Bolsas internacionais assustadas com a doença contagiosa na China

MERCADO


Bolsa
Ontem o Ibovespa pesou, acompanhando as bolsas internacionais assustadas com a doença contagiosa causada por um novo tipo de coronavírus, identificado inicialmente na região central da China e com um caso confirmado até o momento nos EUA. As atenções seguem na China que busca conter o avanço do vírus que assustou os mercados ontem, pela sua facilidade de contaminação. Na B3, destaque negativo para as ações de Vale, Petrobras e bancos. A baixa foi de 1,53% com o índice marcando 117.026 pontos. O giro financeiro foi de R$ 22,2 bilhões. Hoje a agenda econômica traz indicadores dos EUA, sem peso para nosso mercado. As bolsas subiram na Ásia e mostram movimento misto na zona do euro.

Câmbio
As preocupações de ontem nos mercados de bolsa puxaram a moeda americana para cima, com fechamento aos R$ 4,2137 ante R$ 4,1872 no dia anterior (+0,63%). Este movimento pode ser de curto prazo, dependendo da extensão do problema do vírus chinês.

Juros
Os juros futuros tiveram dia de queda, em meio à pressão sobre as bolsas e câmbio. A divulgação de uma prévia de IGP-M abaixo das expectativas ajudou o mercado de juros, com a taxa do DI para jan/21 caindo de 4,420% no ajuste da segunda-feira para 4,390%. Para jan/27, a taxa cedeu de 6,770% para 6,730%.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Petrobras (PETR4)
Duas notícias importantes

A empresa enviou dois comunicados ontem, acerca da venda de suas ações pelo BNDES e decisão desfavorável do CARF, ambos negativos.

  • No primeiro comunicado, a empresa informou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) protocolou na CVM o pedido de registro da oferta pública secundária de suas ações ordinárias.  Serão vendidas até 734.202.699 PETR3, equivalentes a 9.87% do total destas ações;
  • Uma venda tão expressiva de ações comprometerá a valorização de PETR3 no curto prazo.  Porém, após a operação, haverá o benefício do aumento da liquidez deste tipo de ação;
  • A Petrobras informou no segundo comunicado que a Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), proferiu ontem decisão desfavorável à empresa.  O processo em julgamento era sobre a cobrança de PIS/COFINS-Importação nas remessas ao exterior para pagamento de contratos de afretamento, nos anos de 2011 e 2012, com valor próximo de R$ 9 bilhões;
  • Esta é uma notícia negativa, mas ainda sem impacto nos resultados.  Vale lembrar que no balanço do 3T19 a Petrobras informou que tinha processos judiciais não provisionados no valor de R$ 219,6 bilhões.

Eztec (EZTC3)
VGV lançado soma R$ 934 milhões no 4T19 e R$ 1,9 bilhão no ano, na ponta alta do guidance

O desempenho de lançamentos e vendas da Eztec mostra um momento mais positivo para o setor e uma expectativa de retomada mais firme do mercado imobiliário para 2020. A empresa deverá se beneficiar deste cenário positivo pela qualidade de seus empreendimentos e eficiência operacional e financeira.

A Ezrtec divulgou um guidance de lançamentos – revisado para cima – entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2,0 bilhões para 2019. O número do ano (R$ 1,898 bilhão) ficou perto de R$ 2,0 bilhões.

Ontem a ação EZTC3 encerrou cotada a R$ 59,70 com valorização de 15,0% neste ano e 152,8% no ano passado. O valor de mercado da empresa é de R$ 13,6 bilhões.


Tenda (TEND3)
Lançamentos do 4T19 somam R$ 835,8 milhões, (+57,5% s/ o 4T18). No ano, a empresa lançou R$ 2,58 bilhões, crescimento de 34,6% sobre 2018

O Conselho de Administração da M Dias Branco aprovou ontem (20/janeiro), Programa de Recompra de Ações de emissão da própria companhia. Poderão ser adquiridas até 8.472.614 ações ordinárias, representativas de 10% do total de Ações em Circulação no mercado em 13/01/2020;

O Prazo máximo da recompra será de 18 meses, iniciando-se em 21 de janeiro de 2020, inclusive, e encerrando-se, em 21 de julho de 2021, inclusive. A instituição financeira intermediária será o BTG Pactual CTVM S.A.

