Pressão nos mercados de fora

MERCADO


Bolsa
O Ibovespa encerrou a sexta-feira em queda de 0,96% aos 118.376 pontos e giro financeiro de R$ 19,6 bilhões. Com noticiário fraco do lado doméstico, a B3 foi influenciada pela pressão nos mercados lá de fora. Pesaram no dia, Petrobras, Vale, siderúrgicas e bancos. A semana abre com agenda fraca trazendo apenas o Boletim Focus, o IPC-Fipe semanal com alta de 0,32% e mais tarde o dado de investimento estrangeiro direto em dez/19. Nos EUA, apenas dados do setor da construção e atividade manufatura Fed Dallas. As bolsas internacionais abrem a semana do lado negativo, no fechamento da Ásia, andamento na zona do euro e futuros de NY, reflexo de presença do coronavirus em outras regiões do mundo. Em Nova York, os três índices caíram, com a a confirmação nos EUA de novo caso de infecção, segundo no país. As preocupações aumentam a cada dia, colocando vários países em alerta e com barreiras de entrada a pessoas que passaram pela região chinesa, contaminada pelo vírus. Do lado doméstico, o mercado pode ser influenciado pela tensão externa.

Câmbio
A moeda americana fechou a semana cotada a R$ 4,1821 com alta de 0,49% na semana e de 0,29% no dia. Os temores de disseminação do coronavírus, influenciou o dólar na sexta-feira.

Juros
O mau humor dos mercados não atingiu os juros futuros que encerraram o dia em leve queda. A taxa do contrato do Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/21 caiu de 4,365% na quinta-feira para 4,350% e na ponta mais longa (jan/27) a taxa passou de 6,710% para 6,680%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Copasa (CSMG3)
Moody’s eleva nota de crédito global para Ba2 e em escala nacional para Aa3.br.

A Moody’s América Latina elevou em 24 de janeiro de 2020, os ratings corporativo e de dívida sênior sem garantia atribuídos à Copasa para Ba2 de Ba3 na escala global, e para Aa3.br de A1.br na escala nacional brasileira. A perspectiva dos ratings foi alterada de positiva para estável. Ao mesmo tempo, a Moody’s elevou a avaliação de perfil de risco de crédito individual para ba2 de ba3.
De acordo com o Relatório da Moody’s, a elevação do rating foi impulsionada (i) pelo sólido desempenho operacional que levou à manutenção de métricas de crédito fortes e um perfil de liquidez sólido; e uma (ii) estrutura de governança corporativa mais robusta, com a criação de um comitê de auditoria; aliado (iii) a política de dividendos definida com base na alavancagem da companhia. Destaque também para o baixo risco de demanda, previsibilidade de fluxo de caixa e a alavancagem moderada, com uma relação Dívida Líquida sobre EBITDA reportada de 1,8x em setembro de 2019.


Energisa (ENGI11)
Consumo de energia no mercado cativo e livre cresceu 6,6% em dez/19 em relação a dez/18, com alta de 4,1% no 4T19 e 4,2% em 2019.

O volume consumido de energia no mercado consolidado cativo e livre foi de 3.111,9 GWh em dez/19 com crescimento de 6,6% em relação a dez/18. De acordo com o comunicado da companhia, “considerando o fornecimento não faturado, o volume registrado foi de 3.113,6 GWh, e alta de 3,2% na mesma base de comparação.
O consumo no 4T19 (mercado cativo, livre e não faturado) nas áreas de concessão das distribuidoras do Grupo Energisa, atingiu 9.487,5 GWh, com aumento de 3,3% em relação ao 4T18. No acumulado de 2019 o consumo total de energia registrou alta de 4,2% com crescimento em praticamente todas as classes de consumo, em especial a residencial e comercial.


Boletim Focus
Nesta semana, para 2020, destaque para a redução da inflação e da Selic para 2020, e alta do câmbio. Para 2021, estabilidade para os principais indicadores

Dentre as alterações contidas no Boletim Focus desta segunda-feira (27/janeiro), destaque para a redução do IPCA (a 4ª consecutiva); alta do câmbio (2ª consecutiva) e redução das expectativas para a Selic, todas em 2020. Olhando 2021 ressalte-se a manutenção dos principais indicadores.
Inflação. Conforme divulgado na semana passada, o IPCA-15 de janeiro de 2020 registrou alta de 0,71% (em linha com o esperado) e se compara a 1,05% em dezembro, acumulando 4,34% nos últimos doze meses. Olhando o Boletim Focus desta semana, a mediana das expectativas aponta para um IPCA de 2020 em 3,47%, com queda em relação a 3,56% da leitura anterior. Nas atualizações dos últimos 5 dias úteis, o IPCA caiu de 3,50% para 3,45%. Para 2021 a mediana das estimativas para o IPCA foram mantidas em 3,75%.
Meta Selic. Para 2020 a mediana das expectativas foi reduzida de 4,50% para 4,25% nesta semana. Ressalte-se que a Selic para fevereiro de 2020 aponta para 4,25% pela décima segunda semana consecutiva. Ou seja, o mercado trabalha com uma redução de 0,25% na reunião de 4 e 5 de fevereiro. Para 2021 a Meta Selic foi mantida em 6,25%.
PIB. Para o PIB, a mediana das estimativas foi mantida em 2,31% em 2020 e mantida em 2,50% para 2021.
Dólar. A taxa de câmbio foi elevada R$ 4,05 para R$ 4,10 em 2020 e mantida em R$ 4,00 para 2021.


OI (OIBR3 e OIBR4)
Alienação de participação das ações de emissão da holding portuguesa PT Ventures SGPS por US$ 1 bilhão

O valor total da transação é de US$ 1 bilhão dos quais:

  • US$ 699,1 milhões pagos à Africatel pela Sonangol na data (24/01),
  • US$ 60,9 milhões já pagos à Africatel antes da transferência das ações da PT Ventures; e
  • US$ 240 milhões, integralmente garantidos por carta de fiança emitida por banco de primeira linha, a serem pagos incondicionalmente pela Sonangol à Africatel até 31 de julho de 2020, sendo assegurado à Africatel um fluxo mínimo mensal de US$ 40 milhões, a partir de fevereiro de 2020.
  • Na sexta-feira a ação OIBR3 encerrou cotada a R$ 0,96. No ano a ação valorizou 11,6% e em 2019 houve queda de 31,2%. Em 2018 a ação caiu 53,9%. Na sexta-feira a desvalorização foi de 10,3%.

Taurus Armas (TASA4)
Joint Venture com a Jindal Group (India)

A Jindal Group, maior fabricante de aço da Índia e uma das dez maiores do mundo, terá 51% do capital da joint venture e a Taurus, 49% do capital. A joint venture criada irá implantar uma fábrica de armas na Índia, onde serão produzidos fuzis, pistolas e revólveres, para os mercados civis, de segurança pública e militar.
Na sexta-feira a ação TASA4 encerrou cotada a R$ 6,03 com alta de 0,7% noano. Em 2019 a ação subiu 47,9%. O valor de merca da Taurus é de R$ 497,7 milhões.


 

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