Em dia de volatilidade, Ibovespa fecha em alta de 1,60%

MERCADO


Bolsa
Ontem o dia foi de volatilidade na B3, levando o Ibovespa a uma queda na primeira metade da sessão seguida de recuperação até o fechamento com alta de 1,60%, a 107.224 pontos e giro financeiro de R$ 29,2 bilhões. O mercado segue numa montanha russa, sem definição no curto prazo. Como pano de fundo, notícias sobre a eleição americana, ação dos Bancos Centrais no mundo, e a expectativa de redução da Selic ainda este mês. Dentre as ações mais negociadas, destaque de alta para Vale e Petrobras, e o IRB na ponta oposta com queda de 32,0% no fechamento. A agenda se concentra nos EUA com os Novos pedidos seguro-desemprego até 29/fevereiro; os Pedidos às fábricas e os Pedidos de bens duráveis, ambos de janeiro. Esperamos mais volatilidade. Dólar operava em alta e as Bolsas na Europa e futuros americanos em baixa. Por aqui segue a temporada de divulgação dos resultados corporativos.

Câmbio
O dólar operou em campo positivo, pela 11ª sessão seguida, refletindo a divulgação do PIB de 2019 (1,1%) em linha com o esperado, e a possibilidade de queda da Selic. No Livro Bege divulgado ontem, o Fed vê a atividade nos EUA expandindo em ritmo moderado com o coronavírus impactando as cadeias de fornecedores. Ao final o câmbio fechou com alta de 1,5% cotado a R$ 4,5801. O BC anunciou oferta de swap cambial para hoje.

Juros
Os juros futuros fecharam em baixa refletindo o comportamento de alta do dólar mesmo após o anúncio do Banco Central (BC) de que fará um leilão extraordinário de contratos de swap cambial nesta quinta-feira. No fim da sessão regular a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 caiu de 3,849%, no ajuste anterior, para 3,765%. A taxa do DI para janeiro de 2025 terminou em 5,79% ante 5,84% anterior.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Arezzo (ARZZ3)
Mais um bom desempenho em 2019, com lucro líquido de R$ 162,1 milhões no ano

O quarto trimestre do ano é marcado pela entrada da coleção de Verão, pela Black Friday e pelo momento mais importante do ano, o Natal.
O lucro líquido do período somou R$ 59,4 milhões, 40,6% sobre o 4T18, com impacto positivo proveniente da recuperação de créditos fiscais. A Companhia apresentou margem líquida ajustada de 12,7% no 4T19. No ano o lucro líquido foi de R$ 162,1 milhões, aumento de 13,7% sobre 2018. O retorno sobre o capital investido (ROIC) pro-forma atingiu o patamar de 28,3% frente a 29,2% no 4T18.
A ação ARZZ3 encerrou ontem cotada a R$ 58,00 com queda de 9,4% no ano.


Randon (RAPT4)
Um resultado melhor que no 4T18

Nesta manhã, a empresa divulgou seus resultados do 4T19, apresentando maiores vendas e receita, ganhos de margem e aumento de lucro, na comparação com o 4T18.
• No 4T19, a Randon lucrou R$ 53 milhões (R$ 0,15 por ação), 49,2% acima do mesmo trimestre do ano passado, mas 32,7% abaixo do 3T19;
• As vendas da Randon no 4T19, sempre comparando ao 4T18, mostraram expansão em boa parte das linhas de produtos, acompanhando o crescimento da produção de veículos no Brasil durante 2019;
• A dívida líquida consolidada da Randon ao final do 4T19 era de R$ 867 milhões (R$ 535 milhões sem o Banco Randon), valor 20,1% abaixo do trimestre anterior e 21,1% menor que em dezembro/2018. A relação dívida líquida/EBITDA no 4T19 era de 0,8x, vindo de 1,5x no 4T18.


