Siderurgia – Relatório Setorial

Tudo esteve bem até aqui 

Como a maioria das ações negociadas na B3, os papéis das siderúrgicas tiveram fortes quedas nos últimos dias, em consequência dos temores com os efeitos do Coronavírus na economia. No ano, até a última sexta-feira (20/3), GGBR4 teve um declínio de 53,7%, USIM5 caiu 54,6% e CSNA3 despencou 56,3%. Seguramente, como qualquer empresa, elas vão sofrer fortes contrações nas suas vendas e rentabilidade em consequência da pandemia. Porém, isso deve ocorrer principalmente a partir do 2T20, já que até o momento suas operações estão normais, com a entrega dos produtos ocorrendo de forma costumeira, sem cancelamento de pedidos. Inclusive, no primeiro bimestre/2020 as vendas das siderúrgicas no mercado brasileiro cresceram em todos os segmentos, com destaque para a elevação de 7,7% nos aços planos. Estamos monitorando os desdobramentos da presente crise para reavaliar nossas projeções das siderúrgicas.

Tudo esteve bem até aqui: Consultamos as siderúrgicas sobre seus negócios no momento e descrevemos esta situação abaixo. Uma preocupação fundamental neste ambiente de crise é com a liquidez das empresas. Entre as três grandes siderúrgicas nacionais, apenas a CSN tem uma posição menos confortável, com a Usiminas e a Gerdau apresentando posições de caixa muito superiores às dívidas de curto prazo (vencíveis em 360 dias). Portanto, as siderúrgicas estão aptas a sobreviver a mais uma crise.

CSN: Até última sexta-feira, as operações da empresa estavam normais, tanto na siderurgia, como nos embarques de minério e outros negócios. Em termos de liquidez, ao final de 2019 a empresa tinha um caixa de R$ 2,2 bilhões, com dívidas de curto prazo (vencíveis em 360 dias) de R$ 4,9 bilhões;

Gerdau: As operações da empresa no Brasil e América do Norte seguem normais. Na América do Sul, foram paralisadas as unidades do Peru e Argentina, por determinação governamental. Estas unidades representam menos de 10% da produção consolidada. Em termos de liquidez a Gerdau não tem nenhum problema. Ao final do ano passado, a empresa tinha um caixa de R$ 6,3 bilhões e um total de empréstimos e financiamentos de curto prazo somando R$ 1,4 bilhão;

Usiminas: Na noite da última sexta-feira, a empresa divulgou uma primeira avaliação dos efeitos do surto da Covid-19 em seus negócios. Segundo a Usiminas, até o momento não existe impacto significativo em suas atividades. A renegociação da dívida de 2016, os pré-pagamentos e emissões recentes, juntamente com o grande recebimento de recursos da Eletrobras (R$ 751 milhões) no 4T19, permitiram que a Usiminas alcançasse uma boa situação financeira. Ao final do 4T19, a dívida líquida da empresa era de R$ 3,2 bilhões, menor em 20,9% que no trimestre anterior e 23,3% abaixo do 4T18;

Vendas cresceram: O volume de aço vendido no mercado interno em fevereiro aumentou 3,1%, com elevações nos aços planos (0,9%), longos (5,0%) e também nos semiacabados (30,0%). No bimestre o resultado também foi positivo nas vendas internas em todos os segmentos, com destaque para o crescimento de 7,7% nos planos.

 

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