Petrobras Distribuidora – Relatório de Análise

Redução de custos e ampliação da rentabilidade

Revisamos nossas projeções da Petrobras (BR) Distribuidora, já considerando os custos do Programa de Demissão Voluntária (PDV) e os ganhos resultantes dele.  Além disso, ajustamos as expectativas quanto ao ganho de margem advindo das medidas que a empresa está tomando para reduzir custos e despesas, já na sua nova condição de empresa privada.  Com isso, elevamos o Preço Justo de BRDT3 de R$ 31,00 para R$ 36,50/ação.  O resultado do 4T19 já deve apresentar ganhos de margem por conta de um novo posicionamento comercial da empresa, mas será onerado pela maior parte dos custos com o PDV.  Porém, para 2020 a maior parte dos ganhos advindos da redução dos custos com pessoal já será sentido.

  • Resultados do 4T19: Os dados do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), indicam que o volume de vendas da empresa no 4T19 caiu 5%, seja na comparação com o 4T18 ou com o trimestre anterior. Porém, houve no trimestre o benefício do aumento dos preços dos combustíveis, que eleva a receita e traz ganhos de estoques.  Além disso, a Petrobras Distribuidora aumentou importações e com vendas menores privilegiou os mercados de maior margem de retorno.  Com isso, estimamos ganhos significativos na margem operacional.  No entanto, o resultado do período será prejudicado pelos custos derivados do Programa de Demissão Voluntária (PDV), que estimamos em R$ 620 milhões.  Projetamos para o 4T19 uma receita líquida de R$ 24,4 bilhões, EBITDA de R$ 257 milhões (ajustado de R$ 877 milhões) e lucro líquido em R$ 129 milhões.  O EBITDA ajustado é descontado dos custos com o PDV;
  • Programa de Demissão Voluntária: A Petrobras Distribuidora promoveu um PDV, cujo custo ficou próximo de R$ 800 milhões, sendo a maior parte contabilizado no 4T19 e o restante no 1T20. Aderiram 1.187 empregados ao PDV, sendo que o total antes do Programa era de três mil.  Incluído os terceirizados, o total de empregados da empresa era de 5,5 mil pessoas antes do PDV, que deve cair para 3,5 mil até o final de 2020.  As estimativas de redução de custo são de R$ 650 milhões ao ano.  Naturalmente, isso terá um impacto muito positivo nos resultados da empresa.  O valor estimado desta economia anual é equivalente a 27% do EBITDA ajustado que projetamos para 2019;
  • Privatização: Em julho/2019, a Petrobras vendeu 33,75% de sua participação na BR Distribuidora, ficando agora com 37,50% das ações. Foram negociadas 349,5 milhões de ações a R$ 24,50 por unidade, totalizando R$ 8,5 bilhões.  Com isso, a empresa deixou tecnicamente de ser estatal, o que facilita em muito sua administração.  Entre as principais mudanças que a privatização trouxe, temos as seguintes: mais agilidade na venda de ativos, facilidade na realização de parcerias estratégicas, possibilidade do desenvolvimento de uma política de remuneração atrelada aos resultados, revisão em todos os contratos e na compra e contratação de serviços.  Os efeitos da privatização nos resultados da empresa devem ser vistos a partir dos resultados de 2020;
  • Remuneração dos acionistas: A BR tem sido generosa na distribuição de proventos. Referente aos resultados de 2017 e 2018, a empresa pagou um total de R$ 4,2 bilhões (R$ 3,63 por ação).  Este valor foi equivalente a 95% do lucro líquido de cada um dos anos.  O pagamento destes proventos foi feito em boa parte com os recursos recebidos da Eletrobras, mas mesmo com estes pagamentos chegando ao fim, a empresa pretende manter uma taxa de distribuição elevada, próxima da realizada nos anos passados.

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