Cteep – Transmissão Paulista (TRPL4)
Resultado do 4T19 em linha

A Cteep registrou no 4T19 um lucro líquido de R$ 345 milhões com queda de 23% em relação aos R$ 447 milhões auferidos no 4T18, acumulando em 2019 um lucro líquido de R$ 1,22 bilhão e queda de 4% ante o lucro de R$ 1,28 bilhão de 2018.
O EBITDA ajustado, que exclui a equivalência patrimonial e outros efeitos não recorrentes e inclui o EBITDA proporcional à participação nas coligadas, somou R$ 671 milhões no 4T19, alta de 18% em relação a igual trimestre do ano anterior, em função da variação positiva do IPCA na receita, da entrada em operação de novos projetos (reforços e melhorias), e de menores custos e despesas operacionais na comparação entre os trimestres. Em 2019 o EBITDA ajustado permaneceu em linha com o realizado em 2018 somando R$ 2,45 bilhões e margem de 80,2%.
A Receita Operacional Líquida cresceu 6% no 4T19 para R$ 730 milhões, refletindo principalmente pela variação positiva do IPCA que impactou a receita de O&M e da RBSE e pela receita proveniente da energização de novos projetos de reforços e melhorias na linha de novos investimentos. Em 2019 a receita permaneceu em linha com 2018 e somou R$ 2,77 bilhões, explicada pelo aumento de reforços e melhorias, pela variação positiva do IPCA na receita de O&M e pelo aumento dos encargos regulatórios de CDE; parcialmente compensados pela menor receita com RBSE em função da sazonalidade do pagamento ocorrido no primeiro ciclo de recebimento (2017/2018).


Copel Energia (CPLE6)
Manifestação perante ao MME e Transferência de Titularidade  da UHE Gov. Bento Munhoz da Rocha Neto (“GBM” ou “Foz do Areia”)  

A Copel Energia comunica que, em 03 de março de 2020, a Copel GeT se manifestou perante ao Ministério de Minas e Energia – MME pelo enquadramento, nos termos do Decreto Federal nº 9.271/2018, da sua subsidiária SPE F.D.A. Geração de Energia Elétrica.
Na mesma data, a SPE F.D.A. Geração de Energia Elétrica S.A assinou junto à Aneel o contrato de concessão para exploração da UHE Gov. Bento Munhoz da Rocha Neto (“GBM” ou “Foz do Areia”), concretizando a transferência de titularidade desta usina da Copel GeT para a respectiva SPE.
A manifestação tem por objetivo possibilitar uma nova outorga pelo prazo de 30 anos para UHE Foz do Areia, condicionada a um processo de alienação do controle da respectiva SPE, de acordo com as prerrogativas do Decreto Federal acima citado, dentro do prazo de até 18 meses antes do vencimento do atual contrato de concessão, que expira em 17 de setembro de 2023.


CSN (CSNA3)
Reversão de Imposto de Renda impede queda maior do lucro

Na noite de ontem, a empresa divulgou seus resultados do 4T19 mostrando aumento de receita, mas pequenas perdas de margens operacionais, na comparação com o mesmo trimestre de 2018. Uma elevada reversão de provisão de baixa do Imposto de Renda diferido (líquido em R$ 474 milhões), impediu que o lucro líquido caísse ainda mais em relação ao 4T18.
• No 4T19, o lucro líquido total da CSN foi de R$ 1.134 milhões (R$ 0,82 por ação), valor 36,0% menor que no 4T18, mas revertendo o prejuízo do trimestre anterior. O lucro líquido da controladora (deduzida a participação dos minoritários) no 4T19 foi de R$ 1,045 milhões (R$ 0,75/ação), 6,2% menor que no 4T18;
• A dívida líquida ajustada (sem considerar as operações de Forfaiting e Risco Sacado) da CSN ao final do 4T19 era de R$ 27,1 bilhões, 1,7% abaixo do trimestre anterior, mas 1,8% maior que em dezembro/2018. A relação dívida líquida/EBITDA no 4T19 ficou em 3,7x, vindo de 3,8x no trimestre anterior e 4,6x no 4T18.


 

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