As ações adquiridas serão mantidas em tesouraria e posteriormente canceladas ou alienadas de modo a (i) atender ao Programa de Incentivo de Longo Prazo com Ações Restritas aprovado em AGE e, (ii) maximizar a geração de valor para os acionistas.


IRB-Brasil Re (IRBR3)
Conclusão da venda de 20% do Praia de Belas Shopping Center e de 15% do Shopping Center Esplanada

O IRB Investimentos e Participações Imobiliárias S.A., sociedade controlada pelo IRB-Brasil Re (IRBR3), realizou em 21 de janeiro de 2020, a alienação da totalidade das suas participações de aproximadamente 20% no Praia de Belas Shopping Center, em Porto Alegre/RS, e de aproximadamente 15% no Shopping Center Esplanada, em Sorocaba/SP, para a Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A. (IGTA3)

O montante da venda somou R$ 260,1 milhões, dos quais 50% foram pagos até ontem (21/jan.) e os 50% restantes serão pagos em 180 dias, corrigidos a 120% do CDI. De acordo co o IRB-Brasil Re “a transação representou um ganho de capital antes dos impostos de R$ 84,2 milhões sobre o total do valor patrimonial dos referidos ativos imobiliários”.


EDP Energias do Brasil S.A. (ENBR3)
O volume de energia distribuída cresceu 1,7% no 4T19 e 2,3% em 2019 

A EDP divulgou ontem (21/janeiro) suas informações referentes ao mercado de energia elétrica do 4T19  e do acumulado de 2019 dos segmentos de atuação da companhia.

O volume de energia distribuída apresentou aumento de 1,7% no trimestre, sendo +2,7% na EDP São Paulo e estabilidade na EDP Espírito Santo. No ano, o volume expandiu 2,3%, sendo +1,6% na EDP SP e +3,5% na EDP ES.

De acordo com a EDP este crescimento trimestral refletiu “a recuperação da atividade do comércio varejista, os efeitos positivos da estabilidade econômica advinda dos baixos níveis de inflação e da redução da taxa de juros, das condições climáticas e do maior número de dias médios faturados, que mais que compensaram a contração da produção industrial”.

Destaque em 2019 para o aumento de 2,1% no número de clientes em relação a 2018. Nesta base de comparação o  número de clientes livres aumentou 23,9% (123 clientes na EDP SP e 76 clientes na EDP ES) em função das migrações dos clientes cativos.


Banco BMG S.A. (BMGB4)
CADE aprovou a venda de 30% da BMG Seguros para a Generali

O CADE aprovou ontem (21/janeiro) a venda de 30% da BMG Seguros para a Generali. O Banco BMG, através de sua controlada BMG Participações em Negócios Ltda. celebrou em dezembro de 2019, um Contrato de Compra e Venda de Ações com a Assicurazioni Generali S.p.A., por meio do qual a BMG Participações se comprometeu a alienar à Generali 30% do capital social da BMG Seguros S.A. permanecendo titular de ações que representam 70% do capital social da BMG Seguros.

O valor atribuído a 100% das ações da BMG Seguros foi de R$ 297 milhões, sendo que o preço de venda da participação na BMG Seguros será composto por (i) um montante pré-definido no valor de R$ 54 milhões, a serem liquidados financeiramente em até 3 anos; e (ii) uma parcela contingente, ao final do 6º ano após a conclusão da operação, no montante de até R$ 35 milhões, condicionada ao atingimento de metas operacionais acordadas entre as partes.


Klabin (KLBN11)
Parceria com para constituir empresa para exploração de atividade florestal no Paraná

A Klabin celebrou ontem os acordos necessários para associação com uma Timber Investment Management Organization (“TIMO”) para a constituição de uma Sociedade de Propósito Específico (“SPE”), cujo objetivo principal será a exploração da atividade florestal no centro-sul do Estado do Paraná. A Klabin terá o direito de preferência na compra da madeira para processo produzida pela SPE.

Ontem a ação KLBN11 encerrou cotada a R$ 20,61 com alta de 12,0% neste ano e 22,0% no ano passado. O valor de mercado da companhia é de R$ 22,0 bilhões. A forte valorização neste começo de ano deixou a ação bem precificada em relação às projeções do mercado.


 

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