Primeiro pregão de dezembro com alta

MERCADO


Bolsa

O Ibovespa encerrou o primeiro pregão de dezembro com alta de 0,64% aos 108.928 pontos e giro financeiro de R$ 16,9 bilhões. Desta vez a bolsa doméstica não foi influenciada pelo fraco desempenho das bolsas internacionais. A agenda econômica de hoje já mostrou o PIB brasileiro do 3º trimestre com alta de 0,60% no T/T e de 1,2% no A/A. Do lado externo, nenhum dado importante para hoje na agenda, mas as bolsas da zona do euro mostram alta nesta manhã, a despeito da cautela dos investidores em relação ao andamento da disputa comercial entre EUA e China. Apesar de a expectativa ser positiva em relação ao assunto, há notícias de que a China prepara uma lista negra para retaliação a empresas americanas se a taxação pesar de seu lado. Se a B3 conseguir se descolar deste problema que se arrasta por cerca de dois anos, o Ibovespa pode ter um desempenho melhor que o esperado.

Câmbio

A moeda americana encerrou a segunda-feira em queda de 0,48%, de R$ 4,2371 na sexta-feira para R$ 4,2169 ontem, após uma semana de forte pressão sobre o real, que levou o Banco Central a atuar forte para segurar este mercado.

Juros

Os juros futuros encerraram a segunda-feira com a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para jan/21 subindo de 4,699% na sexta-feira para 4,75% e para jan/25 a taxa terminou o dia em 6,57% ante 6,521% no ajuste de sexta-feira.


ANÁLISE DE SETORES E EMPRESAS

Ambev (ABEV3)
Distribuição de provento

O Conselho de Administração da empresa decidiu ontem pela distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor líquido de R$ 0,4170 por ação.
• O pagamento será realizado no dia 30 de dezembro de 2019, considerando as posições dos acionistas em 19/dezembro;
• ABEV3 passará a ser negociadas “ex-JCP” a partir de 20/dezembro.


Vale (VALE3)
Suspensão de parte da produção em Brucutu e previsões importantes

Durante o dia de ontem, a empresa fez dois comunicados importantes, sendo o primeiro sobre a suspensão da barragem de rejeito de Brucutu e o segundo com uma série de estimativas sobre seus negócios.
• A Vale suspendeu temporariamente a deposição de rejeitos provenientes da mina de Brucutu na barragem Laranjeiras. Esta suspensão ocorre, por um ou dois meses, para que sejam feitas avaliações de segurança na barragem. Com isso, a mina de Brucutu vai operar com cerca de 40% de sua capacidade. O impacto estimado pela parada será de 1,5 milhão de toneladas ao mês de minério;
• A suspeição sobre a segurança das barragens de rejeitos da Vale é sempre uma notícia muito negativa, após dois acidentes de grande impacto;


EDP Energias do Brasil (ENBR3)
Aumentou sua participação acionária na Celesc

A EDP – Energias do Brasil comprou 691.700 ações preferenciais da Celesc ao preço médio de R$ 41,15/ação, totalizando R$ 28,5 milhões. Nesse preço os múltiplos de aquisição foram: EV/RAB de 0,8x; EV/EBITDA de 2,0x e P/L de 5,3x, ambos para 2019.
Com esta aquisição a EDP passou a deter 4.637.520 ações preferenciais e 5.140.868 ações ordinárias, que somadas representam 25,35% do capital social total da Celesc. Lembrando que a participação anterior era de 23,56%.
De acordo com o comunicado, esta operação “enquadra-se no objetivo estratégico de reforço da parceria com a Celesc e da presença no Estado de Santa Catarina”. A EDP sinalizou também que (i) tem interesse em adquirir mais ações da Celesc; e (ii) quer participar nas privatizações da CEEE, CEB e Cemig.


AES Tietê Energia S.A. (TIET11)
Acordo em energia com a Anglo American e investimento de R$ 670 milhões em parque eólico

A AES Tietê firmou ontem (2/dezembro) um Acordo de Compra e Venda de Energia (“PPA”) para o fornecimento de 70 MW médios pelo prazo de 15 anos, com entrega de energia a partir de 2022. A companhia dará início à construção do parque eólico, pertencente ao Complexo Eólico Tucano, no Estado da Bahia em 2021, com investimento de Capex equivalente a R$ 4,0 milhões/MW instalado.
O Projeto possui 167,4 MW de capacidade eólica instalada, equivalentes a 79 MW médios de energia assegurada a P50, totalizando assim, um investimento de R$ 669,6 milhões.
A AES Tietê destaca que essa decisão “reforça o engajamento da companhia com a estratégia de crescimento por meio de projetos que criam valor para os acionistas”. Ao final do 3T19 a dívida líquida da companhia era de R$ 3,0 bilhões equivalente a 2,9x o EBITDA ajustado. O custo médio da dívida era de 7,9% com prazo médio de 5,5 anos.
• a York, a empresa divulgou várias estimativas para seus negócios. Esta divulgação é muito importante, porque aumenta a previsibilidade dos resultados da Vale.


Smiles (SMLS3)
Divulgação de projeções otimistas para 2019 e 2020

A Smiles divulgou as suas projeções para os anos de 2019 e 2020. A companhia espera um crescimento anual do seu faturamento bruto para este ano de 11,0% a 12,5% em relação a 2018. Para o exercício de 2020, a estimativa de crescimento para o faturamento bruto da companhia é de 5,0% a 10,0% em comparação com o faturamento bruto esperado para 2019.
A ação SMSL3 encerrou ontem cotada a R$ 33,91 acumulando desvalorização de 16,8% no ano. A ação foi fortemente penalizada este ano com as incertezas e mudanças em relação ao setor. A companhia está realizando seu investor day hoje onde passará mais informações ao mercado.


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