Prezado Sr.(a),

Completamos um ano de governo Bolsonaro. O povo brasileiro votou para termos uma mudança radical em tudo que estávamos vivendo. É inegável que o ambiente que o atual presidente encontrou lhe impunha enormes desafios, e muito foi feito. Entretanto, o comparativo precisa ser feito, sobretudo com as expectativas que se haviam criado. Sob esse enfoque, deixou muito a desejar.

Entre picuinhas, “jogo” difuso, desconhecimento da maquina, soberba e muita, muita intriga, assistimos discussões pequenas e armadilhas sórdidas que afastaram pessoas importantes e distanciaram outras que poderiam ter auxiliado no primeiro e mais significativo ano de governo. O ano de 2020 começou e no seu primeiro mês, continuamos a ver mais do mesmo. Algumas áreas do governo, como a Economia, Infraestrutura e Justiça, dentre outras poucas, até tentam dar o tom diferenciado, mas o conjunto da obra padece fortemente de um articulador que fomente e oriente a defesa de ideias inovadoras, verdadeiramente disruptivas, como acreditamos ao votar pela mudança de rumos do Brasil. O ritmo e a adesão a mudança necessitam de novo impulso, e a hora é agora – no 2º SEM/20 o CN estará “ocupado” com as eleições municipais. Assim como a Reforma Previdenciária foi amadurecida, discutida e aprovada com louvor, também carecem de mesma determinação, entendimento e aprovação as reformas Administrativa e Tributária. De forma semelhante, precisamos evoluir nas privatizações e concessões. O governo aparenta ser muito mais liberal no discurso do que na prática. Votamos para termos um governo menor e forte, e não continuarmos grande e fracos.

O princípio maior e que ainda temos esperanças é que tenhamos uma profunda reorganização do Estado. Escolher as pessoas corretas para conduzir suas pastas é importantíssimo, mas não deveríamos estar preocupados com pessoas ou eventos menores. Ainda, a grande guinada que esperamos não está na redução da máquina pública ou no reequilíbrio fiscal – ambas essenciais, mas podem ser efêmeras. Precisamos discutir ideias e realinhar os rumos fundamentais do País, e evitar que a atual situação se perpetue. O cidadão brasileiro e a sociedade como um todo precisam se sentir representados, e os pilares de um Estado reformado devem ser sólidos o bastante para suportar adversidades e atender os anseios da população.

Estamos no caminho certo, mas em velocidade lenta… e tudo na vida é timing! As medidas tomadas até o momento demonstram como tudo pode ser melhor. Com as realizações das áreas que impingem um tom diferenciado, em especial as comentadas, os resultados são impressionantes. Precisamos fazer o mesmo nas demais, como na Saúde, no Itamaraty e na Educação.

A resposta a essas ações são, ainda que comedidas, imediatas. Não importa. O que importa é que sejam feitas e que sejam interpretadas como mudanças perenes e sustentáveis. Só assim a confiança voltará e se consolidará. E com a confiança, nos diversos setores e boa gestão de nossa imagem – dentro e fora do país –consubstanciada em políticas e ideias estruturantes, transparentes e democráticas, o futuro será brilhante!

 

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