05% e nos EUA, poucos indicadores, ficando as atenções voltadas para os números do coronavírus e para o mercado de petróleo. Nesta quarta-feira, as bolsas internacionais voltam a cair na Ásia e na zona do euro com novo repique de casos fatais pelo vírus nos EUA, Itália, Espanha, Reino Unido e Bélgica, tudo isso no momento em que já se prepara para a retomada das atividades. Os últimos dados podem voltar a pesar também do lado doméstico, onde seguem as preocupações em relação a pós quarentena.

Câmbio
A moeda americana voltou a ceder ontem, (1,10%) de R$ 5,2821 para R$ 5,2241, com a melhora do humor dos investidores em relação à bolsa, mas as estatísticas mostram que não houve alivio firme nas contaminações e número de mortes, o que pode trazer mais volatilidade aos mercados.

Juros
Em dia mais calmo nos mercados de bolsa e câmbio, os juros futuros voltaram a ceder com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/22 fechando em 3,210%, de 3,273% na segunda-feira. O DI para jan/27 passou de 7,843% para 7,74%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

 Magazine Luiza (MGLU3)
Medidas importantes para enfrentar a crise atual

O Magalu comunicou ao mercado medidas importantes para enfrentar a crise provocada pela pandemia do Covid-19 focada a manutenção da liquidez, proteção de seus pessoal e corte de salários na alta administração. Ontem a ação MGLU3 encerrou cotada a R$ 40,09 com queda de 15,95 neste ano. (Leia no Boletim)

Comgás (CGAS5)
Conselho aprovou a emissão de notas promissórias de R$ 500 milhões e suspendeu guidance para 2020

O conselho de administração da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) aprovou a 5ª emissão de notas promissórias comerciais da companhia, no valor total de R$ 500 milhões, em série única. Os papéis terão prazo de 365 dias, com remuneração composta por 100% da taxa DI mais um prêmio de 3,40% ao ano. Os recursos líquidos captados serão utilizados para reforço de caixa e outros fins especificamente destinados para atender aos negócios de gestão ordinária da companhia.

A companhia suspendeu suas projeções financeiras para 2020 (Guidance) tendo em vista a evolução e os impactos gerados pela pandemia do Coronavírus (Covid-19) e o atual contexto de incertezas, em que os cenários mudam rapidamente a cada dia.


Banco do Brasil (BBAS3)
BB limita distribuição de proventos ao mínimo obrigatório

O Banco do Brasil decidiu limitar os dividendos aos acionistas ao limite mínimo obrigatório previsto no estatuto social, de 25% do lucro líquido ajustado. A resolução segue medida anunciada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para manter a liquidez do sistema financeiro durante a crise provocada pela pandemia de coronavírus.

De acordo com o comunicado, “a medida não implica na redução ou suspensão dos juros dos títulos de dívida emitidos pela instituição e que podem ser incluídos no Nível I de capital”.


CPFL Energia (CPFE3)
Aneel aprova reajuste da CPFL Paulista mas adia repasse tarifário para 30 de junho

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou a vigência do reajuste tarifário da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL Paulista). Os novos valores deveriam vigorar a partir de hoje, 8 de abril, mas a vigência foi suspensa a pedido da própria companhia, como forma de colaborar com o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

O reajuste das tarifas da CPFL Paulista será de 6,05%, sendo 6,72% para consumidores de alta tensão e 5,71% para a baixa tensão, inclusive residenciais. As novas tarifas passam a vigorar a partir de 30 de junho. Os valores que deixarem de ser pagos agora serão repassados às tarifas no processo tarifário de 2021.


Cosan S.A. (CSAN3)
Companhia suspende o Guidance para 2020

A Cosan suspendeu as projeções financeiras para 2020 (Guidance) tendo em vista a evolução e os impactos gerados pela pandemia do Coronavírus (Covid-19) em seus negócios e nos negócios das empresas do grupo e o atual contexto de incertezas, em que os cenários mudam rapidamente a cada dia.

A companhia implementou, desde o início, um plano de contingência visando garantir a preservação da saúde e integridade de seus colaboradores, bem como a segurança e a continuidade das operações essenciais de cada uma das suas empresas, mantendo contato próximo com autoridades, fornecedores, clientes e demais stakeholders. Este plano de contingência vem sendo avaliado a cada dia e atualizado em função da evolução desta pandemia.

A Cosan reitera que segue atenta aos desdobramentos e impactos desta pandemia na economia global e local, buscando identificar riscos e oportunidades e adequando expectativas em função dos cenários que se apresentam. O guidance poderá ser retomado tão logo tenha maior clareza acerca dos possíveis impactos nos  resultados.


Ecorodovias (ECOR3)
Emissão de debêntures

O Conselho de Administração da empresa aprovou a emissão de 205 Notas Comerciais, em quatro séries, com valor unitário de R$ 6 milhões, totalizando R$ 1.230 milhões.

  • As notas terão prazo de vencimento conforme sua série, sendo a primeira para 180 dias, a segunda com 365 dias, a terceira de 540 dias e a quarta com 720 dias;
  • Os recursos serão usados para alongamento da dívida e reforço do caixa.

CCR (CCRO3)
A empresa informou, na noite de ontem, que emitirá R$ 400 milhões em Notas Comerciais com prazo de um ano.

  • A CCR vai destinar os recursos para reforço do caixa;
  • Neste momento de crise, as empresas estão buscando este reforço de caixa. Como exemplo, também ontem, a Ecorodovias anunciou uma emissão do mesmo tipo de título.

Petrobras (PETR4)
Patamar da produção de petróleo em abril e mudança no rating

Pouco antes do pregão de ontem, a empresa divulgou que estabeleceu o patamar de 2,07 milhões de barris para sua produção de petróleo em abril. A Petrobras também informou sobre uma modificação em sua nota de crédito pela S&P.

A Petrobras vai manter um patamar de 2,07 milhões de barris ao dia no Brasil durante este mês. Este nível de produção inclui os cortes já anunciados, que totalizaram a 200 mil barris ao dia;
Após o pregão, a empresa informou que a agência de classificação de risco S&P Global Ratings (S&P), alterou a perspectiva de nota de crédito global da Petrobras de positiva para estável. Foi mantido o rating da dívida corporativa em “BB-“. Este movimento foi o mesmo feito para dívida do Brasil.


Enauta (ENAT3)
Posicionamento na crise e um fraco volume de produção no 1T20

Após o pregão de ontem, a empresa informou que vai manter investimentos e o pagamento de dividendos neste momento de crise.  Além disso, houve a divulgação dos números de produção no 1T20, que foram muito fracos.

  • Mesmo com a crise, a Enauta vai manter seu plano de investimentos para 2020 e 2021, incluindo a perfuração do primeiro poço na Bacia de Sergipe-Alagoas, esperado para o início do ano que vem.  Porém, a empresa está avaliando o cenário de preços do petróleo, para adequar o projeto do Sistema Definitivo do Campo de Atlanta;
  • Os dividendos (R$ 300 milhões – R$ 1,14 por ação), serão deliberados em reunião do Conselho de Administração, que será realizada no dia 16 de abril de 2020;
  • A produção total da Enauta durante o 1T20 foi de 1.552 mil barris equivalentes de petróleo (boe) nos dois campos que opera (Manati e Atlanta) ou 17,1 mil boe ao dia.

 

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