Mercados globais preocupados com a disseminação do coronavírus

MERCADO


Bolsa
A bolsa operou em campo negativo durante todo o dia fechando com queda de 3,29% aos 114.482 pontos e giro financeiro de R$ 23,9 bilhões. O Ibovespa refletiu o comportamento dos mercados globais preocupados com a disseminação do coronavírus e os eventuais efeitos sobre a atividade econômica mundial. A China estendeu o feriado para 2 de fevereiro e restringiu viagens. As bolsas e o petróleo caíram, e o rendimento dos Treasuries tiveram forte recuo em consequência da busca por segurança. A agenda de hoje no Brasil traz os Custos de construção de janeiro pela FGV. Nos EUA destaque para os Pedidos de bens duráveis de dez/19 (preliminares) e o índice de Confiança do consumidor de janeiro. A aversão ao risco e preocupação com o crescimento econômico permanecem, mas bolsa pode ter um dia de recuperação, de olho no noticiário externo e no início da divulgação dos resultados corporativos.

Câmbio
Aversão ao risco e temor com o coronavírus sustentaram a alta do câmbio pelo segundo dia seguido, refletindo a preocupação de que a economia global seja abalada após a China estender feriado e restringir viagens. No período da tarde, a moeda mostrou leve melhora no desempenho seguindo as bolsas americanas fechando com 0,7% de alta a R$4,21.

Juros
Os juros futuros caíram ao longo de toda curva, basicamente refletindo a expectativa de redução de 0,25% da taxa Selic pelo BC na próxima reunião do Copom em fevereiro, dependendo ainda da proporção da crise e dos efeitos na atividade econômica mundial e brasileira. Ao final do dia a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 recuava de 4,35% na véspera para 4,31%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Cielo (CIEL3)
Resultado e margens pressionados no 4T19

A Cielo registrou no 4T19 um lucro líquido de R$ 242,4 milhões, com queda de 32,3% em relação ao trimestre anterior e redução de 68,0% ante o 4T18, reflexo da queda de 1,2% da receita operacional (em 12 meses) aliado a maior evolução dos gastos totais (+20,4% em 12m) e da redução de 22,9% do resultado de aquisição de recebíveis.

O ambiente competitivo permanece desafiador. Ao longo de 2019 a empresa realizou uma reestruturação com foco em três unidades de negócios com base na segmentação de clientes: Grandes Contas, Varejo e Empreendedores, e adicionalmente colocou em prática um novo modelo comercial, contratando mil “hunters” com o objetivo de trazer novos clientes, o que resultou no crescimento de 9% no volume capturado e no incremento de 18% no número de clientes.


JBS (JBSS3)
Companhia e WH Group assinam acordo de fornecimento e distribuição

A JBS e o WH Group (00288.HK) assinaram um Memorando de Entendimentos (MOU) para fornecimento e distribuição de proteína bovina, de aves e suína in natura ao mercado chinês. Juntas, JBS e WH Group, oferecerão um portfólio de produtos das marcas Friboi e Seara, em um acordo que pode movimentar até R$ 3 bilhões em negócios por ano.

De acordo com o comunicado enviado ao mercado “além de ampliar a participação dos produtos e marcas da empresa no mercado chinês, especialmente de carne bovina, o objetivo da parceria é ter acesso direto ao consumidor por meio dos mais de 60 mil pontos de venda exclusivos do WH Group no país”.

O preço justo de R$ 35,00/ação para a ação, quando comparado a cotação de R$ 27,30/ação, embute um potencial de alta de 28,2%. No preço atual, equivalente a um valor de mercado de R$ 74,5 bilhões, os múltiplos para 2020 são: P/L de 9,1x e VE/EBITDA de 5,3x.


Cemig (CMIG4)
Concessão de empréstimo para a Renova

A Cemig informa que sua coligada, Renova Energia S.A. (RNEW11), em recuperação judicial, divulgou ontem (27/janeiro) Fato Relevante comunicando que foi firmado, uma nova contratação de empréstimo do tipo “debtor-in-possession” (“DIP”) junto à Cemig, no montante de R$ 20,0 milhões, necessários para suportar as despesas de manutenção das atividades da companhia e suas controladas.
Com essa nova contratação, a Renova atinge o valor de R$ 36,5 milhões de mútuos pós concursais junto à Cemig. Esse novo DIP obedece aos exatos parâmetros e limitações estabelecidos pelo Juízo da 2º Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca do Estado de São Paulo.
Ao preço de R$ 15,22/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 22,2 bilhões, a ação CMIG4 registra alta de 10,4% este ano. O Preço Justo de R$ 17,00/ação traz um potencial de alta de 11,7%.


Multiplan (MULT3)
Companhia e a BRMalls elevam investimento na Delivery Center para acelerar expansão

A Multiplan Empreendimentos Imobiliários S.A. anunciou que, em conjunto com a BR MALLS Participações S.A., realizou um investimento conjunto de R$ 69,0 milhões, na Delivery Center Holding S.A. (“Delivery Center”), empresa pioneira na integração do varejo online ao físico, responsável pela gestão de centrais logísticas instaladas em shopping centers e centros comerciais.

A Multiplan e a BRMalls integram o grupo de sócios da Delivery Center desde 2019 e 2018, respectivamente, tendo neste período apoiado o trabalho realizado pela empresa, cujo serviço promove a conexão de shoppings com o e-commerce e adiciona uma nova camada de interação dos ativos com marketplaces, lojistas e clientes. O time de sócios da Delivery Center inclui ainda a Cyrela Commercial Properties (CCP), o grupo Trigo, a Bloomin’ Brands, entre outros.

Esse montante será aportado ao longo do ano de 2020 e possibilitará que a Delivery Center aprimore a tecnologia de integração de estoques e de conexões a marketplaces, acelere a expansão de suas unidades para novas cidades e consolide sua presença nos centros urbanos já atendidos. Atualmente a Delivery Center conta com 24 centrais de entregas distribuídas por São Paulo (11), Rio de Janeiro (10) e Porto Alegre (3).

A ação MULT3 fechou ontem (27/janeiro) cotada a R$ 34,08/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 20,3 bilhões, e com alta de 3,4% este ano e de 38,0% em doze meses.


 

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